capítulo quatorze

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Ela sumiu, não a acho

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Ela sumiu, não a acho. Era para ela está no hospital já tem duas horas que estou na sala de espera, e nada. As mensagens são visualizadas mas não respondidas, ela está fazendo o que Arthur disse.

Flashback

Chego no trabalho e sem delongas vou direto para minha sala a deixando com a porta aberta. Não tinha nem uma hora que eu tinha chegado quando vejo a pessoa mais indesejada que eu poderia ver entra na minha sala sem ao menos pedir permissão.

–Espero o que tenha te trazido aqui seja trabalho – digo sem tirar os olhos do papel que eu estava desenhando.

– Na verdade eu vim abrir seus olhos – diz se sentando na poltrona a minha frente.

Respiro fundo antes de olhar os olhos de cor verde de Arthur. Faço um sinal para que ele prossiga apesar de já desconfiar o que ele quer falar.

– Não se iluda com Dianna. Ela ainda me ama, só está indecisa sobre o que sente – rio em um tom debochado.

– O que te faz pensar isso, Arthur? – pergunto cruzando meus dedos em cima da minha perna e encostando minhas costas na cadeira.

Eu e Dianna não temos nenhum tipo de relacionamento, eu poderia muito bem dizer que não temos e me livrar dessa conversa um tanto constrangedora. Mas a questão é, que eu não quero. Eu quero mostrar ou pelo menos fingir que Dianna o superou e arrumou outro alguém e que resolveu seguir sua vida.

– Eu fui o único cara que ele não fugiu – ergo uma sobrancelha em dúvida.

–Como assim? – pergunto.

– Eu fui o único que ela de abriu, que ela amou. Dianna sempre fugiu de todos os caras e de todos os relacionamentos. Sou o único para ela, e ela vai voltar para mim – diz convencido.

Por que ela fugiria de mim? Ela sente algo por mim?

– Como você tem coragem de dizer isso depois de tudo o que fez? Você é um completo idiota que a feriu, a machucou e pode ter certeza que eu vou fazer de tudo para você não chegar perto dela novamente – digo convicto.

Eu sei o que é ser traído, é a pior dor do mundo. Sei como tal ato te destrói, te arruína e sei como ela de sente a relação a isso.

Eu já vi ela chorar e descobri que vê-la frágil foi a pior sensação que já senti e estou disposto a não ver ela daquele jeito novamente.

Flashback off

– Ei, Nate – ouço a voz dela e levanto minha cabeça encarando deu sorriso.

Ela não fugiu.

– O que faz aqui? – ela pergunta.

– O que sempre faço todos os dias, vim ver como estava – Sorrio me levantando e pegando a mochila que ela segurava e colocando em meu ombro.

Ela sorri sem mostrar os dentes e acena com a cabeça para irmos para o quarto.

– Pensei que tivesse ganhado alta – falo.

– Minhas febres ainda não passaram, só fui em casa pegar algumas roupas – diz e eu anuo. – Vi suas mensagens mas não deu tempo de responder, foi mal.

Me acho um completo bobo por acreditar em Artur.

Naquela tarde, eu fiquei o tempo todo com ela. Conversamos um com outro como nunca antes, falamos sobre nossa vida e passado.

Pude conhecer ela, saber sobre ela. E a cada palavra que a mesma dizia eu ficava ainda mais encantado. Ela é forte, ousada, espontânea, divertida, batalhadora e inteligente.

Também contei sobre mim, falei sobre minha história com a bebida e com meu pai, contei sobre meus sonhos e alguns apenas Jonathan sabia, eu me sentia bem com ela, era como eu a conhecesse desde de criança.

– É sério que tiveram pessoas que acreditaram que você ele eram surfistas profissionais? – pergunta rindo.

– Dei até autógrafo – ela gargalha colocando a mão na barriga.

Algumas batidas fazem nós dois virarmos para a porta já que estávamos sentados perto da grande janela que tinha a vista para o estacionamento.

Paraliso ao ver quem estava parado de braços cruzados me olhando, uma mistura de decepção e raiva toma conta de mim.

– Sarah?

– Podemos conversar, Nathaniel? – ela pergunta.

Olho para Dianna que olha a morena na porta e em seguida seu olhar é direcionado a mim. Seu olhar, tem algo diferente nele, parece inseguro e triste ao mesmo tempo.

– Prometo que não vou demorar – Sarah diz.

Respiro fundo e me levanto, mas antes de caminhar até a porta sussurro um “Já volto” para Dianna que anui.

Vou até Sarah que sem dizer nada vai até o elevador e eu a acompanho. Já dentro da caixa de metal a olho.

Sarah sempre foi muito bonita, me apaixonei por ela ainda criança mas só começamos um relacionamento na adolescência. Achei que ela era a mulher da minha vida.

– Como sabia que eu estava aqui? – pergunto.

– Seu pai, deve imaginar que ele sabe de todos os seus passos – anuo.

Com certeza meu pai sabe de tudo o que faço, mas não para garantir que estou bem e sim para não ter risco de eu o envergonhar novamente.

As portas se abrem e Sarah pede para conversamos no estacionamento para não fazer tanto barulho.

°°°
Continua..

Desculpa por não postar ontem, tirei meu dia para ficar com minha mãe e não teve tempo para escrever.

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