capítulo doze

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Finalmente, eu poderei andar sem as moletas

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Finalmente, eu poderei andar sem as moletas. Ainda meio manco mas sem precisar de a ajuda de um objeto para me locomover. Também poderei voltar ao meu trabalho.

Vou para a cozinha onde posso ver que minha irmã tenta pela quinta vez essa semana fazer um ovo com bacons.

Me aproximo dela e fico aí seu lado vendo o ovo quase da cor do carvão.

- Já falei que é só pedir que o supermercado traz a comida - digo e ela me olha com cara de tédio.

- Eu quero aprender, Nate - diz colocando a comida no prato.

- Pra que? - pergunto me sentando no balcão - Tá pensando em morar sozinha?

- Talvez - ela suspira pegando um pedaço de bacon - Acho que está na hora de eu ter minha própria vida.

- Alice, você mal consegue dormir em um quarto sozinha. Vai conseguir morar em uma casa sem ninguém? - falo e ela da de ombros.

- Posso chamar alguém para morar comigo - semi cerrei os olhos nela.

- Quem? - pergunto.

- Por que se importa? Sei lá, posso chamar uma amiga minha ou talvez... Não sei ainda - diz fazendo um careta assim que coloca o ovo na boca.

- Tomare que a pessoa que você for chamar saiba cozinhar - digo e ela revira os olhos indo para a pia.

- Vai no hospital hoje? - anuo - Manda um beijo para Dianna.

- Tá bom. Já vou - me despeço e saio de casa.

Entro na minha camionete e sigo em direção ao meu trabalho. As ruas não estão movimentadas, se fosse o Nate de alguns meses atrás estaria a mais de cento e oitenta quilômetros por hora mas hoje prefiro respeitar todas as placas de trânsito.

Chego no estacionamento do prédio azul espelhado e desço do carro indo em direção ao elevador.

Caminho até a minha sala assim que as portas de metal se abrem, no caminho algumas pessoas dão seus pêsames, algumas perguntam se estou bem e pela primeira vez eu me sinto bem de verdade.

Assim que me sento na minha poltrona abro meu computador e começo a trabalhar nas minhas plantas que terminei pela metade. Por sorte meus clientes esperaram eu me recuperar e deixaram que eu terminasse meus projetos.

Três batidas na porta me fazem levantar a cabeça e murmurar um "entre".

- Lincença, Nathaniel - vejo um dos meu colegas de trabalho entrar em minha sala segurando alguns papéis.

- Bom dia, Arthur - digo educado

Não é porque não vou a cara de alguém que vou ser mal educado, apesar dele ter algo nele que me faz odia-lo.

Eu não sou o dono daqui, mas tenho uma equipe e ele faz parte dela

- Aqui, estão algumas exigências de alguns clientes - ele diz me entregando alguns papéis.

- Obrigado - falo analisando os mesmos.

- Nathaniel, posso sair mais cedo hoje? Queria ir visitar alguém no hospital - diz colocando as mãos no bolso.

- Familiar? - pergunto ajustando algumas coisas no computador.

- Na verdade não, digamos que uma conhecida que está com câncer - diz e eu o olho com o cenho franzido.

Será?

- Tudo bem - falo e ele agradece saindo da sala.

Continuo meu trabalho até meu horário acabar e assim que acaba vou direto para o hospital para ver como Dianna está. Ela foi internada de novo devido a febres frequentes.

Assim que chego no hospital faço o trajeto de sempre, o corredor vazio e silêncioso me causa arrepios.
Paro em frente a porta de número "207" e dou duas batidas até ouvir a voz de Dianna mandando eu entrar.

Giro a maçaneta e dando de cara com Dianna que olhava para suas unhas enquanto Arthur falava parecendo desesperado.

Um sorriso se forma no rosto da garota enquanto um semblante confuso toma conta de Arthur.

Me aproximo da maca e beijo o topo da cabeça de Dianna como forma de cumprimento.

- Nathaniel? - Arthur diz.

- Olá Arthur, não sabia que era conhecido dela - digo e vejo Dianna fazer uma careta.

Ah, o ex.

- Já arrumou outro Dianna? - ele pergunta em tom um pouco alto.

- Não devo satisfação para você Arthur - diz seria - E quem é você pra falar assim comigo? Se bem me lembro você me traiu com minha melhor amiga. Falando nisso, como vai Melissa?

Encaro o homem a minha frente que está de boca aberta.

- Eu vim pedir desculpas, Dianna. Eu te amo. Eu melhorei, aquilo foi no calor do momento. Te prometo que vai ser diferente - respiro fundo tentando achar controle.

Por favor, não aceita

- Eu não quero saber - ela responde.

- Vai embora cara - digo e ele me olha

- Quer que eu vá embora? Se eu for nunca mais vai me ver - diz olhando para Dianna.

- Estaria fazendo um grande favor para mim - e assim ele sai sem dizer nenhuma palavra.

Um alívio toma conta de mim, quando ele pediu para voltar com ela um aperto tomou conta do meu coração que eu pensei que ele iria sair pela minha boca.

- Está bem? - pergunto me sentando na ponta da cama, limpando uma lágrima de sua bochecha.

- Ele... Como ele pôde? - diz frustada.

- Não perca tempo pensando nele - digo e trisco seu rosto e percebo que está quente - Você está com febre.

Ela me diz onde está o remédio e dou para ela tomar.

- Melhor você dormir um pouco, eu vou embora pra você descansar - falo me levantando.

- Não, fica aqui. Só até eu dormir.

E tem como recusar?

Me na poltrona deixando a cama para ela. Dianna segura minha mão enquanto seus olhos aos poucos vao se fechando.

Sua respiração calma, seu rosto tão perto, seu toque em minha mão, seus cabelos espalhados pelo travesseiro só me fez perceber que eu talvez sim, eu esteja começando a criar sentimentos por ela.

°°°
Continua

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