capítulo trinta e quatro

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*1 ano depois*

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*1 ano depois*

Hoje vai ser meu primeiro dia de aula depois de tudo que aconteceu. E mais ansiosa que eu é impossível.

Esperei muito por esse momento mas se eu pudesse ter a escolha de entrar na faculdade eu entraria.

Passo as mãos por meus cabelos que já cresceram um pouco, não tanto o quanto queria mas o suficiente para pegá-lo com as pontos dos dedos.

Minha vida estava melhor que eu poderia imaginar, minha mãe está melhor, meu pai conseguiu um emprego na Simmons Company e meu relacionamento com Nate estava melhor que nunca.

Nos víamos toda semana, já que todos os dias não daria certo já que o mesmo começou a trabalhar no modo intensivo e eu também comecei a trabalhar em uma lojinha que tinha perto de casa pelo menos até conseguir um emprego na aérea que quero.

Apesar de Rogério ter me proposto uma vaga em sua empresa eu não aceitei. Quero conseguir minhas coisas sozinha e com meu esforço.

–– Tem quase meia hora que está olhando para fora, Linda –– ouço a voz de Nathaniel me fazendo virar para ele.

O mesmo vestia um conjunto de moletom e estava com uma de suas mãos no volante enquanto sua cabeça estava apoiada no banco de couro.

–– Ok, eu vou dar conta –– faço a intenção de sair do carro mas sou puxada de volta.

Nate segura meu rosto com uma de suas mãos e sela nossos lábios rapidamente.

–– Boa sorte –– fico um tempo ainda o olhando antes de sorrir e sair do carro.

Enquanto caminhava pelos corredores movimentos eu recebia olhares, surpresos talvez. Afinal eu quase morri.

Era bom estar de volta, era bom ter minha saúde e vida de volta.

A faculdade ainda estava da mesma forma que me lembro, as paredes sempre tão bem pintadas das cores beje e azul transmitia paz, as pessoas sempre tão apressadas segurando pastas, maquetes e pilhas de livros.

Só faltava alguns meses para a conclusão do meu curso, e me perguntava se eu estava no caminho certo. Uma profissão é uma passo gigante a se tomar e agora bem no fim a indecisão veio, mas espero que eu esteja certo do que estou fazendo.

Entro na sala que me lembrava bem onde ficava. As pessoas são diferente, não conheço ninguém mas sei que elas me conhecem bem por causa da campanha para achar um doador.

Me sento no canto da sala afim de não chamar tanta atenção.

–– Dianna? –– imediatamente me viro vendo quem eu esperava nunca mais ver.

–– Melody –– falo em um susurro tentando controlar a nostalgia de vê-la ali na minha frente.

–– Aí eu não estou acreditando –– seus olhos se enchem de lágrimas –– Posso?

Ela abre os braços como insinuando que pedia um abraço, me levanto ficando em sua frente e assentindo de leve antes que ela me abraçasse me tirando do chão.

Melody sempre foi mais alta e mais forte me levantaria do chão sem esforço.

Seus braços me rodearam e eu senti o cheiro do perfume que eu havia dado no seu aniversário.

–– Me desculpa, por tudo –– tentei impedi-la mas foi em vão –– Não vou mentir que sim, fiquei com Arthur. Mas tem uma coisa que você não sabe, ele me drogou, eu não queria mas com o efeito da droga eu me levei... Arthur me chamou para a casa dele dizendo que precisava de ajuda porque iria te pedir em Casamento e precisaria de mim para fazer a decoração.

As lágrimas caiam de seus olhos de forma desesperada, o que estava me fazendo acreditar já que Melody nunca chorava.

–– Mas quando eu cheguei, não havia nada de decoração e ele inventou uma desculpa que estava no carro. Ele me ofereceu um suco, eu toda inocente peguei... E aí em diante eu só tenho rasos flashbacks e a imagem de você chegando no quarto.

Não duvidaria que Arthur fosse capaz de fazer isso, ele era um canalha que não ligava pra os outros e para as consequências de seus próprios atos.

–– Por que não me contou antes, Melody? Eu passei dias sozinha naquele hospital só desejando ter uma amizade para fazer companhia –– indago.

–– Fiquei com vergonha e também porque Arthur disse que nunca iria acreditar em mim já que não tenho prova nenhuma contra ele... Achei melhor que fosse melhor eu me distânciar, achei que fosse a melhor opção. Afinal eu fui a amiga que dormiu com o namorado da outra.

Eu sabia que ela estava falando a verdade, tínhamos intimidade o suficiente para saber quando uma mentia ou não. Por isso eu a abracei, matando a saudade que estava de ter ela comigo de novo.

–– Vejo que já viraram amigas de novo –– a voz que até algum tempo atrás eu amava me fez sentir enjôo.

–– Ainda tem coragem de falar comigo? –– pergunto cruzando os braços em sua frente.

Um sorriso maldoso surgiu em seus lábios enquanto seus olhos me analisavam.

–– Você ainda vai voltar pra mim, Dianna –– não demorou para minha mão de chocar no lado direito do seu rosto chamando atenção de algumas pessoas que estavam ali.

–– Nem nos meus piores pesadelos, Arthur.

Um olhar de ódio é lançado a mim e logo ele se põe de pé saindo da sala.

–– Senti saudades –– Melody fala me fazendo rir.

–– Também.

°°°
Continua...

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