capítulo oito

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Acho que nunca fiquei tão feliz em ouvir uma notícia de um médico

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Acho que nunca fiquei tão feliz em ouvir uma notícia de um médico. Finalmente eu terei alta.

Claro que, terei que continuar o tratamento, mas poderei ficar na minha casa sozinho, não tão sozinho já que minha cópia ambulante estará comigo me ajudando.

Estou conseguindo me firmar nas muletas, apesar de passar boa parte do meu tempo ainda sentando na cadeira de rodas.

Já estava quase tudo pronto para minha partida, só faltava uma coisa.

Passo pela porta da sala de tratamento vendo Dianna sentada na poltrona olhando para o nada. Me aproximo ganhando sua atenção e o seu belo sorriso.

- Oi - ela fala baixo - Você já vai?

- Vou - sorrio.

- Vou sentir sua falta - ela com um sorriso triste de apertar o coração.

- Não pense que será tão fácil se livrar de mim, não é porque estou saindo do hospital que não vamos nos ver mais - digo - Ainda vou te acompanhar nas quimioterapias e você será bem-vinda  na minha fisioterapia.

- Todos os pacientes que eu fiz amizade, quando foram embora nunca mais voltaram para me ver

- Você já faz parte da minha vida, você me ajudou - seguro sua mão - Você se tornou uma grande amiga.

- Obrigada - diz e eu me aproximo dando um abraço meio desengonçado pelo fato de nós dois estarmos sentados.

- Até mais, se cuida - falo me separando do aperto.

Antes que ela pudesse falar algo, ouço a voz de quem mãos fujo.

- Nathaniel?! - me viro dando de cara com meu meu pai - Podemos conversar?

- Na verdade, estou ocupado no momento - falo seco recebendo o olhar curioso de Dianna.

- Cinco minutos, meu filho - reviro os olhos e vou em direção a ele ficando longe da porta.

- Pode falar.

- Você está bem? - pergunta.

- Parece que sim.

- Quanto tempo você vai demorar para me perdoar? - pegunta gesticulando as mãos.

- Eu já perdoei, mas a questão que minha vida está melhor assim. Sem você - falo sério.

- Quem é ela? Seu novo passa tempo? - minhas mãos de fecham em punho.

- Não te interessa quem ela seja - falo já fazendo a intenção que estava saindo dali.

- Acho bom não ser nada mesmo, não estou afim de ter um filho culpado pela morte de outra pessoa - me viro.

- Do que está falando?

- Sua falta de responsabilidade matou Jonathan e se você se aproximar dela, talvez a mate também. Ela com certeza está em um momento frágil e você só quer se aproveitar dela mas quando se cansar vai a jogar no lixo, assim como as outras - travo o maxilar.

- Você não sabe de nada sobre mim, eu não sou assim - meus olhos ardem - E você não tem o direto de falar do Jonathan e muito menos da Dianna.

- A verdade dói, meu filho. Só não faça o mesmo que fez com seu melhor amigo - ele vira de costas e começa a andar.

Meu pai é um homem completamente rude, seu sonho era ter o filho perfeito que desse conta de manter seu legado. Quando eu neguei, ele se frustou e faz de tudo para me ver mal.

Minha mãe insiste em dizer que ele apenas quer o meu bem. Mas sabemos que não é verdade, ele é só um machista idiota que acha que uma mulher pode comandar uma empresa, ele não aceita que o "filho perfeito" tenha nascido na forma de uma mulher.

Eu ao contrário, aposto todas as minhas cartas que Alice seria maravilhosa comandante da imprensa, ela está preste a si formar em direito e tenho certeza que será uma ótima profissional.

- Está tudo bem? - ouço a voz de Dianna e em seguida um toque delicado é deixado em meu ombro fazendo um arrepio percorrer minha espinha.

- Sim - digo tentando esconder minha tristeza na minha voz.

- Eu ouvi a conversa - me viro - Não era intenção mas, meio que vocês estavam gritando.

Sorrio sem graça.

- Não o conheço, mas já não gosto - ela diz arrancando um risada de mim - Eu discordo de tudo o que ele disse.

- Talvez ele tenha razão - dou de ombros.

Vejo Dianna revirar os olhos e em seguida pegar meu rosto com duas mãos me fazendo olhar para ela.

- O que ele disse sobre você... É completamente diferente do que eu conheço. Nate, de todo esse tempo que você esteve nesse hospital você mostrou ser de tudo menos irresponsável - ela sorri e confesso que me perco um pouco olhando para seus olhos negros - E sobre o que ele disse de mim, você não vai me matar. Você não vai me fazer mal, ao contrário disso, você só me fez bem.

Não consigo dizer nada, apenas sorrio. Mas tenho certeza que ela entendeu o que meu sorriso quis dizer pois ela apenas me abraçou me fazendo ficar embreagado com seu cheiro de morango.

- Se cuida, Nate - ela deposita um beijo no topo da minha cabeça e sai andando pelo corredor.

Um sorriso involuntário se forma quando ela se vira já na metade do corredor dando tchauzinho com a mão.

Dianna Butler, não me faça me apaixonar por você.

°°°
Continua...

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