capítulo nove

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Estava tudo exatamente como deixei, os móveis, a bagunça e Bublles

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Estava tudo exatamente como deixei, os móveis, a bagunça e Bublles. Meu cachorro que pula em meu colo lambendo meu rosto e ao mesmo tempo balançando a bundinha para lá e para cá.

- Oi meninão- digo fazendo carinho em sua cabeça - Senti sua falta.

Nesse tempo hospitalizado minha irmã cuidou dele para mim, Bublles é minha única companhia nessa casa.

- Sério, precisamos contratar alguém para limpar isso - Minha irmã diz chutando alguns livros que estavam no chão.

- É, talvez - digo quando uma caixa de pizza me atrapalha por causa das rodas.

- Vou ver o que tem para comer - ela fala indo em direção a cozinha.

Com um pouco de dificuldade me aproximo do móvel que ficava alguns porta retrato, pego um de alguns anos atrás. Eu e Jonathan, estávamos na praia do Brasil fingindo ser surfistas famosos daqui dos Estados Unidos, mas na real não conseguíamos nem ficar em pé na prancha.

- Você vai fazer falta na minha vida - digo colocando a foto no lugar.

Sorrio quando Bublles sobe em meu colo parecendo querer me consolar, ele parece saber quando não estou bem. Passo minha mão por seu corpo pequeno e macio.

Alice aparece do meu lado me entregando um prato com um sanduíche natural. A agradeço e me delicio com a comida.

- Elliot está afim de você - falo fazendo a mesma se engasgar com o sanduíche.

- Elliot? Aquele Elliot? - pergunta apontando para uma foto que havia ali.

- Sim, o mesmo que você era apaixonada na adolescência e tinha até escrito atrás da sua porta Senhor e senhora Smith - ela gargalha colocando a mão sobre a boca.

- Precisava me lembrar disso? Que vexame. Já foi a época que eu era afim dele, Nate. Hoje em dia eu só o vejo como um imaturo amigo do meu irmão gêmeo - ela da de ombros.

- Pensei que você poderia realizar suas fantasias de quando era mais nova - digo e ela nega com a cabeça com um sorriso bobo no rosto.

Continuamos conversando sobre assuntos aleatórios. Fazia tempo que eu não conversa com minha irmã dessa forma, geralmente quando nos encontramos sempre estamos cercados de trabalho então nossas conversas são sempre mais formais.

- Sarah foi te visitar? - pergunta meia incerta.

- Não - nego - E nem quero que isso aconteça, isso mostra o quanto ela não se importava comigo. - respiro fundo.

- Nunca imaginei que ela faria isso - sinto raiva em sua voz - Vocês namoravam desde os quinze anos.

- Nossa relacionamento não estava lá essas coisas. Mas se ela não queria mais, acho que poderia ter conversado - meus olhos vão para um foto comigo e com a morena.

Havia alguns meses que eu não sentia nada por Sarah, mas nunca pensei em trai-la. Sempre gostei de fidelidade, e era o mínimo que eu poderia oferecer a ela.

Só agora me toquei que nem um desses dias eu havia pensado nela, eu havia esquecido de sua existência. E só agora percebo que tinha outro alguém na minha mente.

Já era tarde, e com ajuda da minha irmã consegui ir para o quarto de hóspedes já que meu quarto ficava no andar de cima.

Com a cabeça já no travesseiro e encarando o teto branco e sem graça me pergunto o por quê disso tudo ter acontecido. O acidente. A traição. A morte. Tudo teria um propósito? Ou, apenas foi um erro?

Quase pegando no sono, involuntáriamente o sorriso de Dianna invade minha mente, seus dentes brancos e alinhados, quase posso senti seu cheiro. Balanço a cabeça tentando espantar esse pensamento.

Isso não pode acontecer, Nathaniel.

- Meu filho, não podemos dar isso agora para você - ouço a voz suave de meu pai

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- Meu filho, não podemos dar isso agora para você - ouço a voz suave de meu pai.

- Mas pai, meu aniversário é daqui alguns dias - a voz de Josh transmite tristeza.

- Desculpa meu filho, estamos sem dinheiro. Prometo que quando isso acabar eu dou o carrinho que você quiser.

Meu coração se aperta, meu pai está gastando todo o dinheiro comigo não dando a devida atenção para Josh que é apenas uma criança.

Saio do meu quarto me encostando na porta e tendo a visão de Josh encolhido no sofá de couro velho. Me aproximo me sentando ao seu lado.

- Quando tudo passar eu te dou um presente, tá bom? - falo o abraçando.

- Você está doente? - ele pergunta brincando com as mãozinhas.

- O que te falou isso? - ele da de ombros.

Olho para meu pai que apenas assente com a cabeça. Respiro fundo antes de lhe responder.

- Estou, Josh - ele me olha apoiando seu queijo na mão.

- Você vai morrer? - ele pergunta ingênuo e eu apenas sorrio sem humor.

- Não, eu vou ficar bem - digo sem ter certeza.

Ele me abraça de novo, só que dessa vez mais forte. Eu não suporto a idéia de vê-lo triste.

- Filha, é melhor você dormir - minha mãe aparece na sala.

Me levanto e me despeço de todos indo para meu quarto, que é composto por uma cama de solteiro e um pequeno guarda-roupa. Me deito tentando pegar no sono e deixar minha mente vazia um pouco.

Mas isso é meio impossível de se fazer quando uma certa pessoa não sai de sua mente, parece que aqueles olhos cor oceano se fixaram na minha memória e não querem sair por nada.

Dianna, não pense nisso.

°°°
Continua...

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