Se tudo fosse apenas um filme iria ser tão mais fácil. Não iria ter dor de verdade, e após as gravações eles teriam sua vida normal de volta.
Mas a vida fez a história de Nate e Dianna serem o próprio filme.
Nathaniel Simmons, consumido pela culpa d...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Por muitos anos eu pensei que minha paixão platônica por Elliot nunca iria ser correspondida. Pensava que ele era só mais um amigo do meu irmão.
Eu era o modelo de "filha perfeita". Na cabeça de meu pai eu iria me formar, ter estabilidade financeira, casar e ter filhos. Confesso que esses eram meus planos também.
Mas agora aqui estou encarando minhas mãos trêmulas enquanto esperava o tempo de teste de gravidez para sair o resultado.
Não estava nos meus planos estar grávida, não agora. Eu queria aproveitar minha vida mas, claro que se eu estivesse eu amaria a criança que estivesse dentro de mim.
Mas um medo terrível tomou conta de mim quando eu vi o segundo tracinho aparecer no quarto teste que eu havia feito. Eu não fiz sozinha, o pai dessa criança estava dormindo na minha cama.
Ele vai me deixar. Elliot não quer filho, ele é novo vai e deixar sozinha.
Sem nem perceber eu já estou no chão chorando com a cabeça entre as pernas.
Não, eu não estava triste pelo fato de estar grávida. Eu chorava por medo do que o homem que eu claramente amava iria pensar.
Não sei quanto tempo demorou, só sei que a porta foi aberta e logo senti os braços dele me abraçarem.
–– Ei? Vida? –– eu o aperto contra mim deixando-o cada vez mais confuso –– Conversa comigo.
–– Não me deixa, Elliot. Por favor – peço e ele segura meu rosto com suas mãos –– Eu não vou dar conta sozinha.
–– Do que está falando? Que história é essa de eu te deixar? –– seus olhos estavam tentando me ler.
Aponto com a cabeça para a pia onde os testes estavam. Ele se levanta do chão e caminha até a pia pegando um dos testes e logo pegando a caixinha para ver as instruções.
–– Porra, vida –– ele se vira para mim e a única coisa que consigo prestar atenção são em suas mãos trêmulas.
Ele se abaixa na minha frente e eu me encolho.
–– Tem noção do que vai fazer com minha vida? –– a raiva toma conta
–– Eu não fiz sozinha. Se não quiser ficar presente na vida dessa criança, ok! Mas não acha que vai escapar das responsabilidades de pagar a pensão porque eu vou cobrar e se não pagar eu te boto na cadeia –– nessa altura eu já estava distribuindo vários socos em seu peito.
Eu não engravidei sozinha.
A cada soco que eu dava era como se eu estivesse fazendo coscégas já que ele não mexia um músculo sequer. Até que suas mãos foram para meus pulsos me fazendo parar de agredi-lo.
Em um gesto rápido ele me deita no chão ficando por cima de mim me fazendo ficar impossibilitada de me mexer.
Seus lábios se curvam em um sorriso.
–– Você é maluca, Alice –– ele beija a ponta do meu nariz –– Sabe o que vai fazer com minha vida? Vai faze-la mil vezes melhor, eu não seria nem louco de te deixar sozinha, estamos juntos nessa. Porra, eu vou ser pai –– fala com aquele lindo sorriso.
Sinto o alívio tomar conta de mim. Me solto de seu aperto me inclinando para o abraca-lo.
–– Idiota, quase me matou do coração –– ele ri e beija minha têmpora.
–– Eu também te amo.
📽️📽️
–– Por favor, me fala que foi inseminação artificial –– Nate suplia de olhos fechados.
–– Nate! –– Dianna o diverte.
–– Amor, eles... Você sabe –– Dianna revira os olhos e vem até mim me dando um abraço apertado.
–– Parabéns, Alice –– faz um carinho na minha barriga que ainda está plana –– Tenho certeza que vocês vão ser muito felizes.
Ela sorri para mim e se afasta empurrando Nate na minha direção e de Elliot. Ele fica o homem ao meu lado mas depois abre um sorriso.
–– Eu vou ser tio –– diz e me abraça me levantando do chão –– Tomare que puxe você, Alice. Por que se puxar o Elliot.. coitado.
Elliot olha feio para meu irmão que gargalha.
Nathaniel se aproxima da sua namorada que está me olhando com ternura, ele a abraça e fala alguma coisa em seu ouvido e a mesma anui sorrindo.
A porta é aberta com força revelando Maycon segurando algumas sacolas de logos que eu reconheço ser infantil.
–– Olha o que eu trouxe para meu sobrinho preferido, e sim é menino –– me entrega as sacolas que estão repletas de roupas e brinquedos.
–– Seu burguês –– Maycon da de ombros e me cumprimenta devidamente e logo depois Elliot nós parabenizando.
Eu estava feliz.
Nada ocorreu como o plano, eu não tinha estabilidade financeira e nem tinha me casado mas acho que se não fosse assim não seria tão perfeito.
