capítulo sete

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Acho que estou enlouquecendo, já fazia meses e eu ainda não dava conta de dar um passo qualquer.

Meus amigos já tinham largado as muletas, Dianna tinha voltada para sua casa e eu continuava aqui cercado pelas paredes brancas e geladas do hospital. Já perdi as contas de quantas vezes pedi para o médico me dar alta, afinal minha irmã iria morar comigo durante um tempo.

- Maninho, hora do banho - Alice diz entrando quarto fazendo um coque em seu cabelo

- Isso é muita humilhação - passo minhas mãos por meu rosto escutando sua risada.

- Não pense que eu gosto de dar banho em você - diz revirando os olhos.

Alice me leva no banheiro e tira minha roupa. Não pense que eu tenho vergonha, sou irmão gêmeo dela vivi minha vida toda ao seu lado. Só é estranho.

De banho tomado, ela me leva até a sala de fisioterapia.

Eu já nem sinto mais vontade de continuar, já aceitei minha realidade. Não vejo mais motivação em continuar.

No caminho, algumas pessoas me olham. Pena, eu deduzo.

Entro na sala do senhor James e a primeira coisa que vejo são meus amigos trocando tapas um com o outro. Assim que eles me vêem, os mesmo de sentam direito e me cumprimentam.

- Vamos? - James pergunta e eu concordo com a cabeça.

Sou apoiado na barra sentindo minhas pernas latejarem, olho para baixo e tento move-las.

Eu não aguento mais.

Balanço a cabeça negativamente, e olho para cima tentando buscar forças ou algum milagre.

- Você consegue - ouço a voz doce de Dianna.

Olho para a porta tendo a visão dela com aquele sorriso maravilhoso que ela leva para todos os lugares. Me surpreendi ao vê-la, afinal era para ela estar em sua casa descansando.

Em passos lentos ela caminha até a mim ficando a um passo de distância.

- Só um passo - diz baixo

- Eu não consigo, Dianna - minha voz falha.

- Não pense assim, você consegue tudo o que quiser. Basta querer, Nate. Apenas visualize e faça. - ela diz apenas para mim - Eu acredito em você.

Fechei meu olhos e visualizei. Um pé depois o outro.

Respirei fundo e como em um passe de mágica meu pé direito se mexeu e em seguida o esquerdo. Olhei para frente vendo Dianna, minhas pernas falharam me fazendo perder o equilíbrio mas fui ajudado por ela que me abraçou impedindo que o impacto fosse forte. Nós dois caímos de joelhos no chão.

Suas mãos agarraram meu tronco e sua cabeça se apoiou em meu ombro  me fazendo sentir o cheiro doce que emanava dela, por um momento senti meu coração esquentar. A abracei de volta sentindo as lágrimas caírem.

- Eu consegui.

- Eu sabia que daria conta.

Logo senti mais braços me rodearam, meus amigos e minha irmã praticamente deitaram em cima de mim falando frases positivas e me parabenizando.

Depois do momento de demonstração de afeto continuei alguns exercícios que James me fez fazer. E também recebi a notícia que poderia voltar para minha casa, já que minhas pernas deram sinal de vida.

[...]

- Nossa mãe não pode ficar sabendo que você comeu isso - Alice diz me entregando um salgado frito.

Já estávamos no meu quarto, Dianna deu a ideia de fazer um mini tráfico de comidas e lógico que Alice aceitou, as duas foram no supermercado e compraram de tudo um pouco e trouxeram para nós escondidas.

- Nossa, melhor salgado que já comi - Maycon diz de boca cheia.

- Se dermos terra pra você, você diz que é o melhor que já comeu - Alice diz fazendo Elliot rir.

- Não tenho culpa que comida é a melhor coisa do mundo - responde dando de ombros.

Dianna estava sentada do meu lado apenas observando os infantis que começaram a discutir por causa de comida.

- Obrigada - falo ganhando sua atenção.

- Pelo o quê? - pergunta se ajeitando na poltrona.

- Por ter me ensentivado - ela sorri.

- Não foi nada, não precisa agradecer afinal você também já me ajudou - da de ombros se voltando para frente.

Na verdade, acho que se não fosse por ela eu não teria encontrado forças para dar aquele passo. Ela não faz ideia do quanto sou grato por isso.

Alguns minutos de passam e Dianna se despede de mim com um abraço, alegando ter que ir embora para tomar remédios e como Alice precisava ir embora também as duas foram juntas.

Olho para meus amigos que estão com os olhos semi cerrados em mim.

- O que foi? - pergunto.

- Nós vimos o jeito que você olhava para a garota - Elliot diz.

- Dianna? - anuem - Não entendi.

- Não se faz de sonso, Nate. Você está começando a si interessar por ela - Maycon acusa.

- Não viaja. Eu e ela somos amigos, nada de mais - digo - E mesmo se não fôssemos eu não quero nada com ninguém.

- Você disse a mesma coisa quando foi com a Sarah.

- Mas dessa vez é diferente, eu não quero nada. Ainda mais com ela, Dianna não precisa de um cara problemático que nem eu - falo sério.

- Tá bom - Elliot levanta as mãos em rendição - Vou anotar de lápis - resmunga.

- Eu também vi a forma como você estava olhando minha irmã - falo com um sorriso no rosto.

- Eu?... Eu não estava.. - ele é interrompido.

- Estava sim - Maycon sorri.

- Estávamos falando sobre o Nate - aponta para mim que dou de ombros - Vou embora.

°°°
Continua...

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