CAPÍTULO || 06

8.6K 1K 174
                                    

— Kira! Que bom te ver novamente! — Borges exclamou, e eu me levantei, sorrindo levemente e o abraçando

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Kira! Que bom te ver novamente! — Borges exclamou, e eu me levantei, sorrindo levemente e o abraçando. Ele me afastou, segurando minhas mãos e me olhando da cabeças aos pés. — Você está incrível! Álvaro que se cuide. — Brincou, o que naquele dia ruim me fez ri um pouco. Borges era sempre o mais simpático e me tratou bem desde o início. Ele não merecia meu rancor.

— Igualmente, Borges. Desculpa ter sumido sem dizer nada. Mas eu tive meus motivos. — Borges sorriu, assentindo.

— Está tudo bem. Eu sei que teve. Agora que está aqui, pode contar comigo para o que for. Aliás, fiquei sabendo que tenho uma netinha! É ela? — Questionou, apontando para a Sol, que estava com Álvaro.

— Sim. — Falo e ele sorri, a pegando nos braços.

— Meu Deus, como você é linda, meu amor! — Borges exclamou, a beijando no rosto e brincando com ela.

— Não vai me cumprimentar? — Olho para trás, tendo o desgosto de ver Natasha, me olhando desgostosa.

— Não. — Falo, vendo ela estreitar o olhar, agora claramente irritada.

— Como você ousa...?!

— Escuta aqui, Natasha. Temos nossas diferenças. Eu tentei ir embora e seu filho me obrigou a vir de volta. É inegável o fato de que eu tenho uma filha com ele, então ou você aceita, ou pode sair desse almoço que sem sua presença e seus comentários desnecessários será certamente mais tolerável! — Ela abriu a boca, em choque.

— Seu...! — Apenas contorno um sorriso falso, me sentando ao lado de Álvaro para que os pais deles se acomodassem à nossa frente. Sol logo volta para os meus braços, para o meu alívio. Notei ela está mais calada, mais quieta, especialmente depois de saber sobre Álvaro. Imagino que não esteja sendo fácil para ela lidar com tudo isso de uma vez só.

— E ele ainda se veste de mulher... — Natasha resmungou, mas pude claramente ouví-la.

— Está incomodada, querida? Porque eu estou completamente confortável.

— Sim! Assim como a menina deve ter vergonha de sair com você! — Sorri, balançando a cabeça. Olho para a Sol, tirando alguns fios de cabelo do seu rosto.

— Meu amor, você tem vergonha do papai? — Questiono e ela nega.

— Não, papai.

— E o que acha das minhas roupas?

— São lindas! E quando eu crescer, vou vestir todas! — Sorri, assentindo.

— É errado homem vestir roupa de mulher?

— Não, papai. Roupa é roupa. A gente deve vestir o que gosta. — Olho para Natasha, sorrindo vitorioso.

— Isso, meu amor. Você está certíssima. — Falo, a beijando no rosto. Natasha suspirou, cruzando os braços, irritada. Mas dessa vez ficou em silêncio.

— Que belo jeito de começarmos um almoço, não é? Hm... Parabéns pela educação da Sol, Kira. Ela será uma grande mulher! — Borges elogiou, e eu apenas agradeci. — Mas... e vocês? Já se resolveram? — Questionou, olhando para Álvaro e eu.

— Não exatamente... — Álvaro murmurou, me olhando seriamente.

— Não nos resolvemos, até porque eu fui sequestrado! — Rebato, impaciente.

— Não vamos começar essa conversa de novo! — Álvaro ditou, me fazendo segurar a língua para não xingá-lo de todos os nomes existentes no mundo.

— Legal, que tal fazermos os pedidos? — Borges interveio, tentando amenizar a situação. E assim fizemos.

. . . .

— Mesmo que... tenham acontecido desavenças entre vocês, eu espero que superem esses problemas logo e possam se resolver. Fico feliz que esteja de volta, Kira. Eu praticamente ganhei um segundo filho, portanto me preocupo com vocês dois e agora com ela... — Ditou, olhando sorridente para Sol.

— Obrigado, Borges. É bom revê-lo. — Nos abraçamos mais uma vez e nos despedimos. Entro no carro, colocando Sol no banco detrás e me acomodando no banco do passageiro, tratando logo de pôr o cinto de segurança ou certamente não iria prestar...

Álvaro adentrou o carro, falando algo bobo para Sol e dando partida.

Assim que chegamos em casa, desço do veículo, pegando a Sol e a levando para o quarto, onde eu comprei alguns brinquedos para ela se distrair.

— Eu volto já para brincar com você, ok? — Falo e ela assente. Sigo para meu quarto, tirando a roupa e procurando meu roupão de banho, porém, não estava encontrando.

— Procurando isso? — Me assusto quando Álvaro entra em meu quarto, com o roupão em mãos. Tento me cobrir com minhas próprias mãos, mas era meio impossível fazer isso.

— Me devolve isso e saia já daqui! — Exclamo, nervoso. Ele se aproximou, novamente percorrendo todo o meu corpo com um olhar intenso, que me queimou por dentro.

— Você está mais atraente do que nunca, sabia? — Ditou, se aproximando de mim e me encurralando contra a parede. Merda, não fique tão perto!

— Álvaro... eu estou avisando... Saia de perto de mim agora! — Ordeno. Se ele ficasse mais tempo perto de mim assim, eu não sei se... eu iria aguentar.

— E se eu não quiser? — Desafiou, me deixando ainda mais sem saída.

— Você não tem querer. Não é não! Me deixe em...! — Paro de falar quando sua mão pousa em minha cintura, me causando um calor repentino e que há muito tempo não sentia. Droga...

— Você continua sensível quando te toco... — Álvaro provocou, e eu logo tratei de empurrá-lo para longe de mim.

— Qual é o seu problema?! Me deixe em paz! — Exclamo, arrancando o roupão de suas mãos e me cobrindo. Ele suspirou, se afastando.

— Não importa que personalidade você tenha, eu vou te amar do mesmo jeito. — Ditou, me pegando de surpresa com suas palavras, e então saiu do meu quarto, me deixando finalmente sozinho.

Deslizo minhas costas pela parede até parar sentado no chão, abraçando meus joelhos.

Merda... eu não vou aguentar por tanto tempo... Se ele tivesse insistido um pouco mais, eu sei que teria me entregado. Meu corpo é meu pior inimigo.

NA TOCA DO LOBO -  Duplamente APAIXONADO - Livro II (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora