CAPÍTULO || 16

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— Desgraçado

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— Desgraçado...! Me solta! Está amassando meu casaco! Sabe quanto custou isso?! — Resmungo, me debatendo enquanto o elevador se fechava, podendo ouvir Kira gritar. Gemo de dor quando ele me empurra contra a parede do elevador, pegando meus pulsos e os algemando.

— Melhor você calar a boca se não quiser que eu estoure seus miolos! — Ameaçou, o que me fez sorri diabolicamente.

— Se fosse me matar, não estaria me sequestrando. Você precisa de mim vivo para conseguir atrair Kira, acertei? — Falo e ele me encara friamente.

— E daí? Sua situação continua a mesma!

— E daí... que eu posso me divertir um pouco... — Falo, sorrindo levemente, e então desfiro uma joelhada entre suas pernas, o fazendo se curvar de dor. Giro meu corpo rapidamente, acertando a lateral do seu rosto com minha panturrilha, vendo ele cair no chão, desnorteado. Sorri, satisfeito me encostando na parede para descansar. — Se for cometer um sequestro, certifique-se de quem você está levando. — Falo, piscando um olho, em tom provocativo.

— Filho da puta... — Resmungou, rindo, se colocando de pé e limpando o sangue que escorria da sua boca. E rapidamente sinto uma forte ardência em meu rosto, ao receber um tapa. Ele agarrou meu pescoço, me olhando com ódio. — Maldito... Já percebi que será mais fácil levar você desacordado. — Ditou, me deixando confuso à princípio, mas logo me acertou com algo, que me fez apagar.

. . . .

Abro os olhos, sentindo minha cabeça latejar de dor. Olho em volta, não reconhecendo o quarto todo branco e com apenas uma cama, na qual eu estava deitado. Onde eu estou?! Aos poucos, me recordo do sequestro e daquele maluco que me apagou no elevador.

Me levanto rapidamente, tentando alcançar a porta, mas acabo caindo assim que meu tornozelo é puxado, me fazendo ver a corrente presa na cama, me impedindo de ir muito longe. Droga...!

A porta se abriu, e aquele canalha que se não me engano se chama Vick, adentrou o quarto, olhando para mim, indiferente.

— Pelo visto acordou bem disposto. Anda, toma. — Ditou, puxando meu queixo à força e me obrigando a tomar água. Eu estava com fome e cede, mas meu orgulho era muito maior, então cuspi toda a água em seu rosto, o fazendo me soltar, não parecendo muito surpreso com minha atitude. — Quer morrer de cede?! Ótimo! — Exclamou, puxando meu braço com força, me obrigando a levantar, e me empurrando de volta para a cama.

— Você é um louco que não sabe aceitar o fato de que o garoto não dá a mínima para você! O que pretende ganhar com isso?!! — Exclamo, impaciente. Ele suspirou, se virando para mim.

— Vingança. — Eu ri, balançando a cabeça.

— Você é tão idiota. O máximo que vai ganhar é uma morte lenta e bem dolorosa por se meter com o esposo do capo. — Ele riu, se aproximando de mim novamente, subindo sobre meu corpo, agora me fazendo entrar em alerta.

— Estamos no mesmo barco, não? Enquanto eu observava Kira, eu via você se rastejando aos pés do seu chefe. Não tem moral nenhuma para falar de mim. — Eu sorri, negando.

— A diferença é que eu me divirto com a situação. Você não consegue aceitar e simplesmente busca machucar o outro sendo que isso não vai levar a nada. Isso não é amor, é burrice! — Falo e ele agarra meu pescoço, me forçando ainda mais contra o colchão, me tirando o ar aos poucos.

— Cala essa boca ou eu...!

— Ou o quê?! Vai me matar?! Faz isso. Você só sabe ameaçar, mas saiba de uma coisa: cão que ladra não morde! — Rebato, sentindo ele apertar meu pescoço mais forte, percorrendo seu olhar por todo o meu corpo e depois me encarando.

— Eu tenho um castigo perfeito para você... — Ditou, puxando meu tornozelo, tirando a corrente. No mesmo instante tento fugir, mas ele me agarra por trás, me levando até uma porta branca, a abrindo e me empurrando para dentro. Era um banheiro. Ele trancou a porta, tirando a chave e a guardando no bolso da calça. — Tira a roupa.

— Não mesmo!

— Se não fizer, eu farei. E eu não sou nem um pouco delicado. Tome um banho. — O encaro, agora irritado.

— O que está insinuando?! Que eu estou fedendo, é isso?! Olha aqui, seu sequestrador de quinta categoria, você que me trouxe para esse lugar e me obrigou a lutar no meio do meu trabalho. Queria que eu estivesse brilhando?! Se bem que eu continuo lindo de qualquer jeito... — Falo, passando a mão em meus cabelos, com um olhar superior. Vick revirou os olhos, cruzando os braços.

— Anda logo! — Suspiro, vendo que eu não tinha muita opção. Tiro minha roupa, ficando apenas com a roupa íntima. Ele me encarou, indiferente. — Tudo. — Ditou, me deixando furioso por dentro, mas o obedeci novamente, ficando completamente nu. Era estranho estar sem roupa na frente de alguém que eu nem conheço, ainda mais sob aquele olhar que fez questão de analisar cada parte do meu corpo.

Ele apontou para o chuveiro, e mesmo contrariado, o liguei, deixando a água cair sob o meu corpo. Minha cabeça latejou novamente, o que me fez soltar um gemido de dor.

— Se não tivesse sido teimoso, isso não teria te acontecido... — Vick ditou, se aproximando de mim e tocando minha testa. O empurro, irritado.

— Se não fosse um babaca, a máfia não estaria atrás de você agora! — Exclamo, e ele avança sobre mim, prendendo meus pulsos contra a parede, mantendo seu rosto próximo demais do meu.

— Eu posso ser um babaca... mas eu sei aproveitar certos momentos... Você faz parte da máfia... não é casado. Então, presumo que seja virgem. Se... você perdesse a virgindade... sua família ia gostar? — Arregalo os olhos, engolindo em seco, notando um sorrisinho vitorioso contornar seus lábios.

— Seu...! — Antes que eu terminasse de falar, ele me virou rapidamente, colando meu peito na parede e segurando meus pulsos novamente.

— Eu não tenho mais nada a perder... mas você... — Insinuou, me fazendo respirar com dificuldade, não conseguindo pensar em mais nada. Ele...

— Então faz se tem tanta coragem. — Atiço, com um tom decidido. Ele me olhou surpreso, mas então sorriu, desferindo um forte tapa em minha bunda.

— Você é mesmo sem noção alguma...!

Eu vou me ferrar com isso... Mas eu não estou nem aí!

NA TOCA DO LOBO -  Duplamente APAIXONADO - Livro II (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora