Sua boca devorava a minha, me deixando desnorteado. Álvaro apertava minha coxa, me mantendo sentado em sua mesa enquanto namorávamos em sua sala, ainda na empresa. Eu vim para trabalhar, mas no intervalo que consegui, Álvaro me arrastou para sua sala e resolveu me distrair.Ele se mantinha entre minhas pernas, acariciando minhas coxas e vez ou outra subindo sua mão boba para tocar minha bunda, por baixo do vestido.
— Tão gostoso... — Sussurrou ao meu ouvido, me fazendo respirar fundo para conseguir voltar ao meu estado racional.
— Ei, não vamos passar disso. Ainda estamos em seu local de trabalho. — Falo, o afastando. Ele suspirou, se sentando em sua cadeira de couro e segurando minha perna direita, tirando meu saltos e depositando beijos leves em meu pé, o que me fez sorri. — Ei... O Ki... fez muita besteira? — Questiono, curioso.
— Fora tentar seduzir o primeiro que aparecia? Não... — Ditou, com uma cara de poucos amigos.
— Você deve ter odiado, não é...? — Questiono, com medo da resposta. Álvaro suspirou, me olhando seriamente.
— Kira, quando você apareceu, alguém racional e com juízo, você disse que era o mais odiado, que todos detestavam essa sua personalidade, mas até o momento, você está se tornando o centro de normalidade entre suas personalidades. Você é o mais responsável, mais racional, mais focado... Como as pessoas podem te odiar?! Eu quase enlouqueci quando casei com o Kira, o extrovertido. E depois de conhecer você, vem o Ki, pior que o primeiro Kira e que zombou de mim. Eu vi ele dá em cima do meu melhor e único amigo. Como você quer que eu me sinta?! — Desabafou, o que me deixou mal pra caramba. — Desculpa se eu te ofendi... mas eu estou falando o que eu estou sentindo...
— Eu entendo... Não deve ter sido fácil para você. Mas... faz parte de mim, Álvaro. Eu no quero trair você. Eu surgi por sua causa... eu devo... minha vida a você. E para vivermos em paz, você precisa conquistar todas as minhas personalidades, incluindo... o Ki. Eu sei que você consegue. Eu sei que... deve ser cansativo para você, mas... Só assim viveremos em paz. — Álvaro me olhou, não falando de imediato. Ele parecia realmente chateado com o que Ki havia feito.
— Você mesmo disse para eu resistir a suas outras personalidades. E foi o que eu fiz, por você. Mas fica difícil quando você ver quem ama ficar dando em cima de outro na sua frente. — Desço da mesa, sentando em seu colo e apoiando minha mão esquerda em seu ombro, acariciando seu rosto com a mão livre.
— Eu não queria te causar tanta dor de cabeça... Desculpa... — Balbucio, o olhando tristemente. Estava odiando vê-lo dessa forma.
— Tudo bem... Ao menos... me dê uma dica. Como eu vou conquistar o Ki? Ele nem ao menos me ouve. — Pediu, o que me fez refletir, relembrando alguns flashes da minha personalidade mais quente.
— Hm... dominar. — Falo e ele me olha, arqueando uma sobrancelha em questionamento.
— Dominar?
— É. Você... precisa mostrar que é melhor que os outros. Que com você... ele vai ter tudo. E não estou falando de bens materiais. No sexo mesmo. Você vai conquistá-lo pelo prazer. Se depois da primeira noite juntos, ele te procurar de novo... é um bom sinal. — Comento, pensativo.
— Então transar com ele está liberado? — Questionou, perdido. Sorri assentindo.
— De qualquer forma, vai ser meu corpo. Então sim, está liberado. É o único jeito. Se ele se apaixonar por você... Então estaremos em paz.
— Quando você diz dominar... Você diz como eu faço com você ou...?
— Não. Se fizer com ele o que faz comigo, ele vai te mandar embora em dois segundos. Maltrate ele, sem dó, sem piedade. Ele gosta quando tentam domá-lo. Gosta de brincadeiras eróticas e se arriscar bastante no sexo. E se você demonstrar hesitação, ele vai te achar fraco. — Falo e Álvaro pragueja, passando as mãos no rosto.
— Não vai ser fácil. Já passei pelo sexo romântico, bruto e agora vou para o mundo BDSM. Eu estou explorando todos os feitiches nessa vida! Não estou reclamando, mas eu sou humano e tenho limites. — Eu ri, o abraçando e me aconchegando em seu peito.
— Você vai se sair bem... Você nunca decepciona. Nunca eu ou o outro Kira na mão. Um a mais não fará diferença. — Sussurro ao seu ouvido, sentindo suas mãos correrem para minha bunda, adentrando meu vestido.
— Hmm... Podemos começar agora? — Insinuou, pressionando seu volume contra minha bunda.
— Melhor economizar suas energias, eu vou voltar a trabalhar e conhecer minhas modelos para a exposição. — Falo, me levantando e ajeitando minha roupa.
— Ei! Espera...! — Álvaro me alcançou, segurando meu pulso e me virando para ele, me roubando um beijo quente e que chegou a me desequilibrar, mas ele me segurou firmemente pela cintura, me mantendo colado ao seu corpo. — Te amo... — Declarou, aquecendo meu peito com aquelas duas palavras mágicas.
— Também te amo. — Retribuo, vendo seus olhos brilharem e um sorriso lindo contornar seus lábios avermelhados. Ele novamente me beijou, mais intenso que a última vez, chegando a me deixar na pontinha dos pés.
— Ah, o clássico! Transar na sala do chefe, deve ser uma delícia! — Me assusto quando Agnes entra na sala, sorrindo debochado. Ao invés de ficar com raiva, retribuí o sorriso, calçando meu salto que Álvaro havia tirado e olhando para Agnes.
— Vou ter muitas oportunidades para isso, querido. — Provoco, vendo Agnes sorri, se aproximando de mim.
— Vamos trabalhar ou você quer continuar jogando na minha cara que está pegando o homem dos meus sonhos? — Agnes debochou, me fazendo sorri e abraçar sua cintura, o trazendo para perto de mim, e notando Álvaro nos olhar totalmente confuso pela nossa interação de paz.
— Eu adoraria fazer isso, mas realmente precisamos trabalhar. Até mais, amor. Pensa no que conversamos, ok? — Falo, depositando um selinhos em seus lábios, vendo ele apenas assentir, ainda espantado comigo e com Agnes.
Saio da sala dele, trocando algumas farpas saudáveis com Agnes e entrando no assunto de trabalho, até vermos o final do corredor aparecem homens completamente armados e que não pareciam querer conversa.
Saco a arma que deixo escondida por dentro do vestido, vendo Agnes fazer rapidamente o mesmo. Nos olhamos, talvez aliviados por cada um ali saber se defender muito bem. E trocando sorrisos maldosos, seguimos cada um para uma direção, pois ambos os lados tinham homens armados e provavelmente da máfia.
Era o que eu precisava... um pouco de ação...
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NA TOCA DO LOBO - Duplamente APAIXONADO - Livro II (ROMANCE GAY)
Romance"Ele era uma farsa, eu sou o verdadeiro eu. Aquele que fará da sua vida uma completa bagunça. E então? Está preparado para essa relação explosiva, amor?" PLÁGIO É CRIME! CRIE, NÃO COPIE :3