Somente pessoal autorizado

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Tudo aconteceu muito rápido

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Tudo aconteceu muito rápido.

Em um instante a arma estava apontada e engatilhada, pronta para o atingir, porque era desdém e maldade o que via nos olhos daquele segundo humano, ódio sem razão. Depois, com um estrondo alto que ecoou por toda floresta, o corpo de Aaron caiu no chão em sua frente em um baque mudo.

Era ele o dono de uma das vozes que o chamou.

O outro era Kismet que, furioso, atacava o homem armado com um rugido rasgando seu peito. O pegara com facilidade, derrubando-o no chão e o socando sem parar com os punhos fechados. Noble olhou dele para Aaron, que segurava a perna direita com força.

Estava ajoelhado e aquele tiro era para ele, por isso atingira a coxa do homem.

Virou-se de volta para o humano caido e fechou os dedos ao redor do cabo da faca, girando-a dentro da pele, dilacerando a carne e sentindo o cheiro metálico se intensificar conforme ele sangrava mais e mais.

— Seu desgraçado — o homem gritou de dor. — Animal!

— Você vem até a minha casa — rosnou, penetrando mais a lâmina no ombro dele.  — Machuca dois dos meus e eu sou o animal, sério? — depois puxou a faca com tudo, posicionando o fio molhado e vermelho na garganta do homem. — Cala a boca.

Olhou de volta para o amigo e gritou:

— Chega, Kismet! — mas ele não parava. — Kismet! Você vai matar o humano e nós precisamos deles para saber onde os outros estão! — se levantou, puxou a corrente da própria mão e a passou ao redor dos pulsos do desconhecido, prendendo-o, então correu até o amigo, segurando o ombro dele. — Kismet!

O rosto de Kismet estava manchado; os lábios cheios de sangue e as presas proeminentes brilhando em cor rubra, as pupilas retraídas e selvagens, até mesmo a voz dele estava mais grossa e rouca quando falou as próximas palavras.

— Eu o matei.

Kismet olhava para o homem como se ele não estivesse realmente em sua frente, as orbes vidradas em todo o sangue que se acumulava em suas mãos.

— Sim, eu posso ver…

E era horrível.

O rosto do macho humano se tornara uma massa vermelha e horrenda, com a cabeça virado para o lado não havia muita coisa que ele pudesse reconhecer além de uma mandíbula retorcida e quebrada, em um ângulo grotesco demais para encarar por muito tempo.

Não lamentava, não quando ele atirara contra a sua cabeça, mas o outro homem não estava satisfeito e começou a gritar.

— Você matou um dos nossos, seu animal, o público saberá disto e todos vão saber que vocês são realmente selvagens e irracionais, monstros que só querem nossas mulheres!

— Legitima defesa é como se chama, seu idiota, mas eu gostaria que ambos estivessem inteiros para o interrogatório — Aaron resmungou, ainda no chão e Noble se moveu para o ajudar a levantar. — Obrigado, rapaz.

Noble - Novas EspéciesOnde histórias criam vida. Descubra agora