Capítulo 3: Álbum de fotos

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"Alguns segredos devem permanecer escondidos." - O Amigo Oculto
...

Natasha se jogou na cama de casal coberta com um caro lençol de seda ao lado de Steve, finalmente terminando de arrumar as roupas que trouxeram no armário. Ela vestia um pijama preto curto de alcinhas, enquanto ele estava sem camisa e usando uma calça de moletom azul escura, com um livro na mão. Ele abaixou os óculos de leitura para olhar para a esposa, olhando para o teto, tensa e preocupada como ficou o dia todo. Ele largou o libro na cabeceira debaixo de um abajur aceso e a puxou para perto a abraçando e apoiou a o queixo em sua cabeça.

- No que está pensando?

- Não sei se tenho coragem de entrar no meu antigo quarto. - Natasha murmurou.

- Você teve coragem de vir até aqui, Nat. - disse, olhando-a.

- Eu costumava a ter paralisia do sono quando adolescente. Eu vi as piores coisas possíveis deitada naquela cama.

Steve suspirou, acariciando o braço de Natasha.

- Hoje em dia você sabe que nada daquilo era real, é o que importa.

Ela assentiu.

- Tudo certo no consultório? - perguntou, mudando de assunto. Não queria pensar mais nisso.

- Sim, eu tinha muitas férias acumuladas. - Steve acariciou seu rosto, fazendo-a sorrir e beijar seu queixo. - E eu sou o melhor ginecologista daquele hospital.

- Isso é verdade. - ela sorriu, se arrastando na cama para ficar na altura dos lábios dele. - Você é o melhor.

- E seu livro? - Steve beijou sua testa, depois a bochecha e os lábios.

- Presa numa parte. Tenho que decidir como quero fazer uma coisa acontecer.

- Me conta. - pediu, sorrindo, e ela ergueu uma sobrancelha.

- Eu não. Você acha que vou te dar spoiler só porque é meu marido?

- Era exatamente o que eu pensei. - ele beijou-a novamente, respirando fundo para sentir seu aroma doce.

- Pode ir sonhando. - ela sorriu, se arrastando para cima dele e colocou cada perna de um lado do seu corpo, e acariciou seu rosto coberto pela barba, descendo a mão lentamente até o pescoço e depois seu peito nu. - Não vou te dar spoiler, você vai ter que ler.

- Okay. Mas acho que ainda posso te convencer. - Steve segurou sua cintura, unindo suas bocas novamente.

- MAMÃEEE ACHEI UM...

Natasha se jogou para o lado, saindo de cima de Steve, que agarrou uma almofada.

- Um... - Sarah murmurou, desconfiada, mas entrou no quarto. - Achei um ursinho de pelúcia.

Natasha se sentou na cama, já sabendo do que Sarah falava. A menininha ruiva segurava um ursinho marrom já bem acabado, com um olho faltando e fiapos de tecido querendo se romper. Natasha arregalou os olhos.

- Ah, meu Deus. - ela murmurou, pegando o ursinho da mão de Sarah. - Eu achei que tinha perdido ele. Onde estava?

- Num baú numa sala dessas.

Steve e Natasha se entre olharam.

- Que baú, Sarah?

(...)

Eles seguiram Sarah pela casa, com seus passos ecoando na madeira rangendo no silêncio da noite até ela parar de frente para uma sala com duas porta.

- O escritório do meu pai. - Natasha disse, abrindo uma delas lentamente.

A sala era bem espaçosa e cheia de livros e pastas com arquivos em prateleiras. A mesa atrás da janela estava limpa, diferente de quando Ivan era vivo, Natasha se lembrava da bagunça que era a mesa do pai. Um baú perto do sofá estava aberto, sinal que Sarah estava remexendo ali.

The Roмaиoff Curse - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora