Capítulo 4: Eu quero nadar

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"Bem vinda ao meu pesadelo." - A Hora do Pesadelo
...

Steve acordou bruscamente com um grito estridente e desesperado ao seu lado, e ele se levantou num pulo e com o coração acelerado possuído pela adrenalina e suas mãos alcançaram o abajur o mais rápido que conseguiram, podendo ver Natasha se debatendo violentamente, em prantos enquanto gritava.

Natasha berrou alto, se debatendo para se livrar do toque de Steve e golpeava com todo desespero do mundo o que quer que estivesse a tocando. Steve segurou a esposa, aterrorizado e a sacudiu com força.

- Natasha! - ele gritou, e ela abriu os olhos finalmente, vendo Steve ali, tentando segura-la e acorda-la do pesadelo.

Natasha parou, imóvel e num silêncio mortal, com a respiração irregular e fitando aqueles olhos azuis que encaravam-na completamente desesperados.

- Nat... Está tudo bem. - ele murmurou, e ela finalmente soltou o ar que segurava e fechou os olhos com força, deixando as lágrimas escorrerem.

Steve a fez sentar, abraçando-a protetoramente enquanto ela chorava, e ele alcançou o copo de água na beirada da cama. Natasha tentava controlar a respiração e as mãos tremendo, e ele colocou o copo em sua mão. O copo tremeu junto, quase derrubando a água e Steve ajudou-a a firma-lo, e Natasha bebeu quase tudo, respirando fundo e abriu os olhos. Steve colocou o copo no lugar e abraçou Natasha.

- Está tudo bem. Você está segura. - ele sussurrou, e ela assentiu de leve. Os pesadelos dela não contumavam ser tão ruins assim. Mas já era de se esperar que voltar aqui poderia desencadear reações ruins. - Nat, você sabe onde está?

- Sei. Não é um surto. - ela murmurou, de olhos fechados.

Ele abraçou-a firmemente e deitaram juntos, ela tremendo contra seu peito. Steve acariciou suas costas, beijando seu rosto até ela se acalmar.

- O que foi, meu amor? - ele perguntou, e Natasha negou com a cabeça, engolindo em seco. - Ei. Qual o nosso trato? Você consegue, okay? Não é real, Nat.

Eles tinham um trato. Quando as coisas estavam ruins, eles contavam o que estava acontecendo um pro outro, não se fechavam.

- Eu vi um rastro de sangue pela casa. Como se alguém estivesse arrastando um corpo. E eu o segui. Estava com tanto medo. - ela suspirou, fechando os olhos.

- Você está indo bem. - Steve sussurrou, encorajando-a.

- E dava no porão. E eu comecei a ouvir... as correntes se arrastando. E lá estava aquela coisa horrível, me tocando. - Natasha o abraçou mais forte, agora com o corpo completamente colado nele.

- Tudo bem... Você conseguiu. - ele murmurou, suspirando e beijou seu rosto demoradamente. - Agora durma. Está muito cedo.

- Canta aquela música? - ela pediu, e ele deu um sorrisinho.

- Não é uma música, é o hino do país, Nat.

- Me acalma. - ela deu um projeto de sorriso, e Steve suspirou.

- Oh, say can you see? By the dawn's morning light... - Steve murmurou contra seu ouvido. - What so proudly we hailed at the twilight's last gleaming? Whose broad stripes and bright stars through the perilous fight...

Logo Natasha dormia suavemente, e ele suspirou. Era tão difícil. Quase todo dia. Mas ele nunca deixaria de fazer isso por ela. Nunca.

(...)

Natasha piscou os olhos, ainda se sentindo cansada, mas a luz já entrava no quarto. Sempre que tinha pesadelos era como se não tivesse dormido, como se tivesse virado a noite acordada.

The Roмaиoff Curse - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora