"Bem vinda ao meu pesadelo." - A Hora do Pesadelo
...Steve acordou bruscamente com um grito estridente e desesperado ao seu lado, e ele se levantou num pulo e com o coração acelerado possuído pela adrenalina e suas mãos alcançaram o abajur o mais rápido que conseguiram, podendo ver Natasha se debatendo violentamente, em prantos enquanto gritava.
Natasha berrou alto, se debatendo para se livrar do toque de Steve e golpeava com todo desespero do mundo o que quer que estivesse a tocando. Steve segurou a esposa, aterrorizado e a sacudiu com força.
- Natasha! - ele gritou, e ela abriu os olhos finalmente, vendo Steve ali, tentando segura-la e acorda-la do pesadelo.
Natasha parou, imóvel e num silêncio mortal, com a respiração irregular e fitando aqueles olhos azuis que encaravam-na completamente desesperados.
- Nat... Está tudo bem. - ele murmurou, e ela finalmente soltou o ar que segurava e fechou os olhos com força, deixando as lágrimas escorrerem.
Steve a fez sentar, abraçando-a protetoramente enquanto ela chorava, e ele alcançou o copo de água na beirada da cama. Natasha tentava controlar a respiração e as mãos tremendo, e ele colocou o copo em sua mão. O copo tremeu junto, quase derrubando a água e Steve ajudou-a a firma-lo, e Natasha bebeu quase tudo, respirando fundo e abriu os olhos. Steve colocou o copo no lugar e abraçou Natasha.
- Está tudo bem. Você está segura. - ele sussurrou, e ela assentiu de leve. Os pesadelos dela não contumavam ser tão ruins assim. Mas já era de se esperar que voltar aqui poderia desencadear reações ruins. - Nat, você sabe onde está?
- Sei. Não é um surto. - ela murmurou, de olhos fechados.
Ele abraçou-a firmemente e deitaram juntos, ela tremendo contra seu peito. Steve acariciou suas costas, beijando seu rosto até ela se acalmar.
- O que foi, meu amor? - ele perguntou, e Natasha negou com a cabeça, engolindo em seco. - Ei. Qual o nosso trato? Você consegue, okay? Não é real, Nat.
Eles tinham um trato. Quando as coisas estavam ruins, eles contavam o que estava acontecendo um pro outro, não se fechavam.
- Eu vi um rastro de sangue pela casa. Como se alguém estivesse arrastando um corpo. E eu o segui. Estava com tanto medo. - ela suspirou, fechando os olhos.
- Você está indo bem. - Steve sussurrou, encorajando-a.
- E dava no porão. E eu comecei a ouvir... as correntes se arrastando. E lá estava aquela coisa horrível, me tocando. - Natasha o abraçou mais forte, agora com o corpo completamente colado nele.
- Tudo bem... Você conseguiu. - ele murmurou, suspirando e beijou seu rosto demoradamente. - Agora durma. Está muito cedo.
- Canta aquela música? - ela pediu, e ele deu um sorrisinho.
- Não é uma música, é o hino do país, Nat.
- Me acalma. - ela deu um projeto de sorriso, e Steve suspirou.
- Oh, say can you see? By the dawn's morning light... - Steve murmurou contra seu ouvido. - What so proudly we hailed at the twilight's last gleaming? Whose broad stripes and bright stars through the perilous fight...
Logo Natasha dormia suavemente, e ele suspirou. Era tão difícil. Quase todo dia. Mas ele nunca deixaria de fazer isso por ela. Nunca.
(...)
Natasha piscou os olhos, ainda se sentindo cansada, mas a luz já entrava no quarto. Sempre que tinha pesadelos era como se não tivesse dormido, como se tivesse virado a noite acordada.
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The Roмaиoff Curse - Romanogers
RomanceUma grande mansão de uma pequena cidade da Georgia, há um século fora refúgio da família Romanoff. Ela foi palco dos piores pesadelos de Natasha, que desde criança foi atormentada por fantasmas. Figuras arrepiantes arrastando correntes, tentando mac...