Capítulo 7: Assustadora como sempre

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Ela não era um monstro. Era só uma garota  - Carrie, a Estranha

...

- O que você quer me mostrar? - Wanda perguntou, acompanhando James na pequena floresta da propriedade. Ele empurrava os galhos para passar e os segurava para ela, que achou uma fofura. Os garotos nunca eram tão educados e fofos assim, mas ele era, graças ao seu pai.

- Uma coisa legal. - ele disse, continuando a andar entre as árvores antigas que cercavam a propriedade. Depois de cerca de um minuto andando, eles avistaram a primeira lápide, o grande anjo apontando para ambos.

- Meu Deus, isso é...? – Wanda parou, arregalando os olhos.

- Um cemitério. – ele materializou seus pensamentos, continuando a andar e sorriu. – Vem!

Wanda pressionou os lábios e continuou andando. Eles passaram pela estátua de anjo com um poema desgastado escrito na base, entrando do grande cemitério Romanoff. Ao todo James contou dezenove túmulos, todos eles de seus parentes.

- Isso é... incrível. – Wanda tocou uma das lápides. – Alexei Romanoff.

- Meu tatara. De acordo com Mikhailov, Dimitri e sua esposa tiveram dois filhos, Alexei e Nicolau.

- São nomes bem russos. – ela comentou, cruzando os braços.

- Pois é. Apenas Nicolau se casou com uma mulher, e também teve dois filhos, Catharina e Dimitri. Catharina se casou com um cara chamado Matthew e tiveram Tthomas e Ivan, meu avô. Ele se casou com minha vó e bem... o resto você sabe. Minha mãe e meu tio Tthomas.

- E os túmulos riscados? – Wanda perguntou, abraçando os braços. Cemitérios eram lugares frios.

- Minha mãe me contou uma história idiota, mas não acredito nela. Acho que eles foram riscados por algum motivo. – James disse. – Há quatro túmulos riscados. Podem ser filhos bastardos, ou casamentos indesejados pelos pais.

- Ou então... riscaram seus nomes em morte para apagarem suas vidas da história. – Wanda sugeriu, olhando para ele. James franziu as sobrancelhas. Fazia sentido. Mas ao mesmo tempo era muito assustador. O que levaria alguém a apagar outra pessoa da existência? Algo muito ruim, provavelmente.

Um barulho de galho ecoou atrás deles, fazendo-os olhar para trás.

- James. Para. – ela pediu, agora olhando para ele.

- Nem me mexi. – ele assegurou, sério.

Ouviram mais um, dessa vez do outro lado. Wanda se aproximou mais dele, nervosa enquanto suas cabeças viraram ao mesmo tempo.

- Fantasmas não quebram galhos. Tem alguém aqui. – ele disse, dando alguns passos.

Eles ficaram lado a lado, olhando entre as árvores. Uma brisa gelada e fantasmagórica os fez arrepiar. Entre os galhos, James viu. Uma mulher. Com suas roupas pretas, véu no rosto e um longo vestido. Correntes estavam presas em seus braços. James perdeu o ar e piscou os olhos. Lentamente, a mulher levou o dedo aos lábios, fazendo sinal de silêncio.

- Wanda... Você está vendo isso? – ele perguntou, engolindo em seco e completamente estático. Como se estivesse em transe.

- Você não vai conseguir me assustar, James. – ela abriu um sorriso descrente, cruzando os braços e James olhou para ela com as sobrancelhas franzidas. Ah, Deus, ela não estava vendo.

Quando olhou para as árvores novamente, a mulher havia sumido. James não disse nada por alguns segundos, tentando entender o que houve.

- Achei vocês! – eles ouviram uma voz aguda e pularam de susto. Lá estava Sarah, com uma bola na mão e os olhinhos azuis neles. – Vocês querem brincar?

The Roмaиoff Curse - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora