Quando alguém morre cheio de ódio, nasce uma maldição.
O Grito
...- O centro é tãooo longe, mama. - Sarah suspirou, esticando as pernas no colo de James.
- Estamos chegando. - Natasha respondeu, andando pelas ruas cercadas de mato.
Do nada a estrada deserta a qual eles atravessavam a alguns minutos no Hyundai Creta cinza escuro de Steve se encontrava com um alto arco de ferro que funcionava como um portão do centro da cidade, onde várias casas antigas começavam a aparecer.
- Russian Lake. Esse é o nome de cidade mais paia que já vi. - James comentou.
- Esse portão tem cem anos de idade. Vários aristocratas e apoiadores da monarquia fugiram para Geórgia na revolução de 1917 e construíram essa cidade como um refúgio secreto, e por causa do lago chamaram de Russian Lake. - Natasha contou, entrando na cidade, mas Sarah não tinha ideia do que era um aristocrata e James não dava a mínima.
Eles observaram como a maioria das construções eram antigas e muitas delas tinham o estilo russo extravagante e colorido.
- Até que a cidade é bonitinha. - Steve disse.
- Espera só até ver as pessoas daqui. - ela murmurou, mordendo os lábios. Novamente as lembranças tomavam conta de sua mente.
Natasha estacionou do lado de fora de um mercado antigo e grande. Aquela rua era uma das mais largas da cidade, com várias construções. Um hotel, farmácia, livraria, uma praça com várias árvores e pessoas andando e sentadas nos bancos.
Eles saíram do carro e literalmente a rua inteira olhou para eles. Steve olhou surpreso para Natasha, que tinha a maior carranca que ele já vira na vida.
- Mamãe, por que estão olhando para nós como se fôssemos monstros? - Sarah perguntou, se remexendo no colo de Steve.
- Porque somos Romanoffs, querida, e pessoas tem medo dos Romanoff. - Natasha explicou.
- Legal. - James murmurou.
- Vem, quero mostrar algo a vocês. - Natasha tocou as costas de James, e eles atravessaram a rua juntos, Steve segurando a mão de Sarah.
Muitas pessoas observavam e algumas cochichavam enquanto eles entraram na praça, andando entre as árvores. James franziu as sobrancelhas ao ver uma senhora fazendo o sinal da cruz com um olhar muito assustado.
Sarah encolheu o rosto, não gostando nada daquilo. Steve cutucou suas costas, fazendo-a olhar para ele.
- Acho que vi um esquilo.
- Sério? - ela sorriu, olhando para cima e se distraiu. Eles pararam de frente para uma estátua de um homem barbudo.
- Esse é Dimitri Romanoff, fundador da cidade.
- Uau! - Sarah comentou.
- O sobrenome de vocês é muito poderoso. - Natasha disse para James e Sarah. - Mesmo antes de eu saber que era descendente de Anastácia, sabia que essa família lutou muito para proteger esse nome, e por isso têm que ter orgulho dele.
- Okay. - James resmungou, olhando ao redor.
- Natasha Romanoff. Eu não ouvia ninguém falar esse nome a muito tempo.
Eles se viraram para trás, vendo um homem com longos cabelos morenos, barba e um sorrisinho de lado.
- É Natasha Rogers, agora, Bucky. - ela sorriu, abraçando o homem brevemente, com um sorriso.
Steve franziu as sobrancelhas.
- Essa é uma linda família. - ele comentou.
- Bucky, esse é Steve, meu marido. - Natasha tocou as costas do loiro carrancudo e ciumento.
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The Roмaиoff Curse - Romanogers
Lãng mạnUma grande mansão de uma pequena cidade da Georgia, há um século fora refúgio da família Romanoff. Ela foi palco dos piores pesadelos de Natasha, que desde criança foi atormentada por fantasmas. Figuras arrepiantes arrastando correntes, tentando mac...