Capítulo 4

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Tiro a máscara preta que cobre todo meu rosto assim que entro no meu quarto pela janela

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Tiro a máscara preta que cobre todo meu rosto assim que entro no meu quarto pela janela. Me livro da camisa de manga longa que cobre minhas tatuagens. Suspiro aliviado, vendo que meu plano de vender as drogas sem ser reconhecido deu certo.

Tive a ideia de usar máscara e roupas que não fizessem ninguém me reconhecer. Tentei mudar a voz, e deu certo. Consegui vender algumas drogas em pequenos pacotes e de todos os tipos, cigarros com cocaína e maconha que o Trevor me entregou só para essa semana. Ele tem um tipo de homem de recados, que avisou aos usuários que teria alguém no colégio para vender drogas aos mesmos.

Já faz três semanas que estou aqui, e é chato pra porra ficar preso nesse colégio fodido. Não posso nem fumar em paz, tenho meu cigarro que sempre trago, não uso nenhuma das drogas que vendo. Apenas fumo cigarro com tabaco, o resto não.

Um traficante que não usa as drogas que vende. Ridículo para um caralho!

Saio do quarto e caminho até a sala de estar, onde os alunos ficam para conversar e se divertir, antes do toque de recolher. Além do colégio ser insuportável, ainda têm várias regras.

Estou meio atordoado, estranho, não sei o que está acontecendo comigo. Esses dias beijei algumas garotas e não consegui tirar a dama da cabeça, a morena não sai dos meus pensamentos. Fecho meus olhos e sempre vem a linda imagem do seu rosto.

Que inferno!

Chego na sala de estar vendo vários colegas morrendo de rir, a tal Samantha, que é a rainha e barbie daqui, está contado algo muito divertido que até os jogadores do time de futebol riem.

— Qual é a piada? Quero rir também — comento, chegando ao lado do Jonny que está falando com o Julius, que é o capitão do time e divide quarto comigo. O Jonny é bacana, mas não fui com a cara do Julius.

— Eles são muito filhos da puta, — fala olhando para os jogadores do time e para as turma da Samantha. Me encosto na parede, observando tudo indiferente. Que eles são filhos da puta eu já sabia —Vai querer saber, não?

— Não, não tenho interesse em nada que eles fazem! — digo dando dando de ombros.

— Vou falar mesmo assim, cara. A gostosa da Samantha me pediu e tive que fazer. Arrumei um monte de sapos nojentos pra ela, que queria dar um susto na gostosa da Cindy! — Julius exclama divertido, me afasto da parede, o encaro com o maxilar enrijecido assim que escuto o nome da Dama — Aí, a Sam trancou ela na sala de música só de toalha, com os sapos ao redor dela. A diaba deve tá morrendo de chorar agora! — exclama gargalhando e vejo tudo vermelho.

— Cadê a porra da chave?! — caminho até a Samantha — Me dá achava daquela maldita sala! — esbravejo furioso.

— Nem vem gatinho, vamos deixar ela lá até amanhã. Ah, podemos nos divertir, eu e você na cama — sussurra maliciosa se levantando e pegando na minha jaqueta. Tiro as mãos dela de mim e a encaro sério, vejo a mesma engolir em seco — A chave está com o Julius, mas ele não vir te entregar! —solta uma risada.

Pecados da Dama e a Redenção do VagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora