Capítulo 18

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Pisco meus olhos lentamente ao sentir algo pulando em cima da cama que estou deitado

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Pisco meus olhos lentamente ao sentir algo pulando em cima da cama que estou deitado. Bocejo, me sentando na cama da Dama e recordando de tudo que aconteceu. Ela cuidou de mim, ninguém nunca havia cuidado de mim. A Cindy me trata com carinho, amor. Eu não mereço ela.

Passo as mãos no meu cabelo o bagunçando, abro um sorriso ao ver a Cindy dormindo lindamente. Sorrio mais ainda vendo a gatinha dela, a Nina, sentada ao lado.

Acaricio o pelo da gata e vejo a mesma esfregar a cabeça na minha mão, enquanto ronrona. Levanto da cama e caminho até a janela, abro um pouco as cortinas para ver o dia ensolarado. Analiso o quarto da Cindy e vejo o quanto ele é delicado. As coisas dela são organizadas e chiques.

Caminho até alguns quadros colocados perto da janela e com um banquinho branco do lado. A minha Dama tem muito talento para desenhos, pinturas. Qualquer coisa que envolva arte.

Saio dos meus devaneios com o barulho do despertador dela, o desligo vendo o horário. Merda! Temos que ir para o colégio, hoje é segunda.

Braços macios rodeiam a minha cintura e sinto um beijo ser depositado nas minhas costas. Coloco minha mão por cima da dela e acaricio.

— Bom dia, Vagabundo — Cindy diz com a voz sonolenta, enquanto caminha parando na minha frente.

— Bom dia, Dama — sussurro, enquanto ela olha minuciosamente para o meu abdômen.

— Os hematomas vão desaparecer aos poucos, agora só precisa tomar um remédio para a dor — fala me olhando preocupada.

— Não está doendo — minto, ainda dói um pouco. Ela abre um sorriso debochado e dá um soco na minha costela — Porra, Cindy! — grunho de dor, ao sentir o soco certeiro que ela me dá.

— E não tá doendo? — ela indaga irônica — Temos que ir para o colégio. Vamos tomar um banho e tomar café — fala, caminhando até o closet.

— Tenho que vazar! Preciso ir pro meu barraco — falo coçando minha nuca — Já é de manhã e ninguém pode me ver sair daqui. Se seus pais me virem, nós estamos fodidos.

— Eles viajaram. Não irão ver nada. Você vai tomar café comigo sim, e irei para o colégio com você! — sorrio com a determinação que ela fala — Os seguranças não irão dizer nada, nem a governanta e muito menos o meu motorista. Eles são legais. Só tem um segurança que é baba ovo dos meus pais. Se ele te ver, eu suborno ele — diz dando de ombros — Aquele cara aceita tudo por dinheiro. Nada que grana não resolva — caminho até ela e dou um beijo no seu pescoço — Pega uma toalha nessa segunda gaveta. Vou te esperar no banheiro — beija a minha bochecha.

Acho que nós iremos tomar banho juntos. Ela manda, e eu obedeço.

Pego a toalha onde ela falou e caminho para o banheiro dela. Só o quarto é do tamanho do meu barraco, imagine o banheiro. Adentro no espaço, e vejo a Cindy sentada em cima da pia, enrolada em uma toalha enquanto escova os dentes.

Pecados da Dama e a Redenção do VagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora