Capítulo 2

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Encaro a bela mulher de cabelos castanhos caminhar até uma mesa do refeitório atordoado

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Encaro a bela mulher de cabelos castanhos caminhar até uma mesa do refeitório atordoado. Garota abusada e nervosinha.

Estava sentado em uma mesa, conversando com alguns moleques que conheci assim que cheguei, quando vi uma briga começar. Não pretendia chamar a atenção e nem encarar os diretores daqui, por isso fui separar a briga das garotas. De certeza os diretores iriam aparecer no refeitório, e não quero isso.

Teria que me apresentar a eles, e nem sei como fazer isso. Não tenho sobrenome porque nunca fui registrado, o homem que me criou nunca ligou para fazer as coisas legalizadas.

Sou o Xavier, órfão desde que me lembro, criado por Trevor Anderson, maior traficante de Chicago. Ele me ensinou a vencer na vida, do melhor jeito possível, traficando drogas.

Sou fodido, vagabundo pra caralho. Estudei o básico do básico, sei ler e escrever, pelo menos isso. Agora preciso me tornar um traficante, preciso ser o melhor.

Para isso acontecer, preciso obedecer as regras do Trevor e fazer tudo que ele mandou. Primeiro tive que entrar nesse colégio interno para vender drogas para os alunos que são um bando de drogados. Como irei fazer isso sem ser descoberto? ainda não sei!

O Trevor ao longo do tempo que irei ficar aqui, irá me dando novas ordens para me tornar um traficante de sucesso.

— Jonny, quem é ela? — pergunto ao primeiro cara que conheci desde que entrei nesse colégio.

— Ela meu caro, é o cão em forma de gente! Uma diaba! — exclama divertido, enquanto se aproxima de mim. Sinto um beijo no meu pescoço então me lembro das garotas que pularam em mim e estão grudadas no meu pescoço.

— Vazem! — exclamo irritado, tirando elas de perto de mim.

— Ela é Cindy Padilla, filha de um empresário ricaço e de uma ex- dançarina e bailarina renomada — me diz e fito a mesa em que a tal Cindy está sentada e sozinha — Arruma confusão até com o vento se deixar, gosta de brigas e chamar atenção! — exclama sorrindo de lado — Uma gatinha muito má. Ficou interessado? — me olha de soslaio.

— Não! Ela é só interessante — digo passando a mão pelos fios de cabelo, enquanto observo a bela dama que está sentada mexendo na comida de forma tediosa. Ela é a garota mais bonita que já vi e age como uma dama, estando sozinha — Então, o que ela fez para ser chamada de "diaba"? — pergunto curioso.

— Além das brigas, confusões e bate bocas, deixa eu ver... — murmura pensativo — Ah, lembrei! Sabe aqueles desenhos feitos na parede do estacionamento, perto do jardim?—pergunta e forço minha mente para lembrar.

— Os grafites? — pergunto sugestivo e ele assente. Quando cheguei, em frente ao estacionamento tinha desenhos maneiros e bem feitos pelas paredes.

— Foi ela que fez! Os diretores descobriram e quase a suspendem, mas os pais dela são poderosos, e aqui tudo funciona na base da grana — explica e apenas ouço tudo calado — Vamos para aula, cara? — pergunta e assinto, coçando minha nuca. O Jonny parece um cara bacana, ele é meu colega de quarto, junto com outro carinha aí que não conheci — Vou te apresentar o Julius, o outro colega de quarto, e depois te mostrarei o colégio, já que você é novato — me viro para seguir até o corredor, mas um força que desconheço me faz olhar de novo para a mesa da dama, e quando vejo, ela já estava me olhando.

Uma dama fodidamente linda, isso que ela é.

•••••

— Classe, temos novos alunos aqui hoje. Um vocês já conhecem, o nosso querido, Mattel Preston! — o professor Bobbie de literatura diz apresentando um mauricinho de cabelo lambido e engomadinho — E nosso outro aluno é esse aqui! — caminha até minha carteira e bate na mesa, logo apontando para mim. Suspiro fechando os olhos, irritado — Seu nome rapaz, nome e sobrenome! — pede.

— Sou o Xavier! — falo, cruzando os braços e o cara ainda continua me olhando — Perdeu alguma coisa ainda aqui? — pergunto impaciente.

— Seu sobrenome, rapaz! O sue sobrenome é o mais importante! De qual família você é? — engulo em seco. Puta merda! Preciso pensar em um sobrenome.

— Sou o Xavier, Xavier Russell! —invento na hora — Não conhecem os meus pais porque eles viajam muito, mas posso deixar claro que são bem importantes e como bastante poder, se é que me entende.... — faço o sinal de grana com os dedos. Mentira da porra! Não sei nem quem são meus pais.

— Claro. Bem vindo, garoto! — sorri simpático — Como você e o Mattel chegaram hoje, irei passar um trabalho que valerá a primeira nota de vocês, será para a turma inteira! — exclama e escuto os burburinhos frustrados dos alunos — O traba.... — é interrompido pela porta sendo aberta abruptamente e a Dama passa por lá, segurando seus livros desajeitada. Já tinha percebido que ela não estava na sala — Isso é hora, Cindy Padilla?! Outra vez chegando atrasada! Já está passando do limite! Inaceitável esses seus atrasos descabidos! — diz alterando o tom de voz com ela e não sei porquê, mas não gosto nada disso.

— "Inaceitável"? — pergunta debochada enquanto cruza os braços, logo após colocar os livros na carteira vazia bem minha frente. Ela me encara rapidamente e quase me perco nos seus olhos castanhos — Inaceitável deveria ser o que eu vi o senhor fazendo na sala de aula semana passada? Quer que eu diga em voz alta para refrescar sua memória?! — o encara friamente.

— Ora, sua insolente! Irá para a diretoria agora por me desrespeitar!! — esbraveja furioso e cerro os punhos automaticamente.

— Quero ver quem vai me tirar daqui! — a Cindy diz e o encara em desafio, o professor segura no seu braço agressivamente. Me levanto abruptamente, seguro o outro braço dela com delicadeza e a puxo para trás, que bate contra meu peito, assim que  empurro o professor com a minha mão livre — O que você tá fazendo...? —sussurra me olhando confusa.

— Acho melhor não falar assim com ela! — exclamo irritado, com meu maxilar enrijecido.

— O que está fazendo, cara? Não se mete nisso! Ela e o professor tem implicações há muito tempo — o Jonny sussurra, me dando um soco fraco nas costas.

— Os dois para diretoria, agora!! — o professor esbraveja caminhando irritado até a porta — Agora!!

— Argh!! — Cindy exclama e começa a caminhar na minha frente, me perco nos movimentos da sua bunda coberta pelo tecido da saia preta que balança a cada movimento que ela faz. Merda!Não podia ir para a diretoria! — Vai se foder! — sussurra assim que passa pelo professor, passo pelo mesmo e o encaro mortalmente. Se ele soubesse para quem trabalho, não teria me mandado para a diretoria — Por que se envolveu? Aquilo ela problema meu, não deveria ter interferido, Vagabundo! — exclama irritada, escorando suas costas em uma parede.

Odeio quando me chamam de vagabundo, mas não fiquei bravo quando ela me chamou. Até gostei.

Estranho!

— Não iria deixar ele gritar com você, Dama — ela arqueia a sobrancelha, me encarando confusa, e só então percebo o que falei — Porra, mas você tem que rebater tudo que falam, não saber ficar calada não? Cacete! — exclamo irritado bagunçando meus cabelos.

— Ah, vai se ferrar! Não pedi que me ajudasse, nem precisava da sua ajuda! — me aproximo dela, coloco uma mão na parede ao lado de sua cabeça, e mordo meus lábios olhando para sua boca carnuda coberta por batom vermelho escuro. Ela me olha parecendo nervosa.

— Nervosa, Dama? — pergunto cinicamente, estou fazendo isso por diversão, acho que ela vai ser a primeira garota que irei beijar daqui.

— Muito nervosa! — exclama aproximando seu rosto do meu, consigo sentir o cheiro do seu perfume doce, suave e forte. Gemo de dor assim que ela dá uma joelhada no meu membro coberto pelo jeans da calça — Tem que ir para a diretoria, Vagabundo. Te esperarei lá! — pisca para mim e me empurra delicadamente.

Diaba dos infernos!

Pecados da Dama e a Redenção do VagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora