Capítulo 22

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Acordo tateando a cama e não sentindo a Cindy deitada comigo

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Acordo tateando a cama e não sentindo a Cindy deitada comigo. Bufo irritado, abrindo meus olhos, minha irritação não dura muito pois a vejo sentada em um banquinho perto da janela. A Dama está enrolada em um lençol fino, enquanto desenha em um caderno.

Essas últimas horas foram as melhores da minha vida. Tê-la para mim e fiz tudo que desejei, a beijei, a toquei e amei cada parte daquele corpo divino. Nós dois parecíamos dois loucos ansiando pelo toque e pela paixão um do outro. Nunca nada foi tão intenso, bom e insano como é com ela.

Eu tenho certeza que cavei a minha própria cova quando me envolvi com Cindy Padilla. Mas mesmo que eu esteja completamente fodido, eu não me arrependo nenhum segundo do que fiz.

E eu posso estar sendo um egoísta e desgraçado mas eu acho que não tenho coragem de deixá-la ir, a não ser que ela queira.

Nesse último mês ela me enfeitiçou, me fez sentir novas sensações. Algo desconhecido consome meu peito cada vez que olho para ela, e acho que eu não sei mais ficar longe da Cindy. Só de pensar em alguém fazer algo contra ela me faz ficar maluco, insano.

Tudo que nos gira, tudo que existe ao redor de nós dois me mostra que não podemos ficar juntos.

Ela é rica, de uma família da alta sociedade. Se descobrem que a Cindy se envolveu com um traficante irão apedreja-la, ainda mais se souberem que ela tem consciência disso.

E eu sou apenas o Xavier, órfão, pobre, que vive no mundo do crime. Vendendo drogas e que está prestes a se tornar um traficante muito perigoso. Sou um cara vagabundo, sem pé e nem cabeça, nada na minha vida faz sentido.

Posso ser preso se descobrirem o que faço e passar o resto da minha vida em uma cadeia. E eu tenho certeza que estando me envolvendo com a Cindy, estou fodendo ainda mais com a minha vida e com a dela.

Tenho consciência que estarmos juntos é errado, é ruim e que não vai acabar nada bem. Mas não quero acabar com o que tenho com a Cindy, sei que ela também não.

Devíamos acabar com tudo e nos afastarmos, mas não irei fazer isso. Seria o melhor, mas não irei fazer. Não irei me afastar dela, e sei que ela não quer se afastar de mim.

Devíamos? Sim! Iremos fazer? Não! O motivo de ainda estarmos juntos? Bom, eu não sei.

Saio dos meu devaneios com a Cindy se deitando ao meu lado e encostando a cabeça no meu peito. Beijo seus cabelos e olho para o teto do quarto.

— Parece muito pensativo. O que foi, Vagabundo? — pergunta encostando o queixo no meu abdômen e me olhando com aqueles olhos castanhos e bonitos.

— Nada — falo suavemente, colocando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha — Está cansada?

— Um pouco — sussurra passando a mão suavemente por toda a extensão do meu peitoral — Estava desenhando você desde que acordei. Irei fazer um quadro seu. Deixa? — reviro meus olhos, mas aceno confirmando — Mais tarde a gente vai buscar a Nina, não é? —lembro da gatinha dela e aceno novamente.

Pecados da Dama e a Redenção do VagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora