Capítulo 21

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Bufo irritada, tirando minha roupa cheia de molho de tomate

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Bufo irritada, tirando minha roupa cheia de molho de tomate. Quando acabei de comer o macarrão com almôndegas delicioso que o Xavier preparou, fui me agarrar com ele. Me sentei no colo dele e começamos a nos beijar loucamente, sem querer acabei derramando o molho da panela na minha roupa.

Agora estou aqui no banheiro, irei tomar um banho rápido, enquanto o Xavier está terminando de preparar a surpresa que ele preparou para mim. Não sei o que é e estou morrendo de curiosidade.

Ligo o chuveiro, coloco um pé primeiro para ver se a água está fria, quando percebo que ela está num ponto bom, adentro. Deixo a água cair pelo meu corpo, evitando ao máximo que o meu cabelo molhe. Passo alguns minutos me banhando, pulo de susto assim que um clarão de um raio ilumina todo o banheiro.

Só o que me faltava!

Saio do box e me enrolo em uma toalha, calço o chinelo do Xavier e coloco a mão na porta para sair. No mesmo instante, um trovão barulhento ecoa e as luzes se apagam.

— Faltou energia. Que ótimo! — sussurro irônica. Saio do banheiro com cuidado e sem enxergar nada. Coloco a mão na parede e vou caminhando devagarinho. Esbarro em um peitoral forte e mordo meus lábios, passando a mão pelo abdômen definido do Xavier — Acho que precisamos de velas, a luz não vai voltar tão cedo. Parece que o mundo está caindo lá fora — digo escutando o barulho da chuva forte.

— Já espalhei algumas velas pela casa, sabia que ia chover. O tempo hoje não estava muito bom — ele diz dando de ombros — Quer ver a sua surpresa? —aceno positivamente, segurando a mão dele — Vai ficar só de toalha?

— Vou. Algum problema? — sussurro no ouvido dele e mordo o lóbulo da sua orelha.

— Nenhum — Xavier sussurra com a voz rouca e apertando minha cintura. Ele começa a caminhar até o quarto dele, mas não entra — É bem ali — aponta para a porta a frente do seu quarto. Coloco a mão na maçaneta e abro a porta. Tapo minha boca com as mãos e meus olhos lacrimejam — Você disse que seus pais não te deixavam ter um lugar para pintar, e nem gostavam que você pintasse. Então, eu fiz um ateliê pra você! — olho estática para aquele cômodo.

Há várias pétalas de rosas pelo chão, velas acesas para iluminar. Diversas telas e tintas organizadas sobre uma mesa. Perto de uma janela, que quando é aberta temos a visão do pequeno muro da casa do Xavier, há alguns cavaletes de pinturas com quadros e um banquinho de veludo para que eu sente e pinte.

Desvio meu olhar para o canto do cômodo que possui um colchão no chão, algumas almofadas vermelhas e também pétalas de rosas. Sem falar do cheiro do quarto que é muito bom.

— E o colchão? É para quê? — pergunto com a voz embargada. É a coisa mais linda que alguém já fez por mim.

— Bom, enquanto você estiver pintando, eu ficarei olhando. Admirando você... —ele sussurra, coçando a nuca com as bochecha vermelhas. Ele está com vergonha? — Dama, eu sei que não é grande coisa... — o interrompi, me jogando em cima dele.

Pecados da Dama e a Redenção do VagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora