Durante séculos a humanidade tem sido a espécie dominante.
Domesticamos os animais, os trancamos e matamos por esporte, mas esse em todo o mundo os animais decidirem que basta.
E se eles decidirem revidar, e se foi por isso que fomos contratados, e...
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Tokyo
_Eu não acredito que estamos no Japão e você vai me deixar presa em quarto de hotel!– reclamei.– foram 17 horas sentada em um avião na classe econômica e mais duas horas em um táxi até chegarmos aqui.
_Sim, acredite, e é por isso que você deve descansar.– ele disse pegando a mochila dele.– então eu quero voltar e ver que você não saiu.
_Ta!– falei me sentando na cama.
Eles saíram e eu peguei meu notebook e fui mexer no meu blog.
“A caça ilegal tem mexido na vida selvagem de forma drástica. Dos mil leões que existiam na área de preservação a doze anos atrás, se transformou em 10 a 30 leões na área.”
Escrevi em um post.
“Agora, além de aturar os caçadores ilegais, temos que aturar os caçadores que pagam pra caçar, me pergunto até quando vamos decidir se a vida de um animal é relevante ou não.”
É, já deu por hoje.
Me ajeitei e comecei a ler "O triste fim de Policarpo Quaresma" de Lima Barreto, um autor brasileiro, português é realmente complicado, mas eu aprendi por causa do meu avô Charles, ele mora lá no Brasil, acho que foi de lá que eu peguei algumas gírias.
[...]
Umas duas horas se passaram..
_Ei Daka, pega suas coisas, estamos saindo.– meu pai falou entrando.
_Saindo?– levantei pegando minhas coisas e seguindo ele.– eba.
[....]
No momento, estamos em um pequeno avião, (juro, é pequeno mesmo) seguindo para uma ilha onde meu avô esteve, com Minako, a esposa de meu avô, pelo menos era, antes dele morrer.
_Aqui, cada um fica com um desse.– Minako disse nos dando um aparelho amarelo.
_O que é isso?– Abe perguntou e eu peguei um.
_É um medidor de radiação.– falei.
_Como sabe?– meu pai perguntou.
_Eu estava acompanhando nossa trajetória pelo GPS, mas o sinal caiu, a última ilha que apareceu foi Fukushima.– falei colocando minha mochila em um grande saco plástico.
_Fukushima?– meu pai olhou pra Minako.– quer dizer, radiação, reatores nucleares..e morte?
_A ilha de Robert é a 30km de lá.– ela disse.
_Que maravilha...– falei e prendi o saco.
_O que tá fazendo? – Abe me perguntou.
_Estamos a cima do oceano, meu notebook e coisas importantes estão aqui.– eu falei e algo bateu na janela do avião.
