If I Could Fly

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— Me chame de Harry, por favor.

— Styles é um sobrenome bonito. Diferente, mas bonito.

— Harry, apenas Harry. — Tentou não ser rude, e não pareceu ter dado muito certo. — Me desculpe, Mandy. Não queria soar grosseiro.

— Está tudo bem, não gosto que me chamem de Huber também. — Riu sem humor, dando mais uma mordida em seu lanche.

Harry estava ocupado, e seu único horário disponível era de madrugada, Amanda sabia que ele estava estressado e cansado e decidiu lhe levar algo para comer. Por mais que ele tivesse insistido para a garota subir e conhecer seus amigos, negou tantas vezes que nem ele aguentou, entendendo seu lado e deixando para outra oportunidade.

E lá estavam eles, no carro de Amanda estacionado na rua de trás do estúdio, comendo fast food as três da manhã.

Seus dedos calejados corriam pelo copo e ele ingeriu um pouco do suco sem gelo, se perguntava se Amanda havia pesquisado algo assim, mas sabia que ela negaria.

Ele havia contado para seus colegas de banda e todos ficaram felizes, e Harry parecia estar feliz. Se perguntava como seria se de fato assumissem um namoro e tudo estivesse mais complicado, sua vida era conturbada demais, corrida demais...

E nem sempre ele gostava disso.

Mas gostava de dormir até tarde, gostava de cantar, gostava de assistir Amanda descansando, apreciava passar tempo com sua família e sair com seus amigos sem ser perseguido. Ele gostava de ser respeitado, de ter seu espaço e poder ser ele mesmo.

E às vezes seu sobrenome não permitia isso.

— Você não vai trabalhar amanhã? — Perguntou Harry — Oh, hoje no caso.

— Bom, de casa. Precisamos nos antecipar por conta do feriado.

— Mas você não tem feriado.

— Você também não. — Deu ombros antes de enfiar algumas batatas na boca.

— Você não quer ir ao show, Mandy? — Perguntou esperançoso, ansioso por sua resposta.

— Eu não sei, Harry. Preciso pensar.

— Adoraria que você fosse, me avise com antecedência para que eu lhe entregue o ingresso.

— Oh, eu compro, não tem problema.

— É um ingresso... diferente. — Piscou, rindo logo em seguida.

— Não consigo acreditar que você é famoso.

E era um fato: ele não parecia nada com alguém famoso, Harry era tão acessível e amigável que chegava ser cruel a forma que a mídia lhe tratava, que abordava sobre ele. E Amanda não gostava nada disso, mas o que poderia fazer?

E com certeza eles não conheciam o homem que estava em seu carro, com o rosto sujo de molho enquanto comia, o homem que comprou feno para seu rato mimado e até mesmo atravessou a cidade para lhe encontrar.

E Amanda conhecia Harry de verdade, e só isso importava.

— Não é tão legal assim, Mandy. — Concluiu, enfiando a mão no saco em seu colo e pegando a torta de maçã. — Oh, eu realmente precisava disso.

— Eu vou ao show, Harry. — Sua voz não soava receosa.

— Mesmo?

— Claro, costumo cumprir com minha palavra.

— E se você não for? — Brincou, dando uma grande mordida na torta.

— Não tenho motivos para não ir.

On Rainy Days [H.S] [PT/BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora