18 - Upgrade

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   Adrien já estava no aeroporto com Chloe. Tinha apenas uma mala, enquanto ela tinha várias. Sabrina estava junto, calada como sempre. Fizeram o check in e embarcaram para a  Alemanha. O lugar de Adrien era ao lado de Chloe, mas ele pediu que Sabrina trocasse de lugar com ele e foi sozinho em outro assento. Chloe não gostou, mas não podia fazer nada. Estavam juntos, mas Adrien nunca esteve tão distante.

   Chegaram em Berlim cinco horas depois de decolarem. Uma limousine os aguardava na saída do aeroporto. Seguiram para a mansão de André Bourgeois, pai de Chloe. Era uma casa imensa, com muitos empregados e uma governanta que trabalhava lá há mais de 20 anos.

 Era uma casa imensa, com muitos empregados e uma governanta que trabalhava lá há mais de 20 anos

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Chloe:—Bem vindo ao seu novo lar, amorzinho - disse animada a Adrien

Adrien:—Não me chame de amorzinho - respondeu seco.

Chloe:—E como quer que eu o chame?

Adrien:—Não me chame.

Governanta:—Seja bem vinda senhorita Bourgeois!

Chloe:—Boa tarde Helga. Agora é senhora Agreste. Esse é meu marido, Adrien Agreste. Adrien, essa é Helga, ela está conosco desde que eu era pequena. Pode pedir o que quiser a ela. Helga, mande um empregado colocar a mala do Adrien lá no meu quarto.

Adrien:—Muito prazer senhora Helga. Peça a um empregado por favor que coloque minha mala em um quarto de hóspedes. Vou dar uma volta.

Chloe:—Mas querido, você não está cansado? Não quer tomar um banho para relaxar?

Adrien:—Vou dar uma volta justamente para relaxar. Com licença.( Adrien sai )

Chloe:—É, Sabrina...vai ser mais difícil do que eu pensei...mas vamos ver por quanto tempo ele resiste...

   Sabrina só escutava quieta. Não se atreveria a contrariar Chloe, era dependente demais dela para isso. Não concordava com o que ela estava fazendo, mas também não interferia. Sentia pena do Adrien, mas enfrentar Chloe estava fora de questão. Chloe foi para seu quarto e Sabrina ficava no quarto ao lado: a loira tinha uma campainha que tocava no quarto de Sabrina toda vez que queria chamá-la.

   Adrien foi para o jardim. Estava frio e ele estava com um casaco leve. Andou um pouco, sempre pensando em Marinette. A essa altura ela já devia saber das fotos, do casamento. Ele ficava imaginando o quanto ela estaria sofrendo e aquilo acabava com ele. Chorava em silêncio e olhava para o relógio, que era uma lembrança de sua amada. Então Helga apareceu e lhe trouxe uma manta e um chocolate quente. Helga percebeu as lágrimas do rapaz, mas nada falou. Ele agradeceu e ela simplesmente saiu. Adrien ficou sentado em um banco perto da piscina, ouvindo o som do vento nas árvores. Estava em outro país, com uma mulher que não suportava, sem dinheiro e dependendo totalmente dela. E ainda por cima tinha a dor da saudade de Mari e o ódio que tinha de si mesmo pelo que fez. Sua vida não poderia estar pior.

   Terminou seu chocolate e entrou. Pediu a Helga que lhe mostrasse o seu quarto. Subiu as escadas em silêncio e chegou ao seu cômodo. Era um quarto confortável. Mais que um quarto, aquele espaço reduzido seria seu novo lar. Abriu sua mala, pegou uma roupa e foi tomar um banho.

 Abriu sua mala, pegou uma roupa e foi tomar um banho

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   Adrien saiu do chuveiro e deitou-se na cama. Olhava fixamente para o teto quando bateram à sua porta. Ele levantou e foi abrir. Era Helga, informando que o jantar seria servido em 10 minutos. Ele agradeceu e ela se retirou. Passados os 10 minutos ele desceu e foi até a sala de jantar. Chloe e Sabrina chegaram em seguida. O jantar foi servido e eles comeram em silêncio. Ao final da refeição, Adrien agradeceu e voltou para o seu quarto. Minutos depois Chloe estava batendo à sua porta.

Adrien:—O que você quer?

Chloe:—Você não pode me ignorar para sempre.

Adrien:—Não estou com humor para conversas, Chloe. Diga o que você quer.

Chloe:—Quero você no meu quarto.

Adrien:—Esquece.

Chloe:—Mas nós somos casados!

Adrien:—Sim, e infelizmente não há nada que eu possa fazer para mudar isso.

Chloe:—Então aceite a realidade, gatinho. Vem ficar comigo no meu quarto...

Adrien:—Eu não sei se você se lembra do que combinamos. Eu disse que me casaria com você, mas jamais serei seu marido. Agora, se me der licença, vou dormir.

   Adrien fechou a porta e deixou Chloe plantada no corredor furiosa! Mas ela tinha outros planos em mente...Aquele Agreste seria dela, por bem ou por mal.

   De volta a Paris, Marinette se preparava para dormir. Tomou mais um calmante dos que Alya deixara para ela e foi pro quarto. Não conseguia deixar de pensar em Adrien. Sentia falta dele na cama, de dormir abraçada, do cheiro dos cabelos dele no travesseiro, do seu beijo de boa noite...tudo aquilo doía demais nela. Chorou até que o sono a dominasse. Acordou na manhã seguinte com o cheiro de café que Alya fazia em sua cozinha. 

Mari:—Bom dia amiga, o que faz aqui tão cedo?

Alya:—Mari, senta. Preciso te mostrar uma coisa.

Mari:—O que foi? Você está me assustando...

Alya:—Olha, não tem maneira suave de te dizer isso...mas eu preferi estar com você quando você descobrisse...sinto muito amiga...

  Alya tira da bolsa uma revista de fofocas. Na capa, em letras gigantes, a seguinte matéria:

"TOP  MODEL  CHLOE BOURGEOIS  SE  CASA  EM  SEGREDO  COM  MODELO  ADRIEN AGRESTE"

   Estampando a capa da revista uma foto de Adrien e Chloe dando um selinho.

Mari:—FILHO DA PUTA!!!! Ele me trocou por aquela galinha loira! Eu imaginei que ele tivesse me trocado por outra, mas logo por ela! Que ÓDIO!!!!!!

Alya:—Faz diferença, amiga? Ser ela ou qualquer outra?

Mari:—Eles trabalhavam juntos, Alya...isso já podia estar acontecendo há um tempão...e eu aqui, de corna mansa nessa história! Ai que raiva!!!

Alya:—Calma amiga, pensa na vingança! A hora que você estiver plena e empoderada, ele vai se arrepender.

Mari:—Isso é pouco, Alya. Eu queria sim esfregar na cara dele o meu sucesso, mas isso agora é pouco. Eu quero que ele sofra!

Alya:—Do que você está falando, amiga? Como assim?

Mari:—Meu plano acabou de sofrer um upgrade! Vou me arrumar para ir ao banco e depois trabalhar. Vou conversar com Ella, à noite eu te atualizo das mudanças.

   Mari já não chorava. Aquela revista tinha sido como uma flecha em seu peito. Ela só conseguia ter raiva de Adrien. A dor da saudade foi substituída por uma vontade imensa de revidar, de fazer ele pagar por aquilo que fez a ela. Despediu-se de Alya e foi para o banho. Antes de sair, Alya abraçou a amiga.

Alya:—Mari, você está bem mesmo?

Mari:—Amiga, eu estou ótima! -respondeu com um olhar tão frio que até Alya se arrepiou.

Qual o preço do seu amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora