Estou na sala de casa a assistir master chef com a minha família. Não somos uma família perfeita, mas eu agradeço profundamente pela família que tenho. Pois, apesar de haver atritos entre nós, somos uma família feliz e unida. A minha mãe levanta para ir buscar mais alguns aperitivos na cozinha, enquanto que o meu pai está com os olhos vidrados na televisão a tentar tirar ideias para novos pratos e a Jenny está entretida a devorar as pipocas.O som da companhia se propaga pela casa. E eu não sei porquê, mas ela tem o mesmo efeito que tem nos cães, em mim. É como se ativasse uma enorme curiosidade e animação, o que me faz até levantar.
- Eu atendo. - avisa a minha mãe da cozinha, o que me faz sentar. - Henry, que bela surpresa. - se eu já estava empolgada pelo som da campainha, agora eu estava ainda mais.
- Senhora Rose, faz um tempo né? - ouço a voz aveludada e alegre que me faz sorrir, que nem uma parva, e olhar para a entrada da sala quase a abanar a cauda como um cão, a espera que ele passe por ela. - A mãe pediu para trazer. - ele diz.
- Obrigada. Agradeça por nós. - minha mãe diz, mas antes de ele poder responder completa. - Melhor, eu vou agora mesmo ligar para ela. Nunca mais nos vimos, temos de combinar um almoço de família. - até parece que já casamos.
Quando a minha mãe e o meu namorado entram na sala, tenho de me concentrar para não sair a correr do sofá e pular no colo dele. É foda estar apaixonada. Ele olha logo para mim com um sorriso enorme e eu retribuo.
- Boa tarde senhor Moore, boa tarde Jenny. - cumprimenta a minha irmã com um leve abraço e o meu pai com um aperto de mão. Eles o cumprimentam de volta.
- A Giulia é que fez? - pergunta o meu pai para a tigela de lasanha que a minha mãe traz.
- Sim senhor, a receita de família. Caprichada como ela sabe que gosta. - ele responde e faz menção de sentar colado à mim, mas se afasta pelo olhar de reprovação do meu pai.
- E ela já decidiu quando vai me ensinar a receita? - meu pai pergunta e a minha mãe volta para a cozinha para levar a lasanha.
- Sabendo que o senhor iria perguntar isso, ela pediu para dizer que apenas quando as nossas famílias se tornarem uma. Pois é uma receita de família. - todos olham para mim como se eu fosse a solução, que indiretamente, sou.
- Diz a ela que eu vou descobrir sozinho. - emburra e nós rimos. Pai ciumento é assim. - Já sabes qual o curso que vais seguir? - ele pergunta a mudar de assunto.
- Sim senhor. - ele responde educadamente.
- Medicina como sempre? - ele pergunta ao lembrar que essa é a paixão dele.
- Sim, mais especificamente neurologia. - ele responde decido.
- Devias ajudar a Jade a se decidir. Já que desde pequeno queres fazer isso e ela no último ano do ensino médio nem sabe o que fazer. Na idade dela eu já tinha a certeza do que queria ser. - minha mãe diz ao entrar na sala e eu refiro os olhos, ela ama me alfinetar.
Ela volta da cozinha com alguns aperitivos e se senta do lado do meu pai, fazendo o cadeirão ficar muito cheio e nos indica para ficarmos juntos no outro. Só falta ela própria fazer o meu vestido de noiva.
- O que acham de irem sair um pouco meninos? - minha mãe sugere depois de um tempo, a olhar para nós.
- Bora. - Jenny diz empolgada.
- Não tu Jenny, eles. - minha mãe diz a indicar para nós.
- Grossa. - ela reclama emburrada e a cruzar os braços.
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Efeito borboleta 🦋 [Concluído]
Ficção AdolescentePLÁGIO É CRIME! NÃO COPIE, CRIE! Tal como na teoria do efeito borboleta, pequenas situações trarão enormes e irreparáveis mudanças na vida de uma adolescente de 17 anos chamada, Jade Moore. Jade terá de aprender a lidar com cada uma dessas situaçõ...