Sweet Red Life 🍒[sope/yoonseok]

46. TaeYoon [YOONJI P.O.V.]

Nas minhas fics sempre tem um casal hétero kkkk

Outro casal se formando...
Na mídia tem um vídeo da música Inner Child tocada no piano. 

Anteriormente no capítulo 37...

V: -- Eu sonhava muito com uma pianista quando estava preso. Por causa desse sonho, eu nunca me senti completamente sozinho.

JH: -- E como ela era?

V: -- Eu nunca vi o seu rosto porque ela sempre está sentada de costas tocando o piano usando um vestido decotado atrás e cabelo preso num coque.
🐅🐈

[YOONJI P.O.V.]

Meio-dia e quinze.

Passaram-se apenas cinco minutos desde a última olhada no pequeno relógio de ouro em meu pulso. Fechei os olhos e me recostei na cadeira de couro, levando as mãos atrás da cabeça. Também estiquei um pouco as pernas após terminar a  leitura do processo condenatório de Kim Taehyung.

Um absurdo jurídico!  - pensei, irritada.

Quando soube que um dos policiais diligentes foi acusado de associação criminosa, examinei o processo e achei várias inconsistências na investigação. A placa da moto usada no dia do crime e a dele são totalmente diferentes. Como se não bastasse terem ignorado esse detalhe tosco, a moto foi utilizada em outros delitos poucos dias após sua prisão.

Outro detalhe que passou em branco pela justiça foi a própria vítima admitir que o reconhecimento foi feito sem certeza, sob forte emoção. Ela tentou mudar o depoimento e apontar o verdadeiro criminoso, mas não foi ouvida. 

-- Sonhando comigo? - O atraente Lee Joo-Heon entrou pela porta entreaberta e parou diante da minha mesa. O timbre zombeteiro e inconfundível do melhor advogado imobiliário do país fez com que eu apertasse as pálpebras fechadas,  lamentando tê-lo beijado há alguns dias no elevador. Por que os homens de Daegu eram tão irresistíveis? Abri os olhos, endireitei a postura e levantei a palma para um cumprimento discreto.

-- Quer ir almoçar?

-- Obrigada, mas estou esperando alguém - respondi vagamente enquanto abria a agenda, fingindo anotar algo importante. O som da caneta rabiscando o papel me acalmava.

-- Cliente importante? - perguntou ele, entre curioso e desapontado.

-- Todo cliente é importante - rebati com audácia, subindo o queixo rapidamente.

-- Não foi isso que eu quis dizer - ele respondeu preguiçosamente, se aproximando de onde eu estava sentada. Minhas maçãs esquentaram quando seus olhos demoraram mais do que o necessário sobre os meus lábios.

-- Yoon... não paro de pensar em você - murmurou ele com a voz rouca. 

Engoli através da garganta apertada quando ele inclinou o corpo em câmera lenta e cheirou os meus cabelos. Sua boca veio em direção a minha, mas o rejeitei. Ao virar o rosto, me deparei com Taehyung parado à porta, com expressão assombrada, como a de uma criança quando flagra os pais num momento íntimo. Como se ele fosse um farol, eu me senti aliviada e feliz ao vê-lo.