CAPÍTULO TRÊS

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Já deitado em minha cama, mesmo sem querer, imaginei Melinda em meus braços de todas as maneiras possíveis, em todos os lugares da casa. Os lábios em volta do meu pau, quentes e macios... Imaginando como deve ser estar entre suas pernas...
Deus!!
Estou parecendo um adolescente com os hormônios a flor da pele. 

Levantei indo direto para o banheiro, molhei o rosto na água da pia na tentativa de me acalmar, relaxar um pouco. Não adiantou, Melinda ainda me assombrava. Era agonizante, tão agonizante que eu estava ereto. Preciso me aliviar.

Saí do banheiro já tomado banho, me joguei na cama pegando no sono rapidamente, mas meus pensamentos ainda não abandonaram os belos olhos cor de Marte.

- O lugar esta em seu nome, porém, só poderá pegar daqui um mês. - Raphael dizia. - Não sei como conseguiram isso, mas a menina tem permissão de ficar lá por um mês. Será que ela está ciente disso?

- Esta querendo dizer que eles me fizeram assinar algo que...

- Você não leu as letras miúdas Hector? - ele ergueu as sombras celhas em confusão. - Puta merda irmão, eles te fizeram assinar uma coisa sem ler? Que sacanagem em!

- Eles pareciam com muita presa, e também não me disseram nada sobre essa sobrinha! - esse assunto está acabando com a minha paciência. Fui passado à perna sem ao menos perceber. - Você estava lá no dia, porque não me avisou?

- Porque todos estavam com pressa, principalmente você que tinha algo muito importante pare resolver. - resmungou. - Não jogue a porra da culpa em mim. Mas enfim, o mundo não acabou ela só vai ficar lá por um mês. Depois disso é só pegar o que é seu!

- Eu precisava dessa loja pra hoje! - pus um pouco de Martine para mim. - Preciso de mais lucros, a venda das drogas estão muito baixas.

- Meu amigo, você é um merda de um bilionário! - ele disse. - Neto da máfia, cheio de poder e está estressado por causa de uma loja?

Realmente, é algo a se pensar. Mas não abro mão das coisas assim, afinal, tenho que me preparar para qualquer coisa que possa me derrubar. Não posso baixar a guarda nem com minha vida financeira.

- Acalma-se Raphael, eu tenho tudo sobre controle! - avisei.

)(

- Então encerramos aqui essa reunião! - Augusto levantou-se. - Tenham uma boa tarde senhores.

Minha sala foi esvaziando pouco a pouco. Até sobrar só eu e Dexter Muller. Ele sabe que eu o odeio, porque diabos têm que ficar para falar comigo?

- O que você quer Dexter? - perguntei, rudemente.

- Quero saber quando vai dar um herdeiro a nossa querida Máfia. - revirei os olhos com o sarcasmo dele. - Pelo amor de Deus Gollene, porque demora tanto para realizar os desejos da Máfia? Sabe, nunca terá 30 anos para sempre, e também... Nunca será o Capo para sempre.

- O que é isso? Algum tipo de ameaça? - o quão atrevido essa cara pode ser? - Vou te falar só uma vez Muller!

Ele sorria de braços cruzados.

- Minha vida pessoal não te diz respeito, agora vaza daqui! - me sentei novamente. - Não sei nem porque paro para te ouvir.

Ele já estava na porta, quando se virou novamente para mim:

- Porque nunca vai aceitar as perdas que teve meu caro. - ele disse. - Até mais Gollene.

As lembranças vieram novamente, como um gatilho. Matava-me por dentro todos os dias. Todos os dias sabendo que não pude fazer nada.

O dia foi monótono como sempre, estresse para resolver as papeladas da Empresa, cobranças, mortes e muitas outras coisas. Meu pai sempre dizia, - você precisa ser dedicado, nada de relaxar, tem que está sempre disposto a resolver qualquer situação no seu local de trabalho, mesmo que isso envolva sangue. Naquela época eu não fazia ideia de que tudo isso realmente envolvia muito sangue. Rogério Gollene morreu depois que me tornei o capo, ele insistia para eu tomar alguma filha da máfia como esposa, mas eu sempre conseguia o queria então, como estava na flor da idade naquela época, não queria saber de compromisso serio com ninguém. Ele dizia; - mas você precisa expandir nosso negocio com outras Máfias. Não era necessário, eu mesmo consegui expandir tudo, e mesmo contra, meu pai se viu orgulhoso de todo o dinheiro que fiz. Dinheiro, fama, temor. Tudo adquirido em quatro anos. Eu era tudo que ele um dia já foi. A única diferença é que eu não tinha desenvolvido nada por ninguém, nem mesmo por interesse.

Passando pela rua da cigana, sua loja estava aberta, e lá estava ela, regando as flores que enfeitavam a calçada. Estranhei que ainda estivesse aberta, já eram sete horas da noite.

- Fernando, pare aqui. - pedi. Ele rapidamente parou um pouco a frente da loja da moça.

Sai desabotoando o blazer, o calor era demais em Duque de Almeida.

Ao me aproximar de Melinda, fiquei um pouco distante a ouvindo cantarolar uma musica numa bela melodia que saia de seus lábios. Estava tão distraída que quando se virou acabou se assustando, a água que estava no pote foi parar em seu rosto e blusa. Que desajeitada! Não pude conter o riso, acabei deixando escapar.

- Oh, santo Deus, não faça isso! - seus cabelos da frente estavam caídos sobre seus olhos, colados na testa e pescoço. Ela os tirava de seu rosto, enquanto eu a observava sem me dar conta de que passara quase uma eternidade encarando cada gesto seu. - O que você quer?

- Ahm... - perdi as palavras no momento, precisava de um motivo para está ali. Então falei o primeiro que me veio à mente. - Você tem um mês para ficar aqui!

Seus olhos reviraram, deixando-me eufórico. Que demônio essa mulher! Porque qualquer coisa que ela faz me deixar desconcertado?














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DA COR DE MARTEOnde histórias criam vida. Descubra agora