CAPÍTULO VINTE.

751 120 10
                                    

A claridade cobria meu rosto, e novamente como um sonho, o perfume de rosas invadia o ar. Abri meus olhos rapidamente à procura de Melinda, mas o seu lado estava vazio.

Por Deus, eu estou louco. Até ontem ela estava aqui, ao meu lado, será que sonhei novamente?

Não é possível!

Ainda posso sentir os lábios dela nos meus, está tão recente que fiquei arrepiado.

Sentado na cama, com um súbito mau humor por ter sonhado demais, observei o quarto. Eu jurava que ela estava aqui ontem.

Porra porque me sinto vazio?

Pus-me de pé e fui para o banheiro, tomei banho e fiz tudo que tinha que fazer. Ao abrir a porta, a imagem na minha frente era surreal. Tão surreal, que esfreguei os olhos para provar que eu não estava vendo coisa. Melinda vestia um biquíni preto que cabia perfeitamente nela. Pisquei varias vezes para a imagem.

Cacete, o que o universo quer comigo? 

Ela estava de costa com toda sua bunda aparecendo. Caralho!

– Olha só quem acordou! – ela se aproximou com aquele sorriso maravilhoso de me deixar tonto. – O café está pronto, fiz para você.

Deixou um beijo casto em meu rosto, e desde ontem tem sido assim, ela não me deixou toca-la como de costume, nem nada do tipo, apenas beijos nos rostos e olhares quentes.

Se ela esta querendo me castigar, ta conseguindo.  

Eu não conseguia formular palavras. Melinda estava aqui, comigo, me beijando e depositando todo o seu amor em mim.

– Ei, Hector! – ela chamava, estalando os dedos a frente do meu rosto. – Ainda ta dormindo?

– Graças a Deus estou muito, mais muito acordado Cigana. – rodeei seu corpo com os braços. – Está linda nesse biquíni, se soubesse a vontade que eu tô...

– Tudo bem amor! – ela me beijou novamente e se afastou. – Vá comer algo e vamos aproveitar sua grande piscina.

– Ah, você nunca me deixa terminar as frases. – reclamei enquanto ela ria. – Por que ta rindo?

– Por que eu sei o que vai dizer. – piscou e saiu do quarto.

Virando-me para o espelho, pude perceber minha ereção. Antes de ir preciso me acalmar. 

                                  
                            )(

O brilho que emanava do ser da pele mais quente que já vi na vida ofuscava-me de um jeito hipnótico, macia, quente, doce, o sabor e a textura, quais eu raramente tive tão pouco contato intimamente. Não do jeito que eu queria, da forma depravada e devassa que eu queria ter. Parecia ser o meu maior desejo dês do dia em que pus meus olhos nela.

Com um champanhe em mãos e só de cueca, eu me aproximava da mulher que ocupava uma das cadeiras a borda da piscina.

Deixei a garrafa no balde de gelo e sentei ao seu lado, gravando cada parte do seu corpo. Não me contentando só em admirar, comecei a alisar sua coxa, firme e lento. Melinda não se mexia e nem gritava, apenas sorria, o que foi incentivo para eu continuar.

Meus dedos desciam e subiam sobre sua coxa, então decidir explorar mais, avancei vagarosamente para sua barriga, ela arfou e logo outro sorriso surgiu, um sorriso forçado.

– Me desculpe. – eu disse, já com as mãos longe do seu contato. A lembrança sobre seu passado me atingiu em cheio. Eu não podia fazer isso. – Eu...

DA COR DE MARTEOnde histórias criam vida. Descubra agora