CAPÍTULO VINTE DOIS

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– Espero que fique de boca fechada. – estávamos fora do hotel, deixamos Melinda e Jenny no quarto com seguranças na porta, as duas dormiam profundamente o que me deu a oportunidade de ter uma conversa tranquila com Raphael.

– O que uma boceta não faz hein? Nunca te vi tão apreensivo, na verdade nunca soube que você tinha emoções. Tão fechado e ranzinza. – ele riu. – Desembucha vai...

– Cale a boca, seu merda. – estalei o pescoço tentando relaxar. – Quase todos os dias, recebido fotos de Melinda.

– Mas que porra! – seus olhos estreitaram com a noticia. – Estão te ameaçando?

– Sim, e é gente nossa. –  sussurrei a ultima parte.

– Cacete! – ele rugiu. – Quem é o filho da puta? – indagou.

– Denovav. – seu nome amargava em minha boca, tenho tantos planos para esse cara. Ele não sabe o que o aguarda. – Esse desgraçado quer que eu a apresente á Máfia.

 – O que está esperando Hector? – Raphael se aproximou. – Vamos lá pegar esse cara, ele merece uma...

– Eu não posso Raphael. – suspirei. – Não posso expor Melinda mais ainda, tem outras coisas em jogo. Muitas coisas, e a pior de todas é a bagagem de mentiras que carrego comigo. Mesmo contando toda verdade pra ela e apresentando a Máfia, ela seria alvo de muitas merdas. Tenho certeza que ela não aceitaria isso.

– Você é um filho da puta egoísta do caralho. – ele rosnou. – Será mais fácil e um pouco menos doloroso você dizer tudo. Não um desgraçado vim e contar. E pior, tentar algo contra ela só para te atingir.

Exausto, passei as mãos sobre o rosto.

– Tudo bem. – Raphael me encarou surpreso. – Me dê duas semanas, duas semanas são suficientes para eu poder reunir coragem e tentar faze-la ficar.

– Vou está aqui para te ajudar se for preciso. – ele deu tapas em minha costa. – Qualquer coisa a gente vai numa luz vermelha depois.

Rimos e voltamos para o hotel, mas na verdade, eu não sabia como contar minha real vida para Melinda. Não me via dizendo todas as atrocidades que faço, por trabalho ou até mesmo por prazer.

                 

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Eu movia meus dedos freneticamente dentro de Melinda, estimulando seu ápice. Suas unhas fincavam em meu braço, e era isso que eu queria. Deixa-la imersa no prazer. Tirei meus dedos de dentro dela recebendo um gemido de reprovação, me pus entre suas pernas agarrando em seus cabelos e comecei as estocadas. Firmes e com urgência, quente pra cacete e apertada pra porra.

– Caralho... – gemi, suas pernas cruzou em volta do meu quadril e com isso tive mais acesso a sua entrada.

Os minutos iam se passando, não víamos o tempo correr quando estávamos fazendo amor. Melinda tirava toda minha atenção ao meu redor. Era só ela, ali, comigo.

– Não me cansarei de ter esses momentos contigo! – sussurrei, seu corpo nu estava sobre o meu, pernas entrelaçadas nas minhas e seu rosto em meu peito. Meu coração ainda batia freneticamente pela agitação da nossa transa recente. – Não tenho explicações para essas sensações.

Melinda ficou a me olhar.

– Eu amo você Hector! – arregalei meus olhos para sua confissão. E agora? Eu não esperava por isso. Não agora. Mas já que estamos aqui, preciso ser honesto com ela e contar tudo. Melinda merece saber que a amo e o que sou de verdade. – Acho que nunca amei ninguém como você.

Suas lagrimas molharam meu peito nu. Beijei seu rosto agora próximo ao meu e afaguei seu cabelo.

– Sou muito sortudo. – alisei sua bochecha. – Melinda?

– Sim? – engoli em seco, meu corpo se enrijeceu rapidamente. Eu preciso fazer isso antes que ela mesma descubra. – O que foi?

Sentei de frente para ela, a mesma não perdeu tempo e ficou a me observar esperando o que eu ia dizer.

– Melinda, eu a amo... – proferi inseguro, precisava assegurar que eu amava. – Mais do que a mim, mais do que qualquer outra coisa ... eu...

O toque do meu celular ecoou pelo quarto nos despertando da conversa.

– Atenda Hector, deve ser urgente. – ela pediu.

Respirando fundo, estiquei o braço para pegar o celular no criado mudo.

– Quero que saia daí agora! – meu avô pedia apreensivo. – Hector, tire Melinda dai agora!

– O que? – indaguei, a morena me observava confusa. – O que está acontecendo?

– Filho, ponha Melinda no carro que está atrás do Hotel onde vocês estão! – disse. – Depois volte para a Mansão, estão indo atrás de vocês.

E desligou.

– Se arrume. – imediatamente fiquei de pé indo até o guarda roupa. Tirei a mala do canto onde estava a abrir e joguei suas roupas dentro. – Agora Melinda!

– O que houve Hector, porque essa pressa toda? – seus olhos buscavam meu rosto, não podia olhá-la agora, não podia parar agora. Ela corria perigo. – Hector? – ela berrou.

Me aproximei dela pegando em seu queixo.

– Se vista e me obedeça. – um lampejo de fúria passou por seus olhos âmbar. – Ou vai ser pior.

Vi quando sua respiração falhou, era isso ou ela morta.

– Agora! – gritei.

Com raiva tomando seus olhos ela se arrumou rapidamente e ficou na porta me esperando, observando cada movimento meu. Peguei em sua mão, mas a mesma recuou.

– Precisamos sair agora, não dificulte as coisas Melinda. – pedi, ansiedade corria pelas minhas veias, eu não conseguia pensar em nada, só em manter essa mulher segura.

– Não saio daqui sem alguma explicação! – ela gritou, como uma criança.

– Então vai sair por mal. – abri a porta jogando a mala para Cassio que aguardava com uma pistola em mãos e mais três homens ao seu lado. – Leve isso.

Melinda olhou para os homens na porta se distraindo por um momento, assim que ela se virou, corri até minha mala, tirei o sonífero em líquido molhando um pano e gentilmente pus em seu nariz, ela se debateu por um estante, porém, enfim, apagou.

Ela caiu em meus braços e com isso a peguei em estilo noiva.

– O carro já está lá em baixo senhor. – Cassio abriu passagem para passarmos, por sorte do destino não havia ninguém perambulado pelos corredores.

Chegando aos fundos do hotel, um carro blindado esperava no beco. Cassio e o meus homens faziam nossa escolta, e assim que abri a porta, a raiva me tomou.

– Nem fodendo! – proferi. – Mas que porra é essa?

– É serio que vai ter ataques de fúria agora? –Dexter me encarou por sobre os óculos escuros. – Põe a garota no carro e me deixa trabalhar, por favor.

– Meu avô só pode estar caduco, por que ele confiaria em alguém como você? – indaguei. – Não vou fazer isso.

– Hector, pela menos uma vez na sua vida... – rosnou. – Faça a coisa certa.

Revirei os olhos me dando por vencido e coloquei Melinda no banco do passageiro.

– Ela vai me avisar caso você se aproximar dela. – fechei a porta e fui até a janela do seu acento. – Melinda sabe usar muito bem uma arma.

Ele riu sarcasticamente.

– Já gostei dela! – e saiu rua fora.

– Preciso que entrem em contato com Raphael, tire Jenny daqui, vou voltar para o Rio sozinho. – avisei.

 











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DA COR DE MARTEOnde histórias criam vida. Descubra agora