CAPÍTULO UM

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Eu olhava aqueles corpos a minha frente, sentindo toda euforia e adrenalina invadir meu ser, o frio do clima arrepiando todos os pelos do meu corpo. Cheiro de sangue fresco, forte e amargo. Ali, deixando-me nostálgico como todas às vezes passadas.

- Tem razão sobre eu me transformar quando estou em ação! - falei, enquanto caminhava envolta do homem. Seu rosto estava deformado, olhos inchados, mandíbula quebrada, e sangue escorrendo de sua boca.

Esse era o meu estrago.

- Você, você... Não ver Gollene, mas é igualzinho... Ao, ao seu pai! - ele cuspiu, o ar estava faltando, sei que não aguentaria muito tempo. - E tem, tem mais, eu não... Não serei o primeiro. - riu. - E, e... nem o u, ultimo!

- O que quer dizer com isso? - me aproximei do mesmo, o puxando pelos cabelos ruivos. O arrastar de seus pés faziam eco pelo galpão. - Fala desgraçado! - gritei colocando a arma em sua cabeça. - Antes que eu acabe logo com isso.

Diego começou a rir descontroladamente.

- Vai me... Me matar de qualquer jeito, babaca! - ele gaguejou.

Cocei o queixo.

- Então não vale à pena! - pressionei o cano sobre sua testa. - Ultimas palavras?

Ele me encarou.

- Você ainda vai... vai está... no meu lugar! - a bala atravessou seu crânio, jorrando sangue do buraco feito. Assim seu corpo tombou para o lado.

- Limpe isso! - avisei a Luiz guardando minha arma. - Jogue todos os corpos no rio.

Saí do galpão entrando no carro, catando pneu a madrugada fora.

~*~

O bater em minha porta fez me sair de dentro da loira que estava deitada em cima da minha mesa, nua, com as bochechas avermelhadas e os olhos exalando desapontamento. Subir o zíper da calça e caminhei impaciente até aporta, assim abrindo a mesma, dando de cara com quem menos queria.

- Desculpe senhor, mas os seus homens estão com muita presa precisando de sua presença, parece ser muito... - os olhos de Tânia vagaram para a sala e logo para mim, engolindo em seco, vendo a expressão que eu tinha. - Já estou indo.

- Obrigada Tânia! - sorrir falsamente, e não escondo isso, ela sabe que odeio ser interrompido.

Ao voltar para a loira, que agora estava mexendo em seu celular, a observei e me perguntei; por que nunca me casei? Porque nunca me dei o trabalho de ter uma mulher só para mim? Acho que nunca vou ter respostas para isso, apesar de só eu me fazer essas perguntas.

- Se vista! - entreguei suas roupas. - Venha amanhã se quiser, estarei em casa.

Ela riu, colocando seu vestido vermelho decotado. Verônica Perluz é linda, como todas as loiras que tenho em minha cama, ela é a mais bonita de todas, entra em um padrão de beleza, claro, com certeza. Porém, Verônica é um tipo único. O tipo de mulher sexy e perigosa. Bonita, inteligente, e filha da máfia. Qualquer homem desejaria estar casado com ela. Às vezes a olho e queria ter o grande desejo de ter ela todos os dias. Mas parece que algo dentro de mim foi desligado. Algo bom. Que nunca tive e acho que nunca terei. Nunca fui ensinado a ter.

- Tem certeza mesmo? Ou terei que dividir você com seus homens? - ela se aproximou colando seu corpo no meu.

- Sabe que não posso deixar o trabalho para qualquer hora, não sabe? - pus a mão em sua cintura, afastando seus cachos loiros de sua orelha. - Mas, te dou toda atenção se me esperar nua aqui mesmo!

Fiz uma trilha de beijos em seu pescoço indo para sua orelha, vendo seus lábios emitirem sons de prazer.

- Claro baby! - ela selou meus lábios em um demorado selinho e saiu porta fora.

E é nesses momentos em que queria sentir algo, sentir além do desejo, da luxuria. Queria poder a ver passando pela porta e sentir saudades. Assim como diz Raphael; ela passa pela porta e parece que nunca mais vou a ver novamente. Mas me parece tão impossível que chega ser irritante.

Ajeitei minha roupa e fui para sala saber o que tanto aqueles homens queriam.

- Senhor! - eles disseram. Os três homens em pé, com postura firme, trajados de ternos da mesma cor estavam tenso demais para meu gosto, principalmente o capitão deles. Ninguém diria que eles estavam incomodados com algo, mas eu os treinei e sei muito bem que algo esta acontecendo.

- Digam. - sentei-me em minha poltrona. - Vamos, o que é tão importante para me atrapalharem?

Luiz tossiu, e foi o primeiro a abrir a boca.

- Senhor, a loja de antiquário não quer colaborar conosco. - ele disse.

- Prossiga! - pedi. Não era possível que alguém em Duque de Almeida venha me desrespeita há essa altura?! - Estou esperando.

- Bom, a dona não quer fechar e entregar as chaves! - ela só pode está de brincadeira. Logo aonde irei abrir uma nova loja?

- Afinal, porque diabos têm alguém lá? - minha paciência estava indo para o ralo. - Já resolvi com essa família que aquele lugar é meu. Por que mandaram alguém para lá?

- Senhor, ela diz que os tios deixaram para ela.. - Luiz engoliu em seco. - Acho que ela não tem onde morar...

- É uma sem teto? - indaguei curioso. - Que fácil.

Pus-me de pé.

- Vieram de lá agora? - caminhei até a porta.

- Sim! - disseram. - Ela está lá.

- Ótimo, fiquem aqui, não preciso que venham. Eu mesmo irei resolver isso. - entrei no carro que já estava a minha espera e catei pneu ao centro da minha cidade.

Ao parar em frente à loja, vi a mesma aberta. O lugar era cheio de coisas velhas e relíquias. Bem arrumado, assim posso dizer. Mas continua não fazendo o meu tipo de coisas para enfeite de casas, já que não sou eu que cuido da casa em que moro.

Entrei, observando o lugar. O incenso invadiu minhas narinas deixando-me um pouco sufocado. Como eu odiava esses tipos de cheiros. Já na bancada da loja, não havia ninguém. Pensando em chamar a moça que teimava em não sair dali, um barulho se fez nos fundos da loja. Logo a porta de lá foi aberta e assim ela entrou no meu campo de visão.

Ela vinha... Morena, tão morena que sua pele me deixava curioso sobre sua macieis, a boca carnuda, corpo esbelto, cintura bem curvada, grandes e fartas coxas. Belos seios avantajados. Cabelos encaracolados, da cor da noite. E pra completar, os castanhos dos seus olhos eram como Marte. O âmbar mais lindo que já vi.

Deus... O que é isso? Ela era a mulher mais linda que já vi em toda a minha vida.

E eu não estou exagerando, porque realmente era verdade!
















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DA COR DE MARTEOnde histórias criam vida. Descubra agora