CAPÍTULO VINTE TRÊS.

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Eu dirigia em alta velocidade para um pequeno aeroporto, um jatinho me aguardava. As possibilidades de Dexter fazer algo com Melinda eram tão grandes que minhas veias soltavam para fora, não só ele como Wendell, puta merda estou tão fodido, correndo risco de perde tudo, se eu perder ela é o meu fim. Preciso resolver algumas coisas antes de contar toda essa merda a ela. Para ela ao menos ficar ciente de que não corre mais perigo. Não se eu fizer algo antes. 

O toque de meu celular ecoou pelo carro, eu pedia a Deus que não fosse alguma noticia ruim.

– Onde você está? – perguntei a Raphael.

– No Rio, trouxe Jenny para casa, onde esta Melinda? – seu tom mudará para algo protetor.

– Dexter está com ela. Pelo o que entendi ele estar nos ajudando.  – soltei, estacionei o carro em qualquer lugar ali e caminhei rua a fora pela estrada de terra. – Eugênio tem muito que explicar sobre isso.

– Com certeza! – Raphael suspirou. – Estarei na mansão, e não se preocupe... quem quer que esteja indo atrás de vocês, vou acha-lo rapidamente.

E desligou.

Aproximei-me de Fernando que acenou para mim abrindo a porta. Entrei no jatinho e logo estávamos no ar.

                        
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Pus a arma no cos da calça e caminhei para dentro da minha mansão. Aqui fora me parecia tranquilo, seguranças em seus lugares e nenhum vestígio de que alguém mal intencionado atacou. Passei pela porta e não fui recebido por ninguém, ninguém que eu gostasse de ver.

– Até que enfim. – a voz da mulher chamou minha atenção. Sentada no sofá com uma postura impecável, Verônica levantou-se caminhando em minha direção e em seus lábios um sorriso gentil nascia. – Porque demorou tanto?

Não me é estranho e nem incomum ver ela ali, sem eu ter convocado sua presença.

– Espero que esteja ciente do que está fazendo Veronica Perluz. – fui a seu encontro tendo todo o cuidado possível, ela não está sozinha, qualquer movimento errado seria meu fim. – Não acha que está sendo irracional demais?

Ela gargalhou parando a minha frente, tocou meu rosto e bufou.

– Eu que te pergunto... – aproximou sua boca de meu ouvido. – Não acha que está mentindo demais?

– O que você quer? – perguntei a ela, que agora me encarava nos olhos.

– Você sabe. – Veronica me rodeou lentamente. – Aliais, o quão tolo você é Hector?

– O quão acha que sou? – perguntei de volta.

Ela suspirou e parou novamente a minha frente.

– Achou mesmo que poderia manter Melinda longe do que faz? Que poderia esconder dela quem você é de verdade? – outro sorriso, agora maldoso surgiu em seus lábios. – Pensou que poderia manter a sua empolgante e agitada vida longe dela?

Eu tremia de nervoso, minhas carnes tremiam. Tudo ali tremia. Veronica mexia em algo delicado, ela não sabe o que a aguarda caso faça algo contra Melinda.

– Não tem que se meter nisso. – avisei.  Olhando em seus olhos. Ela sorria como o capeta, a própria discórdia em pessoa. – Estou te dando uma grande chance de esquecer o que quer que esteja preste a fazer e ir embora.

A mulher não desistiu, sorriu em diversão e caminhou para o sofá, sentando-se de pernas abertas. Suas partes estavam à mostra, sem calcinha nem nada.

– Me conhece bem Hector. – ela apalpou seu peito. – Eu não desisto tão fácil assim.

Fui a sua direção. Verônica pegou o celular sorriu ladino com os olhos iluminados e virou a tela para mim.

Melinda estava sentada dentro do carro, e alguém de fora a filmava de longe. Seus olhos brilhavam em curiosidade e desespero. Cabelos bagunçados e rosto molhado. Ela chorava?

– Vagabunda... – sussurrei, por Deus, eu não bato em mulheres, mas Verônica estava tirando o restinho de paciência que eu tinha.

– Ssh, ssh. – a porta foi aberta, homens armados entraram e logo atrás deles Wendell apareceu. Mãos nos bolsos e a expressão de sempre. – Ah, não pode chegar assim. Nem comecei a...

– Calada. – ele rosnou.

– Matou meus homens? – perguntei.

– Não foi preciso. – todos que estavam no quintal entraram sendo posto de joelhos a minha frente. – Não ainda.

– Porque não estou surpreso? – cruzei os braços. – O que é agora? Veio trocar minha cueca também?

Wendell riu e se aproximou.

– Eu vim aqui fazer um acordo! – ele caminhou para o lado de Verônica e a mesma revirou os olhos. – Antes, agradeça sua linda boneca aqui por sua cabeça ainda esta ai.

– Que privilegio. – resmunguei. – Ainda não entendi tudo isso aqui...

Meu celular tocou novamente e no impulso atendi.

– Não ceda nada a eles. – meu avô pedia com sua voz fraca, quase em um sussurro. – Meu neto, lembre-se quem levantou tudo isso. Não jogue tudo para o alto. Você vai saber o que fazer no final.

Desligou.

Eu não imaginava o quão ruim foi essa ligação.

Um dos homens de Wendell entrou trazendo Raphael. Ele estava calado, olhos roxos e boca machucada.

– Veja bem Hector... – Wendell cruzou os braços.– Serei rápido... – ele encarou o relógio. – Renuncie o cargo ou a sua garota, não só vai saber, como também não ficara aqui para ao menos te dar um chute na bunda. – Verônica riu.

– É brilhante, não acha? – ela disse. – Eu adoraria brincar com ela... tem muita coisa ali que pode ser útil para o mercado.

– Não! – gritei. – Não encoste um dedo nela ou eu...

– Ou você o que? – ela perguntou. – Você parece um viciado Hector, o que ela fez para ficar assim? 

Tiros foram ouvidos no lado de fora, o momento certo para um dos meus homens começarem.













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DA COR DE MARTEOnde histórias criam vida. Descubra agora