CAPÍTULO DEZENOVE.

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Estacionei em frente à loja guardando a arma no cos de minha calça entrando no recinto o encontrando vazio novamente. Diferente da outra vez não havia cheiro de comida e muito menos vozes vindas das escadas, não me contive e caminhei para a porta dos fundos estranhando o silencio. Assim que entrei encontrei tudo revirado, gavetas, armários, cadeiras quebradas, alguém invadiu. Rapidamente saquei minha arma, fui a todos o comados e não encontrei Melinda, porém, tudo estava uma bagunça. O desespero me atingiu. Alguém a sequestrou.

Eu vou matar quem fez isso.

Já em seu quarto entrando em contato com  Raphael para rastreá-la, a porta  pronunciou a  chegada de alguém. Apressei-me ficando atrás da porta enquanto ouvia os passos se fazerem pelo o corredor.

Ele não teria coragem de voltar aqui, pegaria esse filho de puta de surpresa. Quando o individuo entrou fechei a porta, pondo minha arma na cara dele. Que na verdade era ela com os olhos arregalados, mãos em rendição e respiração ofegante.

E o pior, lagrimas queimando sua pele.

Alivio preencheu meu corpo. Melinda estava ali, a minha frente, viva e salvo.

– Hector, por favor, a-abaixa essa arma! – ela pediu, se afastando. Logo tratei de me afastar também e guardar a pistola. – O que faz aqui?

Melinda perdeu peso, era notável. Seu rosto estava pálido, não contia o brilho de antes. Eram visíveis suas roupas largas. E eu não gostava nada disso.

– Melinda eu... – bufei enquanto esfregava o rosto. – Cheguei aqui quase agora, estava tudo revirado.

– O que me diz que não foi você que fez tudo isso? – indagou com desgosto. – Esperou eu sair para invadir?

– Não, sabe que eu não faria isso! – me sentei em sua cama, mas a mesma continuava onde estava. Braços caídos do lado corpo, postura desleixada e um semblante confuso. Seu mal estar me deixava louco, e tudo por culpa minha. – Cigana, eu não queria que você...

Ela revirou os olhos cruzando os braços.

– O que você tem a ver comigo? – ela se recostou a porta. – Na verdade, você não se importa com nada!

– Eu me importo! – me pus de pé. – Me importo demais, por isso vim aqui.

– Eu não quero ouvir nada Hector, vou chamar a policia, minha casa foi invadida então preciso... – caminhei até ela tomando seus lábios, sem deixar a mesma terminar de falar. Eu precisava dela.

O beijo foi ficando bruto, rápido, arrepiando cada parte do meu corpo, me deixando tonto de excitação. Porra, essa mulher é minha destruição.

– Para! – ela pediu. As mãos em meu peito, afastando-me. – Vai embora, não preciso que fique aqui e desconfie de mim.

– Não. – encarei seus olhos, com ela ainda em meus braços. Sentindo seu corpo quente e macio contra o meu. – Eu confio em você Melinda, me perdoa, me perdoa pelo o que eu fiz. Por favor!

– As coisas não funcionam assim Hector, me solte, agora. – ela pedia com os olhos carregados de lagrimas. – Preciso ligar para a policia.

Cacete, eu preciso que ela me perdoe.

Dei espaço à mesma, assim ela puxou o celular da bolsa e começou a discar.

Faz exatamente duas horas que eles estão lá dentro averiguando tudo.

– Senhor Hector, prazer, sou o Policial Gomez, você é o...

– Namorado dela. – respondi. Mentira não era, ela sabe disso. Não consigo abdicar desse posto.

DA COR DE MARTEOnde histórias criam vida. Descubra agora