𝐁𝐘 𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐎𝐎𝐍 || junhao.

Selvagem.

AVISO: Esse capítulo contém descrições de sexo explícito.

GUIA DE LEITURA.

Itálico em primeira pessoa = pensamentos dos personagens.
Negrito em primeira pessoa = pensamentos do lobo.
Itálico: citações/detalhes pertinentes.

Olhos verdes = medo.

Olhos vermelhos = raiva.

Olhos amarelos = mentira.

Olhos roxos = desejo.

Olhos azuis = tristeza.

Olhos rosas = amor.

Um mês depois.

Era começo de junho quando Junhui começou a evitar os toques de Minghao.

Os garotos já eram íntimos o bastante e conversavam sempre, se cumprimentavam com beijos, se abraçavam, até tomavam banho juntos de vez em quando. Os beijos sempre acabavam em mão boba mas os garotos não avançavam o sinal, por alguma razão — mas definitivamente não era por falta de vontade. Apesar disso, eles não viam problema algum em esperar.

Acontece que, ultimamente, o alfa vinha se afastando dos toques de Xu, até mesmo evitando os beijos. Não deixava passar de meros selinhos, já não deitava no colo do mais novo e nem o deixava deitar no seu, dormia de costas pra si, não lhe deixava mais tomar banho consigo e até mesmo se levantava e saía do quarto quando a mão do mais baixo tocava algum lugar indevido.

Aquilo estava machucando Minghao, que não entendia o que estava acontecendo e estava se culpando cada vez mais. Era doloroso ser rejeitado pelo Wen antes, mas agora que finalmente tinha percebido que sentia algo mais forte do que atração pelo mais velho, a rejeição era ainda pior. Constantemente os olhos do vampiro ficavam azuis, indicando sua tristeza, mas mesmo depois de perceber aquilo o alfa continuava se esquivando.

Num almoço com seus amigos mais íntimos, o jovem vampiro desabafou sobre toda a situação frustrante, já que Junhui tinha ficado no quarto por não estar se sentindo bem. Jihoon, que tinha Soonyoung deitado em seu ombro (o baixinho de fato mordeu a própria língua e acabou deixando o ninfo entrar em sua vida, mesmo com limites), encarou Mingyu, que estava dando cafuné em Wonwoo, e os dois caíram na risada, fazendo o mais novo da mesa se sentir um palhaço. "Ele deve estar perto do rut", foi o que Mingyu disse.

A menção da palavra fez o rosto do chinês queimar de vergonha: ele não era o melhor aluno em biologia na época de escola, não era por nada que estava fazendo uma faculdade de humanas, mas se lembrava vagamente do que significava um rut, lembrava do que viu nos livros e de como os lobos de sua classe foram zombados e perturbados por semanas depois daquela aula.

Rut era o cio dos alfas.

Agora as coisas faziam sentido e Minghao queria abrir um buraco no chão pra pular dentro. Ele também queria socar a cara de Junhui por não lhe contar nada, mas alguns dos serventes de sua antiga casa eram lobos alfa e ele se lembrava de quando eles precisavam tirar de três a quatro dias de folga graças ao cio. Sempre voltavam acabados de todas as maneiras, esgotados e exaustos.

Geralmente os lobos alfas passavam seu cio com um ômega, e o pensamento de Junhui comendo a bunda redondinha de um lobo ou loba em sua cama fez o chinês levantar da mesa e sair correndo do prédio de artes, andando com pressa na direção do bloco dos dormitórios. Entrou no elevador e apertou o botão do último andar com os dedos trêmulos, achando que o elevador estava demorando muito mais que o normal naquele dia em específico. Saiu do elevador tropeçando e procurou a chave com as mãos trêmulas, ficando ainda mais desesperado quando ouviu um gemido rouco seguido de um rosnado do outro lado da porta. Empurrou-a com o corpo, caindo no chão.