Convite

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Dante ainda não acreditava no que seu pai havia feito. Precisava ouvir dele os seus motivos por que não conseguia pensar em nenhum que fosse plausível o suficiente para justificar tal ato de traição ao rei. Depois de deixar Alex no seu quarto na companhia de Vito, ele se dirigiu a prisão que ficava no subsolo do castelo. Havia muitos guardas espalhado pelos corredores cavernosos e iluminados por tochas nas paredes, mas nenhum deles o impediu de passar. O rei já havia interrogado Eduard nas masmorras julgando pelos cortes abertos em seu rosto.

- O rei quase o desfigurou – disse encarando o pai sentado dentro da cela.

Eduard bufou e não se ergueu da minúscula cama.

- Marcus não tocou em mim. É muito frouxo para isso. Já aquela vadia da Amber tem uma mão bem pesada.

Dante escondeu a surpresa da informação.

- Tentou matá-la, tem sorte de estar vivo. Você mereceu. Queria matar a princesa também. O que tem na cabeça?

Eduard se levantou abruptamente e agarrou as barras de ferro com força.

- Trabalho para o rei desde que eu era mais novo do que você! Vejo aquela família miserável matar nosso povo há décadas! E o que o rei faz baseado na confiança da filha e em um dragão mágico estúpido? Deixa aquela peste ficar e tomar conta da princesa.

- Isso não é motivo, pai e você sabe perfeitamente quem começou essa guerra infinita com os Mediun – sussurrou Dante irritado – Fomos nós. O povo de luz. As pessoas que deviam ser pacificas. Nossos antepassados mataram primeiro e eles se defenderam.

- Eles podiam ter parado a guerra se quisessem paz – rebateu Eduard.

- Não com um exército os caçando como animais.

Eduard puxou Dante pelos cabelos e bateu seu rosto na grade o segurando.

- Nunca mais repita isso!

- Me larga, seu maluco! – exclamou o rapaz se afastando do pai.

- Você é um idiota Dante. Devia fazer a princesa se apaixonar por você e se casar com ela como planejei.

- Eu amo a Alex, mas não vou enganá-la com seus joguinhos de traição.

- Você a ama? Então é bom contar a ela por que alguém já pode ter feito isso – disse o general deixando o filho com uma pulga atrás da orelha.

- Do que está falando?

- Você é mesmo um imbecil, como pode ser meu filho? – resmungou o homem voltando a sentar-se na cama – Vá embora daqui e tente salvar sua reputação enquanto ela ainda é boa. A princesa gosta de você.

Uma ruga de interrogação brotou entre as sobrancelhas do rapaz enquanto ele saia da prisão. Do que o pai estava falando? Alex já tinha algum prometido?

******

Amber dormiu maravilhosamente aquela noite com a lembrança da sensação do corpo de Alex contra o seu se contorcendo em êxtase e sussurrando seu nome entre os gemidos. Vito a observava com a cabeça de lado enquanto a garota se vestia.

- O que foi? – perguntou a princesa o olhando pelo espelho.

O pássaro emitiu um som e endireitou a cabeça.

- Sim eu a beijei e se não tivesse me segurado teríamos ido muito além.

Vito pareceu rir e piou ajeitando as penas.

A Luz e a EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora