O que te faz feliz

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Alex saltou nos braços do seu amigo de infância assim que o viu se aproximar. Ela adorava Dante e a amizade que eles tinham desde que eram garotinhos.

- Estou tão feliz em vê-la bem - disse o rapaz com lágrimas nos olhos segurando o rosto da princesa entre as mãos.

- Também estou feliz em finalmente voltar - ela respondeu sorridente.

- Como? Como você escapou? - indagou o jovem atencioso segurando as mãos de Alex.

- Isso é uma longa história. Por hora basta saber que Amber me salvou.

- Quem é Amber? - Dante questionou de cenho franzido.

- Eu sou Amber - a voz da princesa Mediun trovejou atrás de Alex.

Dante analisou a garota estranha de baixo para cima e quase torceu o nariz para suas vestes de couro preto.

- Amber me salvou e me trouxe para casa - concluiu Alex encarando a menina de cara amarrada.

- Então eu devo agradecer - Dante respondeu estendendo a mão direita para Amber.

Ela o encarou com frieza e o rapaz ficou com cara de bobo quando recolheu sua mão sem graça.

- Sua amiga não é muito sociável - murmurou Dante.

- Deixa ela em paz - Alex o respondeu.

- Vamos entrar - disse o rei quebrando o clima tenso que se formou com a chegada de Dante - A princesa precisa de um banho e comida.

Alex sorriu para o pai em agradecimento e antes que voltasse sua atenção para Amber, Dante tomou a frente e disse.

- Sua prima Caroline está no reino para o Baile das Flores.

A princesa revirou os olhos com a menção da prima.

- Caroline é uma pedra no sapato - brincou e todos riram, menos Amber.

A princesa vasculhou a mente e constatou que nunca a viu sorrir. Esperava mudar isso em breve.

- Quando será o baile? - ela perguntou caminhando ao lado de Dante.

- Amanhã à noite. Temos que providenciar vestidos para vocês - disse a rainha Brenna toda contente.

O olhar que Amber deu a rainha gritava que ela não entraria em um vestido nem morta.

- Teremos tempo para isso, minha querida - disse o rei quando eles já entravam no castelo - Primeiro preciso ter uma conversa com Amber em particular.

Por mais que Alex conhecesse e amasse seu pai, naquele instante teve medo por Amber e o homem percebeu sua tensão.

- Vamos apenas conversar - disse o rei para acalmar a filha - Vá com sua mãe.

A princesa trocou olhares com Amber e só foi embora quando ela lhe deu um pequeno aceno. A Mediun respirou fundo quando Dante seguiu ao lado de Alex pela saída a direita. Ela soltou um grunhido de raiva e seguiu o rei.

Para não pensar em Alex sorrindo abraçada a Dante e acabar cometendo uma burrice, Amber ocupou a mente prestando atenção em cada detalhe do castelo enquanto caminhava atrás do rei acompanhada pelos seus guardas até a sala do trono. Como se eles fossem fazer alguma diferença se ela quisesse matá-lo.

O lugar era totalmente o oposto da sua casa. Luz entrava por todos os cantos, havia flores enfeitando e perfumando os corredores. A tapeçaria e os quadros das paredes pareciam limpos e bem cuidados, assim como as armaduras polidas e brilhantes. As grandes janelas davam para belos e vistosos jardins onde os pássaros voavam livres e cantavam.

A Luz e a EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora