CAPÍTULO 10

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Resolvi jogar um pouco naquele dia monótono. Era um jogo de tiro. Eu sempre ficava bem nervosa. Mas tinha que treinar caso quisesse vencer ... Parei o que estava fazendo e cocei a cabeça.

-Que estranho. Tinha sensação de está faltando algo. Então notei que meu Dispo não estava em meu pulso. Respirei fundo para conter a fúria. Sai do quarto e encontrei Beatriz no sofá. Calma como uma santa me sentei na poltrona do papai e vi o meu Dispo no braço dela.

- To começando a achar que você faz de propósito. - Disse a olhando bem irritada.

Ela me olhou por alguns instantes e mudou de canal.

-'' Certamente, apesar de que ainda falta muitas pesquisas para isso'' ( Risos) - Olhei para a televisão rapidamente e voltei a encará-la, mas sem sinal de arrependimento. - ''O importante é que os experimentos feitos até agora com o EXPANSOR 989 Foi um sucesso. De 3000 casos, dentre eles pacientes em coma, 2881 foram muito bem sucedidos com uma melhora significativa.

Voltei a olhar a televisão me sentindo intrigada.

-''É ou não é uma novidade, gente?! ( Risos e palmas)''

Arregalei os olhos e meu coração disparou.

- Tem bolo na geladeira. - Beatriz falou e eu a encarei pasma. Era impressão minha ou aquilo já havia acontecido antes? Me levantei lentamente e olhei em volta. Uma sensação bem ruim apertava meu peito.

-Tem feito bolo todos os dias? - Perguntei.

Ela me ignorou e continuou a mudar de canal. Pisquei saindo da sala e indo até meu quarto. De lá eu podia escutar ela mudar de canal. O que estava acontecendo? Parei em frente ao meu espelho que ficava na porta do guarda roupa e olhei-me fixamente. . Talvez fosse apenas coisa da minha cabeça. Resolvi sair e dar uma volta. Vesti uma roupa simples. Uma legging preta, uma camisa bem folgada e relativamente comprida vinho e um tênis branco . Passei na sala andando rapidamente. Tentando não olhar para Beatriz. Abri a porta e dei de cara com Thomas jogando bola.

-Meu deus! - Levei a mão ao peito. Então continuei andando.

-Ei! - Ele veio atrás de mim. E então segurou meu braço. Parei o olhando. Olhei em volta. Tremia.- Calma. O que foi?

O olhei assustada.

-Tem algo de errado com este lugar. - Olhei em volta. Parecia tudo normal mas uma sensação estranha me incomodava a mente. Era como se estivesse sentindo falta de alguma coisa. Thomas me olhou e respirou fundo. Então também olhou em volta. O observei. Ele parecia pensar em algo.

Não! É tudo coisa da minha cabeça. Respirei fundo para me acalmar. Funcionou um pouco. Olhei para casa. Parecia normal e comum. Olhei para meu braço. Estava sem meu Dispo. Não acredito que Beatriz o pegou de novo...

-Ei. - Thomas segurou meus ombros e eu o olhei um pouco surpresa. Ele me olhou fixamente nos olhos. - Olhe para mim.

O encarei por alguns segundos meio confusa. Por um segundo eu tive a impressão que estava o esquecendo. Fiz uma careta.

-Thomas... Tem algo de errado comigo....- Falei.- Preciso ir pra casa...

- Yona.- Ele me chamou e eu virei para ele. Esse apelido novamente. Estranhamente familiar, porém deixava-me confusa. Thomas veio e me deu um peteleco na testa bem forte.

-A... Ai! - Reclamei me afastando.- Está ficando louco?! - Disse e ele sorriu.

- Agora parece menos abatida.

Voltei para casa ainda com as mãos na cabeça...

-Não...- Resmunguei assim que abri a porta - Por que...- Olhei para Beatriz sentada no sofá. Meu coração disparou e corri para o quarto trancando a porta. Que sensação era aquela? Me joguei na cama.- Isso vai passar. Vamos. É apenas o stress..- Fechei os olhos e me forcei a dormir. Ainda era tarde, mas se eu dormisse agora provável que só acordasse amanhã...Só queria que as coisas voltassem ao normal.

Abri os olhos e rolei na cama. Me sentei subitamente. Acho que dormi demais. Olhei o céu. Não sei exatamente que horas eram. Talvez estivesse amanhecendo ou anoitecendo. Funguei me sentindo sonolenta.Então olhei para meu braço e notei que meu Dispo não estava lá. Resmunguei.

Beatriz! Você pegou o meu dispo?!

Ela continuou trocando o canal e vi o Dispo em seu pulso. Fui em sua direção e estiquei o braço. Ela me olhou enfim. Sorriu e tirou o Dispo do Pulso.

-Tu ainda não desenvolveu este poder sabia? - Ela falou um pouco impaciente. Mudou de canal mais uma vez. Olhei para a TV.

''O importante é que os experimentos feitos até agora com o EXPANSOR 989 Foram um sucesso. De 3000 casos, dentre eles pacientes em coma, 2881 foram muito bem sucedidos com uma melhora significativa.

(A apresentadora ficou surpresa e olhou para a platéia presente)

-''É ou não é uma novidade, gente?! ( Risos e palmas)''

Pisquei olhando a TV. Funguei e fui para meu quarto e coloquei o Dispo para carregar. Ele estava descarregado. Parei o que estava fazendo sentindo meu coração disparar. Será que estava passando mal?

Me sentei na cama por alguns segundos. E Olhei para meu pulso.

-Não acredito que Beatriz pegou meu Dispo de novo! - Disse indo até a sala. - Beatriz, você.... - Escutei o barulho de bola vindo do lado de fora. Parei.A cada batida parecia que meu coração ardia mais um pouco. Minha respiração ficava ofegante.

''O importante é que os experimentos feitos até agora com o EXPANSOR 989 Foi um sucesso. De 3000 casos, dentre eles pacientes em coma, 2881 foram muito bem sucedidos com uma melhora significativa.

Olhei para a televisão.

(A apresentadora ficou surpresa e olhou para a plateia presente)

-''É ou não é uma novidade, gente?! ( Risos e palmas)''

A bola continuava batendo.

- Tem bolo na geladeira - Beatriz falou.

Levei ambas as mãos a boca e olhei para meu pulso. O meu Dispo não...Pisquei.

-Não! Não! Não! Não! - Sai correndo para a porta e abri.- Não pode ser... - Olhei para Thomas. Ele me olhava.

DO OUTRO LADOOnde histórias criam vida. Descubra agora