Capítulo 11

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-Você está bem? - Perguntou segurando aquela bola debaixo do braço.

-Thomas! Eu estou esquecendo! Thomas... Eu ainda agorinha tinha esquecido de você... O que está acontecendo? Eu sinto que estou esquecendo as coisas! - Me agachei agarrando minha própria cabeça.- Como se estivesse... - Olhei para meu pulso. Não acredito que Beatriz pegou meu Dispo... Me levantei pronta para entrar em casa.

Thomas Bateu a bola no chão e eu me assustei. Então olhei para ele.

-Thomas...- Bati em minha própria cabeça e ele segurou meu braço para que eu não fizesse novamente.

-Onde é o ponto de start? - Ele perguntou.

-Que? - Olhei para ele com ambos os olhos cheios de lágrimas.

Ele então segurou meu braço e olhou para meu pulso.

- Não olhe para ele.- Disse segurando meu rosto. - NÃO OLHE. - Seu rosto era bem sério.

- Por que Thomas? O que está acontecendo? - Disse sentindo um medo crescente dentro de mim.

Thomas inclinou a cabeça.

- Não sei. - Disse - Nunca imaginei que você iria...- Ele respirou fundo - Bem...Só sei que as coisas funcionam assim aqui. Por mais que faça sentido...- Ele começou a andar e eu o segui. - ...Tem um certo nível de lógica. - Falou se virando para mim e então continuou andando. Observei as casas e as ruas vazias.

- Não tem ninguém andando na rua. Que horas são?- Perguntei. Olhei para o Céu, estava meio nublado. Não sabia se estava amanhecendo ou anoitecendo. Parei por alguns segundos. Não sentia vento. Que estranho.

- Não faço a menor ideia. - Ele deu de ombros. Segurei meu braço no intuito de obedecer o que ele me pediu ainda agorinha. Mas alguma coisa me fazia querer olhar meu pulso. Fechei os olhos com força.

- O que você acha que está acontecendo então? - Insisti na pergunta olhando em volta.

- Eu denomino como '' Do outro lado'. - Pisquei. Que familiar.

- Para mim parece como um pesadelo... - Resmunguei. Thomas continuou andando. Então parou subitamente.

- Este é o limite - Disse e eu pisquei confusa.

- Limite de que? - Perguntei me aproximando dele.

- Não sei o que acontece se você passar daqui. - Disse meio melancólico. Olhei para frente. A rua seguia normal. Olhei para ele meio confusa. Do que ele estava falando?

- Para mim parece normal. - Disse.

- Se você sair, pode nunca mais encontrar o caminho de volta. - Disse me olhando nos olhos. Ele estava sério. Pisquei olhando para o caminho a frente e senti medo. Esperava que ele fosse rir e dizer que é apenas uma brincadeira.

- Thomas do que você está falando?- Perguntei com a voz trêmula.

Ele respirou fundo e então veio em minha direção e puxou meu pulso me levando de volta para casa.

-Por que estamos voltando agora?- Perguntei. Ele não me respondeu. Puxei meu braço com força . - Por que está me levando de volta?

-Não vou fazer isto com você. - Ele voltou a segurar minha mão e eu puxei de novo o braço.

-Pare! - Gritei - Por que não me conta logo tudo o que você sabe!?

DO OUTRO LADOOnde histórias criam vida. Descubra agora