Capítulo 27

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Me sentia exausta. Então senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto. Estava deitada. Com um pouco de dificuldade virei minha cabeça e olhei para George. Ele estava dormindo enquanto segurava minha mão. Eu... Fiquei doente? Meu peito estava apertado, mas não conseguia saber o porque. Solucei e comecei a chorar sem saber o por que...

Meu corpo estava tão pesado. Havia soro em mim e uma sonda muito incômoda por sinal. George levantou a cabeça meio sonolento. Então despertou e arregalou os olhos.

-Hana! - Ele praticamente gritou.- Mãe! Hana... Hana você... Você acordou!- Lágrimas desciam pelo seu rosto. - Meu Deus, que alívio!

-Hana! - Patrícia veio correndo. Ela segurava uma vasilha. Assim que entrou no quarto deixou a vasilha com legumes caírem. Então começou a chorar. Não sabia o que havia acontecido. Eu estava em casa e eu dormi? George me abraçou. Eu ainda chorava.

-Eu...- Levei a mão a garganta. Estava muito seca e dolorida.

-Não se preocupe... Está tudo bem...- Patrícia falou- Nós fizemos isso por que...- Ela parou de falar - Sua família vai ficar alegre em saber que acordou. Ela e George se entreolharam e Patrícia saiu.

Olhei para George e ele me olhou. Seu cabelo estava um pouco maior e ele parecia muito cansado.

- O que...- Senti doer a garganta - Aconteceu? - Me esforcei para falar quando me senti mais calma.

- Hana... Você adquiriu a IBSS.- Arregalei os olhos.- Não queríamos cometer o mesmo erro que fizemos com meu pai. Então Beatriz me ajudou e nós te trouxemos para cá. Seus pais no entanto... Mas que bom que acordou...- Ele ainda segurava minha mão. Sorriu - Você não sabe como isso me deixa mais feliz.

Notei que ele estava machucado como se alguém tivesse batido nele. Olhei em volta. Não estava em sua casa. Nunca fui naquele lugar.

-Quanto tempo? - Perguntei me esforçando para sentar. Olhei meus braços. Estavam bem mais finos que o normal. Nossa. Eu estava muito magra.

- Hana você dormiu por 11 meses.

Arregalei os olhos.

-11? - Levei a mão a boca. Meu coração estava apertado. George respirou fundo e então sorriu.

-Que bom...- Ele se levantou da cadeira que estava e me abraçou com força. Me senti quente e aconchegante. Mas uma sensação estranha me veio ao peito.

Não demorou para que eles me tirassem dali. Estava longe da cidade umas 3 horas. Em uma casa de campo pertencente ao pai de George. Ele me carregou já que não tinha força nas pernas o suficiente para tal ação imediata. Meus pais choraram muito quando me viram. Pelo que entendi eles queriam entregar-me para o governo e chegaram até mesmo a denunciar George e sua mãe.

Meus pais não quiseram conversar com George. Ameaçaram chamar a polícia ali mesmo. Mas agora estava em casa os ânimos haviam se acalmado. Minha cabeça ainda pesava. Meu pai me carregou para dentro de casa e me colocou na mesa.

-Ela não pode comer isso agora!- Minha mãe brigou com ele. - Ela tem que comer algo mais leve.

-Não vê o estado dela! Aqueles idiotas estavam aprendendo! Eu deveria ter chamado a polícia.

-Pare com isso Pai. - Beatriz apareceu e eu senti meu coração acelerar. Que saudades dela. - O senhor sabe que o George fez isso para proteger a Hana.

-Proteger? Olhe o que aconteceu com ela? O HOSPITAL IRIA CUIDAR DISSO!

Aquela gritaria estava me deixando com mais dor de cabeça.

-É mesmo? - Beatriz cruzou os braços - O senhor deveria ver com seus próprios olhos então... Vá lá no seu Dispo e vê o que os hospitais estavam fazendo.

DO OUTRO LADOOnde histórias criam vida. Descubra agora