Os Black.

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Primeiro eu quero me desculpar por ter sumido, eu não estava gostando do que estava escrevendo, e comecei a trabalhar e simplesmente não consegui ter tempo para escrever algo que eu gostasse.

Segundo muito obrigada a todo mundo que ta lendo e comentando, sempre fui muito insegura sobre a minha escrita, e é surreal ver que tem gente lendo.

Qualquer coisa podem falar comigo pelo twitter: liliscorpius.

Desculpem qualquer erro e BOA LEITURA!!!

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A casa Black era fria e empoeirada, o silencio reinava pelas paredes, mas o clima, mesmo assim, parecia acolhedor, no final da escada tinha uma pequena arvore de natal branca com bolas pretas, e o porquê de Sirius e Harry decidirem ter algo assim ainda longe do natal era uma incógnita, mas com certeza aquela era a arvore menos natalina que Draco já viu.

Enquanto ele descia as escadas ele percebeu quadros cobertos com uma lona preta e ao redor a tinta branca fresca se fazia presente, a curiosidade de Draco aumentava a cada cômodo da casa que ele bisbilhotava. No final do corredor uma porta preta grande chamou a atenção do loiro, primeiro por ela parecer ser feita de ferro e segundo, por que estranhamente, parecia ser o objeto mais novo e limpo naquela casa, o fato dela já está destrancada facilitou a vida do sonserino, abrindo ela com cuidado e se deparando com o escritório cheio de livros, com uma mesa grande no meio, Draco passou o olho pela biblioteca encontrando um álbum , claramente antigo, pegando com cuidado para não danificar ele ou os livros que estavam ao redor.

O álbum era pesado e grosso, com o símbolo da família Black na frente, parecia até bem cuidado comparado com as outras coisas naquela casa, com receio Draco abriu se deparando com a foto de uma família, 20 a 25 pessoas, todos sérios, se não fosse pela similaridade entre eles, o loiro nem pensaria neles como parentes, seus olhos foram passando com cuidado pela imagem até pararem na jovem de cabelos loiros, quase brancos, no meio da fotografia, ela ria, ao lado da irmã, provavelmente as únicas que estavam sorrindo naquela imagem, enquanto o primo, Sirius, fazia uma careta idiota na direção delas, atrás dele, Bellatrix, com uma cara fechada olhando para toda aquela cena.

- A gente tinha 12/13 anos nessa época. - A voz de Sirius surgiu na sala fazendo Draco se assustar. - Foi logo depois que eu entrei em Hogwarts. - Almofadinhas se apoiava na porta de ferro da sala, cabelo bagunçado, passava a mão sobre a barba numa tentativa falha de esconder o sorriso. - Nessa época ainda éramos inseparáveis. - Ele disse se aproximando. - Eu, Andromeda e a sua mãe, ela contava sobre a paixonite pelo Lucius, enquanto nos fingíamos não ouvir os suspiros dela, tentando dar a seriedade que ela achava que a situação merecia. - Ele foi para trás de Draco apontando para a foto. - A Bellatrix parou de falar comigo meses antes disso, no momento que fui escolhido para a grifinoria, ela dizia que eu estava traindo o sangue, algo pesado para se acusar uma criança de 12 anos não acha?

- Sim. Você senti falta. - Draco disse. - Da família?

- Minha família foi o James, e os marotos. - Sirius disse ríspido. - Meus parentes, os Black, não sinto falta.

- Desculpe perguntar. - Draco falou fechando o álbum e deixando em cima da mesa enquanto caminhava até a porta.

- Malfoy - A voz de Sirius se fez presente no escritório, fazendo o loiro se virar. - Fique com o álbum, afinal, é da sua família. - Almofadinhas estendeu o álbum para o menino.

Draco assentiu pegando.

- Obrigada Sirius. - Ele disse e um sorriso escapou dos lábios do mais velho.

- Sabe Malfoy, a Narcisa que eu conheci na época dessa foto, na minha infância, jamais permitiria que o filho dela me chamasse de algo que não fosse tio. - Sirius falou passando por ele e indo até a porta. - Quem sabe um dia não é mesmo, você fez uma boa escolha sobrinho, bem vindo aos renegados da família Black, você vai adorar isso aqui.

E assim ele saiu da sala, tão silencioso quanto quando entrou, Draco ainda ficou alguns minutos ali até ter coragem de fazer o caminho de volta para o quarto.

-*-

Draco ainda conseguia ouvir o barulho do chuveiro quando passou pelo banheiro a caminho do quarto, ao entrar ele foi diretamente pra cama se sentando e observando a grande janela a sua frente, o que ele estava fazendo? Traindo sua família e amigos, por que? Por quem? Ele não sabe quanto tempo se perdeu em seus pensamentos olhando a vista remota de Londres, mas em algum momento o espaço ao seu lado na cama afundou, olhando pro lado, Draco viu Harry sentado, só de toalha, cabelo molhado, olhando fixamente pro chão.

- Deve ser difícil. - O grifinorio disse, olhando para Draco, os olhos grudados um no outro, eles não sabiam por que, mas não conseguiam desviar. - Deixar tudo pra trás, sua família, seu passado, suas lembranças, pra viver sob o mesmo teto do seu inimigo mortal, me faz até ter simpatia por você. - Harry não conseguiu evitar o mini sorriso.

- Não se ache tanto Potter. - Malfoy retrucou, finalmente tirando os olhos do moreno e olhando para as próprias mão. - Você não é tudo isso.

- Tudo bem, mas mesmo assim deve ser difícil. - Os olhos de Harry continuavam fixos no loiro, analisando cada movimento. - Pedir ajuda pra alguém que você odeia.

- Eu não te odeio Potter. - Draco falou em sussurro, o olhar ainda fixado na própria mão enquanto Harry ainda olhava para seu rosto. - Eu não te suporto. - Malfoy finalmente olhou pra Potter. - Mas não te odeio.

- Tem uma grande diferença Sonserina. - Ironizou.

- Pra mim tem.

- Ok. - Harry disse se levantando. - Vou terminar de me arrumar e ir encontrar Dumbledore, fique à vontade, tome um banho, coma algo, se precisar chame Monstro, só não maltrate ele.

- Sei como tratar um elfo domestico Potter.

- Não foi o que eu soube Malfoy.

Fim. || Drarry (hiatus) Onde histórias criam vida. Descubra agora