Capítulo 34

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*Maiara*
Eu chorava sem parar, parecia que minhas lágrimas não acabavam, era uma dor enorme, meu coração estava apertado, senti um nó na garganta.
Xx: Moça, pra onde vamos?
Dou o endereço do condomínio, eu não queria ir pra casa, mas sem dinheiro eu não poderia ir muito longe. Ele para em frente ao condomínio, eu vou andando até o porteiro.
Xx: Dona Maiara está tudo bem?
Mai: Não, paga o táxi!. Vou em direção a minha casa, vejo o carro do Conrado em frente a casa dele, ele era meu amigo mas eu estava tão confusa. Pego o carro na garagem, a gente sempre deixava a chave no carro, eu entro e ligo, dou a ré rápido e saio, olho pelo retrovisor e vejo Maraisa e Conrado olhando pra mim e correndo, mas eu acelerei, o portão abriu e passei. Sai dirigindo sem rumo, eu só queria ficar sozinha, eu estava destruída. Como eles foram capazes de me trair embaixo do meu nariz e não percebi isso? Eu estava tão iludida com o Isac, achando que ele era o homem mais romântico que eu já conheci, mas agora vejo que romantismo é bem diferente de caráter. Como eles foram capaz de fazer isso comigo? Eu convidei ela pra ir naquele dia pro chalé, e ela pega meu noivo, que vaca.
*Na residência das gêmeas*
Mara: Pra onde será que ela foi?
Conrado: Eu não sei, ela está muito triste!
Mara: Sim eu sei, eu estou sentindo a tristeza dela, ela está destruída Conrado, como o Isac foi capaz de fazer isso com a minha irmã cara, que bacaca!. Ela começa a chorar
Conrado: Calma Maraisa, nós precisamos encontrar sua irmã!
Mara: Não tenho como ficar calma, é uma mistura de raiva e tristeza, e tudo o que ela sente eu posso sentir também!
Mara: Eu não vou ficar aqui, eu vou atrás dela!. Ela vai até a mesinha e pega a chave do carro
Conrado: Mas você nem sabe onde ela está!
Mara: Não importa, nem que eu passe a noite dirigindo por aí, mas eu não volto sem minha irmã!
Conrado: Mas eu vou com você!
Mara: Não!
Conrado: Maraisa você não pode andar sozinha por aí!
Mara: Eu vou, não vai acontecer nada comigo, mas eu vou atrás da minha irmã, e ela não vai querer ver você, então é melhor você não ir!
Conrado: Eu tento ajudar ela, e ela fica com raiva de mim!
Mara: Conrado, releva aí, ela está sofrendo!
Conrado: Tá bom, mas pelo menos me mantém informado!
Mara: Tá bom!.  Ela vai até a garagem, joga o celular no banco do carro e da a partida, acelera e dirige o mais rápido que pode, e sai procurando Maiara pelas ruas, mesmo sem rumo e sem saber onde a ruiva poderia está. Maiara estava parada em um lugar, onde tinha a pista mas também tinha calçadas e bancos, não estava movimentada, na verdade estava deserta, para pessoas e veículos. Ela já tinha chorado muito, estava sem celular e sem dinheiro, agora sem seu noivo. Maraisa continuava dirigindo, cada rua era uma angústia por não saber onde encontrá-la. Seu coração apertado pelo que a irmã estava passando, uma lágrima molhou seu rosto, ela para no sinal, sua vista embassou pela lágrima e de repente começa a chover. Maiara sai do carro, e anda um pouco pela pista, a água lhe molhava assim como as lágrimas que insistiam em cair, ela nunca tinha passado por algo desse nível, ela já terminou relacionamentos, mas como esse não. Ela senta no banco que ficava na calçada, não estava se importando com a chuva, ela só queria que a água levasse roda a dor que ela estava sentindo. Maraisa já estava quase perdendo as esperanças quando viu um carro parado, ela se aproxima e ver a placa, a mesma estaciona o carro e sai do veículo, de longe ela ver Maiara sentada no banco. Maraisa se aproxima e senta ao lado da irmã e pega em sua mão, Maiara olha pra ela, com os olhos vermelhos.
Mai: Irmã, ele foi um covarde idiota, ele não soube me amar, ele brincou comigo, ele me feriu, me destruiu inteira, parece que estou em pedaços, eu...(ela volta a chorar com soluços). Maraisa abraça ela
Mara: Eu estou aqui com você, parece impossível mas essa dor vai passar, você vai ver!. Ela abraça a irmã com força, como se quisesse juntar os pedaços que ficou o coração da mulher que tanto se entregou nesse relacionamento. A chuva continuava a cair, assim como as lágrimas da ruiva que caia sem parar.
Mara: Irmã precisamos ir embora, essa chuva não vai te cair bem, você pode ficar doente!
Mai: Eu não me importo, ainda tem como eu ficar pior do que já estou?
Mara: Tem a sua saúde, você tem uma carreira pra zelar!
Mai: Tem razão, eu vou no meu carro!
Mara: Não, você vem comigo, depois eu peço alguém pra vim buscar seu carro!
Mai: Não, não quero deixar meu carro aqui, eu tô em condição de dirigir, eu não bebi!
Mara: Tá bom, mas não corre muito!. As duas levantam e vão até os carros, elas entram mesmo molhadas, e vão pra casa. Ao colocarem o carro na garagem e entrarem em casa, Conrado estava no sofá esperando.
Conrado: Maiara, que bom que você está bem, eu fiquei tão preocupado com você!. Ele vai para abraça-la.
Mai: Não, você poderia ter poupado meu sofrimento me contando tudo desde o começo..
Conrado: Mas eu não tinha certeza de nada, eu só desconfiava deles!
Mai: Eu também desconfiava que o Isac tinha outra, mas eu estava iludida com ele, eu achava que ele não fosse capaz de fazer algo assim comigo, se você tivesse me contado desde o começo que desconfiava, nós poderíamos ter descobrido algo juntos!. Ela se vira pra subir a escada.
Conrado: Maiara por favor!
Mara: Deixa ela, depois você conversa com ela, minha irmã está muito mal!. Ela sobe também, Maiara troca de roupa e deita na cama, Maraisa troca de roupa e vai para o quarto da Maiara.
Mai: A gente ia se casar, ele estava planejando comprar nossa casa do jeito que eu queria, ele me fez tantos jantares românticos, irmã ele me prometeu o mundo...(ela volta a chorar)
Mara': Não chora assim, isso me parte o coração!(ela fala com a voz embargada)
Mai: Não temos como confiar em quem nos diz ser nossos amigos, Beatriz não era apenas nossa nutricionista, ela não apenas trabalhava pra nós, eu a tinha como uma amiga, criei um vínculo com ela, eu aprendi confiar nela, eu deixei que ela viajasse com o Isac para nossa casa de campo porque eu confiava nos dois, irmã ela me viu experimentar meu vestido de noiva...(ela coloca a mão no rosto e desaba no choro). Maraisa puxa ela e abraça, Maiara abraça a irmã pela cintura.
Mai: Isso dói tanto!. Ela fala com a voz abafada por está com o rosto encostado na roupa de Maraisa.
Alguns minutos depois, Conrado sentou no chão, perto da porta do quarto de Maiara e ficou lá até que ela decidisse falar com ele.  No quarto ela dormia, ainda abraçava a Maraisa que fazia carinho na cabeça dela serenamente.
*Maraisa*
Me dói tanto ver minha irmã assim, me machuca, me destrói, eu posso sentir a dor dela e eu faria o que fosse preciso pra ela sentir menos dor. Até mesmo... Alessandro, será que esse acontecimento realmente tem haver com a superticao que tenho? Será que minha irmã descobriu essa traição porque.. não, foi covardia do Isac, mas será que isso tem ligação com o meu relacionamento com o Alessandro? Aí senhor, o que eu faço agora? Eu não quero abrir mão dele, eu me sinto tão bem com ele, eu não me sinto como um objeto como eu me sentia com os outros, com ele é diferente. Mas talvez o melhor que devo fazer é dá um tempo no nosso romance, pelo menos até Maiara ficar melhor.

...Gente perdoem pelo sumiço, é que vou casar e estou muito ocupada com os preparativos mas vou tentar ser mais presente.❤️

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