Prólogo - A ligação

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Tulipa Potter narrando

Voltar para a casa dos Dursley durante o verão era tão ruim quanto eu imaginei que seria, eles não estavam mais me batendo – acredito que eles tem muito medo que eu de fato os transforme em sapos – mas isso não os impede de me obrigarem a fazer todas as tarefas domésticas da casa. Eu cozinho, lavo, passo, costuro, cuido do jardim e faço qualquer outra tarefa que eles consigam imaginar. O resto do meu tempo eu costumo passar tentando fazer todas as lições de casa que os meus professores deram, mas era muito difícil sem a biblioteca de Hogwarts com uma quantidade infinita de livros para eu pesquisar.

A maioria dos meus amigos eram bruxos de longas famílias de bruxos que tem bibliotecas particulares em casa – mesmo que a de alguns tenha mais livros sobre artes das trevas do que acadêmicos – que pode ajuda-los na lição de casa. Eu teria ficado tentada a pedir que eles me enviassem alguns livros pelo correio coruja, se tivesse recebido alguma notícia deles.

Já é quase o final de julho – quase o meu aniversário – e mesmo com todas as promessas eu não recebi nenhuma carta, absolutamente nenhuma e como não tenho uma coruja eu também não tenho como escrever para eles. Durante o ano eu me senti verdadeiramente querida por eles, nós fizemos tantas promessas e nenhum deles me escreveu, foi quase como se a partir do momento que voltaram para casa eles se esquecessem totalmente de mim.

Além disso eu tenho pesadelos, desde que voltei para casa e parei de tomar a poção para dormir sem sonhos ministrada pela Madame Pomfrey eu tenho pesadelos, eu sonho que estou de volta naquela sala tentando proteger a pedra de Quirrell e Voldemort. Algumas vezes eu sonho que ele me mata, mas na maior parte eu sonho comigo o matando mas então o rosto dele desaparece e é o dos meus amigos que surge, que eu posso matar eles com um único toque e é por isso que ninguém mais quer falar comigo, porque eu sou uma assassina.

Suspiro enquanto sirvo mais bacon para o meu primo Duda, estava servindo o café da manhã para eles, depois de servir todos eu finalmente posso me sentar na mesa e pegar um pão com um pouco de manteiga e um copo de suco, é tudo o que eles me permitem comer. Isso na verdade é mais do que eu tive permissão para comer aqui antes então talvez seja pelo medo de eu transformá-los em sapos, mas depois de meses de excelente alimentação em Hogwarts o meu estomago ainda reclamava.

- Hoje como todos sabem é um dia muito importante – o tio Valter começa a falar entusiasmado – hoje talvez venha a ser o dia em que eu vou fechar o maior negócio da minha carreira.

A dias isso é tudo sobre o que ele sabe falar, ele vai trazer dois clientes para jantar aqui e tentar convencê-lo a assinar um contrato que provavelmente fará ele ser promovido, com isso os Dursley vão comprar uma casa de férias em alguma praia para se divertirem, não que eu vá me divertir se por algum milagre eles me levarem vai ser para me tratar pior do que um elfo domestico. O pior de tudo é que desde que começaram a falar sobre esse jantar a tia Petunia entrou em uma loucura de limpeza maior que o normal , não que ela tenha limpado qualquer coisa, mas eu tive que limpar a casa inteira e as menores coisas que ninguém repara. Eu limpei as calhas de água, encerei o chão, limpei todas as janelas, tive que plantar novas rosas no jardim e mais milhares de tarefas cansativas.

- ....Acho que devemos repassar o programa para o jantar mais uma vez – o tio Valter continuava falando, eu já havia acabado o meu café da manhã e estava entediada – Precisamos estar todos em posição as 20h. Petúnia você vai estar?

- Na sala de visitar – ela disse sem hesitar – esperando para das as boas-vindas como manda a etiqueta.

- Perfeito! E Duda?

Tulipa Potter e a Câmara SecretaOnde histórias criam vida. Descubra agora