Capítulo Um

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(Atenção,  essa história está em construção, estarei tirando alguns dias de férias, portanto, ela poderá demorar um pouco mais a ser concluída, um pouco de paciência, a história está sem revisão)

Inglaterra (Somerset)

Drake...

O cheiro das colinas em volta da propriedade Tuckerton, deveria ser revigorante, mas tudo que desperta em mim, é um certo pesar. Olhando da imensa janela do meu quarto, suspiro, sentindo aprisionado a tudo isso. Sou herdeiro de um título que não ligo, por várias questões, uma delas, é a grande prisão de luxo, que terei que administrar. Eu nunca pedi nada disso, nem entendo essas regras estúpidas da sociedade. Meu pai, o renomado Barão do Café, ainda sente orgulho por carregar seu império, na força de um título. Eu só tenho vinte e quatro anos, um mundo, todo para explorar, em vez disso, meu pai, Haward Cadman, me pressiona para carregar seu título, e cuidar do imenso patrimônio da família. Uma pequena brisa, adentra meu quarto, trazendo o cheiro de terra e mata. Observo quando meu irmão Drew, cavalga ao longo, nas colinas que antes, eram corredores de café. Eu tinha inúmeras questões, sobre o quão relutante sou por tudo isso, bem, talvez o segundo, seja pelo fato, de não cultivarmos mais café. Alguns anos atrás, o negócio de café, quase o ruiu todo o patrimônio da família, meu pai demorou aceitar, que o negócio havia passado de rendável, para insustentável. Agora a fazenda Tuckerton, é autossustentável, com sua própria produção de frutas e vegetais. A fazenda Tuckerton, em Somerset, na Inglaterra, está no mercado por 850 mil libras. Além do plantio de seus alimentos, ela também permite que os moradores tenham sua própria produção de vinho. Isso rendeu muito dinheiro ao meu pai, mesmo assim, não renuncia esse título esnobe.
Ainda de costas, posso ouvi-lo se movimentar, agitado, como sempre.

— Drake, está prestando atenção, em algo que eu disse?

Solto outro breve suspiro, meus ombros se movem, conforme tento respirar, controlando minha frustração.

— Pai, eu sei o discurso completo, tem repetido ele, por anos.

Isso o irrita, mesmo sendo a verdade.

— E, por que não o vejo amadurecer, vinte quatro anos, Drake, eu tinha somente dezoito, quando meu pai passou as responsabilidades para mim.

Esse, era outro discurso repetitivo.

— Também já ouvi, isso, pai.

— Mesmo assim, não se importa com tudo que construir para nossa família.

Esfrego minha testa, estava começando a suar, tentando controlar minha raiva.

— Responsabilidade, sabe o que significa isso, Drake?

— Pai, sabemos que isso tudo não se trata de responsabilidade, mas de uma obrigação, a qual o senhor insiste em passar para mim.

— Dá no mesmo, você é meu filho mais velho.

— Mas, não sou o único, já tentou perguntar ao Drew, aposto que ele ama tudo isso, faria um excelente trabalho.

— Não queira empurrar isso, para seu irmão, sei que tudo isso, seria cômodo para essa sua vida de mochileiro.

— O senhor não teve escolha, pai, eu tenho, e não estou preparado para isso.

Ouço seu respirar carregado de fúria, antes de se virar e sair batendo a porta. Eu sabia que esse silêncio, estava cheio de ameaças e logo eu descobriria, claro que pretendia me mandar antes disso.

***********

Respirei o ar fresco, das colinas, olhando tudo a minha volta, gravando aquela imagem na minha mente.

— Tem certeza, Drake?

Drew se aproxima, parando ao meu lado.

— Tenho, o papai, nunca me deixará escolher.

Ouço meu irmão suspirar, podia notar o som de lamento.

— Ainda acho, uma loucura.

Sorrindo, toco de leve em seu ombro.

— Eu preciso disso, Drew, não quero nada disso para mim.

Gesticulo em volta da imensa propriedade.

— Sei, que fará um ótimo trabalho e com o tempo, papai perceberá que você ama tudo isso, é você que deve tocar esse negócio.

Meu irmão arqueia uma sobrancelha.

— Você quer dizer, nosso negócio, isso é tudo da família.

— Eu sei disso, por isso não há dúvidas, de que você é o melhor.

— E quando pretende voltar?

Dou de ombros, não fazia ideia de quando parar, apenas que precisava começar essa busca pelo mundo.

— Não sei, mas ligarei sempre, prometo.

Drew abre um sorriso.

— Vai deixar Jade, desesperada.

Deixo um sorriso se erguer.

— Ela não será a única, acredite.

Meu irmão revira os olhos.

— Óbvio que não, provavelmente, muitas camas, se sentiram vazias.

Deixo uma risada escapar, meu irmão me acompanha.
O que podia fazer, eu era um excelente amante, o verdadeiro ápice do prazer na Cama, pelo menos era assim que todas me titulavam, com exceção de Jade. Para ela, eu era o Mister prazer, um título que me agradava. Sempre fui um, cara musculoso, olhos verdes, um cabelo sedoso, maxilar quadrado e lábios assimétricos. Com meu um metro e oitenta e cinco, tinha uma presença intimidadora. Nunca tive problema para me relacionar. Não sou pretensioso, sou um, cara que sabe interagir. Vejo esses patetas, com suas investidas grotescas, e sinto repulso imediato. Uma mulher não se trata de uma presa, ou um simples pedaço de carne, ela é como uma flor, num imenso jardim, às vezes só precisamos podar as ervas daninhas, cuidar, ouvir com atenção, no final, teremos uma linda flor, desabrochando para você, exalando seu perfume, que impregna, fazendo cada parte do corpo, queimar. A maioria desses cretinos, não conseguem entender a verdadeira essência, estragando nossa imagem com suas investidas arrogantes. Eu, por outro lado, sempre fui um, cara, cheio de charme, nos meus vinte quatro anos, nunca tratará ninguém com desrespeito, nisso, eu e meu irmão, somos agraciados com uma boa educação. A verdade, é que tenho vivido tanto tempo, seguindo as regras, que agora tenho essa necessidade de me libertar, não estou dizendo, que serei um cafajeste, nunca, estou me referindo as regras impostas por meu pai. Sua obsessão, por um título e negócio da família, o tornam um carrasco. Me sinto torturado a todo momento, com ele repetindo, isso é meu dever, minha responsabilidade. Estou cansado, tudo que quero é explorar o mundo além dessas terras, sinto que há algo me esperando, não consigo explicar, apenas sinto.

Mister PrazerOnde histórias criam vida. Descubra agora