Drake...
Sabem o que dizem, sobre a calmaria antes da tempestade, bem, é a mais dura de todas às vezes. Nos últimos dias, eu estava curtindo de verdade a mulher que amo, mantendo minha calma a pedido de Jake. Não confrontei e evitei Molly diariamente o quanto pude, bem, pelo menos até esse exato momento de merda.
— Que porra você esta fazendo aqui?
Seus olhos parecem lançar faíscas ao me encarar.
— Que palhaçada é essa, Drake. Uma casa, na cidade?
Pelo visto, Jake já havia entrado em contato com ela. Eu queria minha casa e ela teria que, deixa-la. Eu já havia procurado um lugar perfeito para ela, não havia porque reclamar.
— Estou fazendo, bem mais do que você merece, e têm sorte, por ser mãe do Dean.
Ela endireita sua postura, se tornando ameaçadora, era difícil ela conseguir manter aquele pose angelical, não após revelar sua verdadeira face.
— Então, somos dispensáveis agora, eu Dean.
Deus me ajude, ou acabaria fazendo uma grande merda. Eu havia prometido ao Jake que manteria minha compostura, mas estava começando a ficar difícil.
— Molly, eu não sei o que passa nessa sua cabeça, mas eu não devo nada a você. Pelo amor de Deus, não somos um casal e nunca vou abandonar o Dean, sou o tio dele.
— Pensei que seríamos apenas nós três, mas você está estragando tudo.
A definição de loucura, será haver alguma que se encaixasse melhor que essa. Molly estava completamente fora da realidade.
— Sério, Molly, você precisa de ajuda, estou tentando pegar leve, porque não quero que o Dean sofra.
— Dean, ele vai sofrer, isso é inevitável e a culpa é toda sua.
Eu sabia que ela usaria Dean contra mim, mas não permitiria.
— Eu preciso trabalhar, Molly.
Ela bate o pé, como se fosse uma criança mimada, mas antes de ir, se vira e cospe suas ameaças.
— Isso não vai ficar assim.
Depois se vai, me deixando aqui com esse peso. Molly havia com toda certeza, estragado meu dia, trabalhar foi quase impossível.
Jake chega alguns minutos depois que Molly se vai, ainda estou uma pilha.
— Eu deveria perguntar, como estão as coisas, mas pelo seu rosto, faço uma leve ideia.
— Ela está louca, isso é incontestável.
— Ela não aceitou bem, a notícia da casa, presumo que seja isso.
Queria que fosse apenas isso, mas Molly estava realmente ultrapassando todas as barreiras da insanidade.
— Ela não está aceitando nada. Na Sua cabeça, ela pensa que tivemos ou temos algo, ou usa Dean para me atingir.
— Precisa tomar logo uma atitude, Drake, ou nunca poderá ter uma vida com Emanuelle.
Minha cabeça gira e meu peito se afunda, apenas de imaginar que algo acontecesse, me tirando a mulher que amo.
— Preciso provar para Emanuelle, que Molly é louca, aliás, preciso provar para todos.
— Você agora, tem o apoio dos pais dela.
Sim, mas havia algo que estava me assombrando.
— Preciso saber, se o que ela disse sobre a gravidez, seja somente uma loucura dela.
— Porra, eu havia me esquecido disso.
— Quem me dera! Esquecer dessa merda, mas não consigo, está me assombrando.
— Ok, mesmo que for verdade, o que ela fez, te drogando, é crime.
— Isso vai ser o inferno na minha vida, Emanuelle nunca vai compreender essa loucura, nem eu consigo aceitar toda essa merda.
— Antes de entrar em total desespero, precisa arrasta-la até um médico.
Jake tinha razão e quanto mais rápido eu fizesse isso, melhor seria.
Eu estava pronto para encerrar meu dia, quando meu pai, inventa de dar o ar da sua presença.
— Já estou de saída.
Eu estava mesmo disposto a sair sem aborrecimento, mas meu pai estava com seus próprios planos.
— Até quando, Drake?
Paro no lugar, aperto os punhos tentando me conter.
— Do exatamente está se referindo?
Ele arruma sua pose, o olhar carregado de soberania, os olhos frios como Icebergs.
— Não se faça de desentendido, sabe ao que me refiro, ou melhor, a quem me refiro.
— É melhor, o senhor nem começar, ou poderá se arrepender e muito.
— Se arrepender, eu, você acha mesmo que já não estou acostumado a me arrepender de tudo que de trata em relação a você.
Parece que todos decidiram deixar as máscaras caírem. Por um longo tempo, eu me culpei por todas as minhas escolhas, acreditando piamente, que fui um egoísta, mas agora, olhando bem para o senhor perfeição aqui na minha frente, percebo que a única escolha errada, foi voltar para esse lugar, tentar me encaixar no meio disso tudo, somente para não decepciona-lo.
— Sabe, eu passei muito tempo me culpando, me deixando cegar. Eu realmente acreditei que estivesse sendo egoísta, mas isso finalmente passou e foi tudo graças a você, Barão.
Ele franze a testa, mas se mantém inabalável, uma verdadeira figura com a alma da nobreza, respirando soberania e soprando arrogância na cara de todos.
— Claro, porque esse sempre foi você, um moleque que nunca soube o que é ter responsabilidade, ficou esse tempo todo bancando um homem de família, no lugar do seu irmão, mas até isso pesou, pensa que não sei, Molly me contou que a mandou sair de casa.
Não dá, eu tentei com todas as minhas forças, mas isso, era o limite. Me viro e o encaro.
— Desde quando, você se importa com a Molly, você sempre foi contra eu ajudá-la, que porra de hipocrisia é essa?
— Ela, pelo menos eu sei ser a mãe do meu neto, e não uma aventura qualquer...
Avancei na sua direção, meu sangue fervilhava em minhas veias.
— Não ouse falar de Emanuelle, você não sabe nada sobre ela, nunca soube nada sobre Drew e nunca soube nada sobre mim. Porque seu egoísmo, e toda essa sua pose de soberano, dono da razão, é a única coisa que lhe importa, Barão. Você nunca soube se quer ser a porra de um pai.
— Eu sempre trabalhei duro, para dar uma vida para vocês, mas você nunca entenderá o verdadeiro valor do trabalho, de tudo que conquistei.
Era o fim, não havia como prosseguir por aqui.
— Fique com a porra do seu patrimônio, do seu título esnobe.
Me viro e saio.
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Mister Prazer
RomanceIremos conhecer, Drake Cadman, um herdeiro pouco convencional. Drake se ver preso, no mundo dos negócios e título da sua família, sendo o filho mais velho do Barão do café, Haward Cadman. Ele se vê numa pressão constante de seus pais, para se casar...