O Ar

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Do nada uma rajada de vento abriu a janela do meu quarto e bateu com a porta. E foi aí que eu senti uma comichão enorme no braço. Era o 3o elemento...

Toda a gente veio a correr ver o que se tinha passado. Apenas Olharam para o meu pulso e perceberam.

-Tenho que ligar à Hannah! - A Paty gritou do nada é saiu.

-Quem é a Hannah? - perguntei.

-Uma amiga dela. - A minha mãe respondeu.

-Du? - ele olhou - Também te apareceu a marca?

-Não, essa não. - ele sorriu - Digamos que eu estava a beber água e ela saiu do copo sozinha.

Eu ia responder alguma coisa mas a Patrícia entrou:
-Lena e Du, vamos, temos de estar daqui a 10 minutos à frente da fonte do Parque das Rosas!

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Já no parque avistei o Romeo e uma adolescente que aparentava 16 anos, de olhos azuis e com metade do cabelo azul e a outra rosa, mas em vez de estar dividido na horizontal (metade de cima azul e a de baixo rosa) estava na vertical.

Eles acenaram-nos e nós aproximámo-nos.

-Hannah! Estes são os os meus primos: Du e Helena. Du e Lena, esta é a Hannah, uma amiga minha.

-Prazer - ela disse e eu sorri.

-Hannah, a Helena acabou de descobrir o ar! Ninguém na nossa família o controla, e por tanto pensei em pedir-te ajuda.

-E o que é que eu recebo em troca? - ela deitou a língua de fora deixando óbvio que estava a brincar.

-Recebes a amizade dos "escolhidos".

-O quê? Nãooo podeeeee - ela quase gritou. - É claro que ajudo! Eu ia ajudar de qualquer das maneiras, mas assim ainda é melhor!

O Du ficou com a Paty para treinar a água e eu segui com a Hannah para um local mais fechado onde não corria tanto o vento. O Romeo seguiu-nos.

-Então, Helena, certo?

-Sim, mas podes chamar-me de Lena.

-Certo, então, o ar é um elemento nada complicado. Além disso, tem muitos benefícios. Por exemplo, conseguimos trazer objetos até nós sem lhes tocar e sem telecinese. - Nós rimo-nos os três. - Para o controlares pela primeira vez tens de--- - eu interrompi-a.

-Como assim, "Pela primeira vez"?

-Hã? Haa! Não te tinham dito? Só precisas dos sentimentos para usares os elementos nas primeiras vezes. Depois disso já não. Como achas que se faria numa situação de conflito? Seria difícil arranjar sentimentos diferentes para cada elemento no momento certo...

-Não tinha pensado nisso...

-Continuando, para o ar precisas de um sentimento de tristeza ou confusão. Mas ouvi dizer que o vento que provocas-te foi muito forte, por isso penso que estivesses confusa e triste ao mesmo tempo. Certo?

Eu não queria responder à frente do Romeo, somos amigos há bastante tempo, mas não me queria sentir fraca ao pé dele.

-Eu vou ver como o Du se está a sair. - o Romeo falou, deu-me um sorriso e afastou-se. Ele conhece-me muito bem e eu sei que ele sentiu que eu não queria que mais ninguém ouvisse. Agradeci-lhe mentalmente por isto.

-Estava confusa porque estava a ler um livro de filosofia e triste porque não há nenhum registo de guerras que se tenham saído vitoriosas para os bruxos "escolhidos". - disse devagar e com lágrimas a quererem fugir.

-Não te preocupes...! Toda a minha família é bruxa e todos te apoiamos e eu sei que existem muitas pessoas que pensam o mesmo que nós. Estamos aqui para te apoiarmos e ajudarmos, Lena. - A Hannah abraçou-me forte. E foi aqui que eu percebi que ia poder contar com ela para tudo, tal como contava com a minha prima, com o Du e com o Romeo. Antigamente não tinha muitos amigos. Ninguém queria ser visto com a nerd. Mas agora tinha tantos do meu lado que eu até ficava comovida.

Começamos o treino. Ela tinha razão. O ar era fácil de controlar, e por isso em menos de 1 hora eu já tinha acabado a minha "lição".

Já produzia rajadas de vento fortes e brisas fracas, e conseguia, pelas palavras de Hannah, trazer objetos até mim sem telecinese.

Numa tarde eu já me tinha conseguido tornado próxima dela. Por volta das seis horas fomos ter com o resto do pessoal. Quando nos aproximámos, o Romeo deu-me um abraço de lado e eu fiquei-lhe grata.

O Du estava muito contente consigo mesmo e a Paty estava orgulhosa com o seu trabalho como "professora". Estava uma vibe muito boa, mas tivemos de voltar para casa para não preocuparmos as nossas famílias.

Já em casa, à noite, depois do jantar, tomei um banho, vesti um pijama, e sentei-me no parapeito da minha janela. Peguei no meu material de desenho. Há muito tempo que não desenhava nada, então decidi reproduzir em papel a vista a partir dela.
Senti-me relaxar e quando dei por mim já eram dez horas e meia e fui deitar-me. Pela primeira vez em um mês, adormeci em 5 minutos e tive um sonho calmo.

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No dia seguinte acordei tarde e desci ainda sonolenta. Estavam todos na sala, até a Hannah. Todos pareciam aliviados e contentes com algo.

-Posso saber o que se passa para estarem todos aqui? - perguntei.

-Lena, nem sabes! - a Hannah respondeu-me logo.

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Hello,
Então aqui conhecemos a Hannah. Aaaaa, as amizades que a Helena está a construir (ou reencontrar) são bonitinhas🥺🥺🥺
Até ao próximo capítulo,
Bye---

O Irmão PerdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora