Ouvi outro grito e quando nos virámos estavam 5 bruxos rivais na casa a tentarem ferir o máximo de inimigos possível.
Dei uma rápida última olhada nas pegadas, para não me esquecer da sua forma e dos detalhes (já contei que tenho uma ótima memória fotográfica?) e corremos o mais rápido possível de volta.
Lá estavam os nossos inimigos. Não dava para lhes ver a cara. Eles tinham uns fatos estilo ninja.
O Du foi o primeiro a agir: tentou acertar-lhes com fogo, mas como precisávamos ter cuidado para não incendiar a casa, não chegámos a lado nenhum com isso.
Eles eram 5, e, apesar de serem bons, na casa ainda estavam cerca de 15 pessoas do nosso lado, sendo que estávamos em maioria. "Pensa, Lena, Pensa..... Terra! É isso..." Olhei para a minha mãe. "Bem, vamos ver se a telepatia sempre funciona."
Ela pode não me responder, mas pelo menos "ouvir" o que eu digo tem que conseguir. Tentei contar-lhe o meu plano e ela pareceu entender. Olhei, para o Du e ele acenou que sim. Ótimo, eles perceberam. Contei mentalmente até três e prendi um dos bruxos com raízes nos pulsos e tornozelos, virando-lhe as mãos para cima de modo a não, conseguir lançar magia nenhuma. O Du, a mãe e outras 2 mulheres que também controlam o elemento da terra fizeram o mesmo, imobilizando os rivais. Um homem que eu ainda não conhecia queimou algumas zonas dos braços e das pernas dos atuais "prisioneiros" e a Paty tratou de lhes sufocar um pouco fazendo bolhas de água em volta das suas cabeças. Quando já estavam fracos soltámo-los, mas num período de tempo de um segundo eu, o Du e a Hannah empurramos os encapuzados para o meio da floresta com ventos fortes, de onde não sairiam tão cedo tendo em conta o tamanho do mato.
Corri até aos feridos e ajudei nos curativos.
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Uma hora depois o ambiente já não estava tão pesado e as pessoas começaram a subir para os quartos da casa. Quem estava magoado teria de ficar de repouso e os bruxos que lutaram escolheram ficar na habitação para a defender em caso de novo ataque, fazendo turnos de vigia.
Eu, o meu irmão, prima e melhor amiga ficamos num quarto juntos, mas não conseguimos dormir, decidindo fazer uma direta.
-Como acham que descobriram a casa? Quer dizer, era um esconderijo, não, era? - nem me preocupei em levantar os olhos do livro que estava a ler. Já era a 3a vez que a Hannah fazia a mesma pergunta.
-Se era já não é. Se descobriram esta localização é porque têm algum espião... Aqui não há rede, então não poderiam encontrar-nos rastreando aparelhos eletrónicos... - a Paty respondeu.
-E as pegadas? Nós estávamos a seguir pegadas, o que quer dizer que estava alguém à nossa frente! Como é que voltaram para trás para atacarem sem nos dar-mos conta???
-É simples. Não voltaram. - pronunciei-me pela primeira vez.
-Ah, claro, então sugeres que aqueles loucos apareceram assim do nada, para nos atacar enquanto nós olhávamos para pegadas causados por supostos animais com calçado? É isso?
Revirei os olhos, marquei a página onde ia e fechei o livro.
-Não. Eu tenho uma teoria, que, felizmente, é muito mais realista do que a tua.
-E essa teoria resume-se a? - Du questionou.
-Quem nos atacou não veio da direção em que estávamos. Nós dirigiamo-nos para norte e, de acordo com os meus cálculos, os encapuzados vinham de sudoeste. Nós seguimos o rasto de alguém que nos espiou, mas com uma intenção diferente. - falei firme. - E eu sei quem é esse alguém.
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Romeo pov:
"Não Não Não Não Não Não Não Não..." Isto não podia estar a acontecer....
Para começar, minha família obrigou-me a participar numa reunião com outros bruxos e bruxas que não apoiam os escolhidos, em seguida tive que mentir para os meus melhores amigos dizendo que era uma reunião familiar e para terminar estavam a planear um ataque....
Nunca me deram muitas informações, mas eu sabia que eles não poderiam fazer muito mal. Não conhecem a localização do Esconderijo, certo? Errado. Um espião duplo qualquer de nome Vincent conseguiu infiltrar-se lá, obter informaçoes e agora estão já a arquitetar um plano.
Como eu queria desaparecer por alguns dias....
Estava eu perdido em pensamentos quando alguém que eu não me dei ao trabalho de decorar o nome finalizou a conversa:
-Então, os cinco que eu escolhi irão na frente para atacarem, os outros três ficarão mais na trás, na floresta, para auxiliar caso seja necessário, e os dois de vocês que se oferecerem primeiro ficarão escondidos para irem relatando por telefone o que acontece. Entenderam? - todos assentiram em concordância. - Então do que estão à espera? Vão!
Os meus pais ficaram com o resto das pessoas de não teve nenhum papel no plano e eu fingi que não me estava a sentir bem para poder ir "para casa".
Saí daquele lugar horrível e escondi-me no fundo da carrinha que nos levaria para o Esconderijo.
(1h depois)
Acordei com um solavanco da carrinha. Percebi que a estrada já não era de alcatrão. Não fazia ideia de há quanto tempo estávamos naquele veículo, nem quanto tempo faltava para chegarmos ao, destino, mas deduzi que já passava da meia noite.
Estava quase a adormecer de novo quando senti a carrinha parar. Todos saíram de lá em completo silêncio e dirigiram-se para os seus postos. Verifiquei se não tinha ninguém perto, e quando vi que a costa estava livre saltei para fora.
À primeira vista só consegui ver silhuetas de árvores, mas, ao me habituar à escuridão, consegui ver luzes ao longe. Não sabia bem o que fazer, mas precisava garantir que a Helena estava bem. Aproximei-me da casa e escutei algumas conversas. Eram a Lena, a Patrícia, o Du, a Hannah e outras duas pessoas que eu não conhecia.
Escondi-me atrás de uma das árvores e espreitei. Não conseguia ver muito por causa da distância e tentei escolher uma árvore mais à frente. "Ai meu Deus. A Lena viu-me"... Corri pelo meio do arvoredo até chegar ao outro lado da cabana e vi nada mais, nada menos do que um dos amigos da minha família que tinha sido escolhido para o ataque a torturar uma mulher nova, que aparentava ter 20 e poucos anos.
Ele não tinha o direito de fazer aquilo! Corri em socorro dela e libertei-a das mãos do maluco a tempo de correr de novo para me esconder na escuridão.
Uns minutos depois ouvi barulhos. Alguém me tinha seguido. Sussurraram algo que eu não entendi, e só quando decidi espreitar é que percebi que eram os meus amigos. No momento em que me preparava para lhes dizer alguma coisa ouviu-se um grito e em poucos segundos já estava de novo sozinho.
Eu não os podia deixar sozinhos! Mas também não podia fazer nada.... Se os meus pais descobrissem era uma vez o Romeo...
Eu teria de confiar nos dotes mágicos dos meus gémeos favoritos... Voltei para a carrinha e escondi-me pensando no que poderia fazer para os ajudar anonimamente.
1 h e 34 min mais tarde a viatura estava de novo a andar.
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Oiie,
Finalmente actualizei, né?😅
Não sabia o que escrever...
Aviso que não revi o capítulo e portanto pode conter erros.Até ao próximo,
Byee--
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O Irmão Perdido
FantasyHelena, uma menina de 14 anos que em breve fará os 15, que adora ler e desenhar sempre acreditou ser filha única e uma adolescente normal até ao dia em que conheceu o seu irmão gémeo e desenvolveram capacidades sobrenaturais como o resto da família...