29- E agora? Satisfeita?

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Com o passar da semana, os pontos de Noah foram se cicatrizando, mas não sei ao certo o que eu sentia sobre aquilo.

Realmente, Noah me chamou de puta - duas vezes -, vadia, e entre outras coisas. Para falar a verdade, eu nem me importava com isso, mas ele chamou.

Gabrielly, ele está sendo super fofo com você... antes era só sexo, mas agora tenho minhas dúvidas. - A safada falou.

- Cale a boca. - Resmunguei.

- Falando com quem? -Sina falou da porta do banheiro.

- Eu? Não, com ninguém. - Falei saindo e me deitando na minha cama.

Respirei fundo. Era difícil continuar no quarto de Heyoon e Sina sem querer desistir do plano. E talvez, eu faria isso, com elas, Josh e Bailey. Com Noah já não sei.

Heyoon, Sina, Josh e Bailey foram meus amigos por três anos... me sentia um pouco culpada por estar fazendo isso com eles.

Exato, para com essa merda. - A estressada falou.

Mas eu faço parte dos canibais agora. Não dá pra voltar atrás.

Desisto. - A racional falou.

VAI TOMAR NO CU! - A estressada ralhou comigo.

Revirei os olhos.

Ouvimos batidas na porta e Verônica foi atender.

- Noah, oi! - Ela cumprimentou moreno com um abraço com o qual ele retribuiu.

- Noah? O que faz aqui em um sábado de manhã? - Falei rindo, indo até ele.

Ele puxou minha cintura e me deu um beijo. Senti o mesmo gosto de maconha de sempre. Ele fumava o tempo todo, por que ele nunca fedia a maconha?

- Vai dar namoro isso aí. -Sina riu.

Mandei o dedo do meio para ela, enquanto aproveitava da boca de Noah.

- Vem, quero te mostrar uma coisa. - Ele sussurrou. - Tchau meninas. - Falou para Heyoon e Sina, me puxando para fora e fechando a porta do quarto.

- Como estão os pontos? - Perguntei.

- Cicatrizando. - Ele falou me levando pelo caminho até seu quarto.

Quando chegamos lá, havia uma caixa de presente mediana em cima da cama.

- O que é isso? - Perguntei com um sorrisinho.

- Um abacaxi, não tá vendo? - Ele resmungou.

- Engraçadinho. - Falei.

- Abre logo. - Ele riu.

Fui até a cama dele e peguei a caixa. Abri o laço com cuidado. Os olhos de Noah brilhavam.

Haviam... papéis?

- O que é isso? - Perguntei confusa.

- Abra um deles. - Ele disse com um sorrisinho.

Fiz o que ele falou e peguei um dos papéis para abrir. Reparei que ele estava um pouco amassado mas relevei.

"Não consigo esconder,
meus olhos
sempre pousam
sobre você
admirando
seu sorriso e
seu rosto angelical."

Franzi o cenho.

- Acho que já li isso antes. - Falei.

Ele deu um sorrisinho.

- Eu sei. São os poemas que te entreguei. Todos.

Arregalei os olhos. Realmente haviam alguns colados com fitas, e amassados.

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