Sex Burn

20- Proposta

Maratona (03/10)

Quando cheguei na sala, Noah estava sentado no nosso balcão. Os demais alunos já haviam chegado também.

Me sentei ao lado dele. Em cima da mesa, havia uma pilha de livros com no mínimo 700 páginas cada um. Noah lia um deles que tinha o título "Medicina avançada vol.8" concentradamente.

Por que caralhos ele lê essas coisas?

- Noah... você tá bravo? - Perguntei confusa, mas ele não respondeu. - Noah, olha, eu sei que você... - Antes que eu pudesse terminar de falar, ele me interrompeu.

- Gabrielly, não sei se você percebeu, mas eu estou lendo. - Ele falou sem tirar os olhos do livro. - Não gosto que me interrompam enquanto estou lendo.

Fiquei calada. Ele era grosso demais!

O professor entrou na sala e parecia extremamente animado.

- Prontos para a simulação de hoje? - Ele perguntou.

A turma respondeu positivamente.

- Me acompanhem. - O professor disse saindo da sala.

Urrea fechou seu livro e se levantou, assim como os outros alunos.

Andamos por literalmente umas meia hora, nos afastando totalmente da faculdade. Paramos em frente um muro gigantesco, que parecia ter uns 20 ou 30 metros de altura. Nele haviam dez portas.

- Nessa simulação, vocês entrarão em um labirinto. Ele foi especificamente inspirado no filme Maze Runner. Dentro dele há criaturas robôs, elas tem partes de cor verde neon onde são sensíveis ao laser. - O professor falou.

- Laser? - Perguntei.

- Sim. - Ele respondeu. - Cada dupla receberá duas pistolas lasers, e um colete com um círculo da mesma cor verde neon. Se encontrarem outras duplas, os eliminem atirando nesse circulo verde! O objetivo de vocês é chegar ao final do labirinto sem serem pegos.

Dois seguranças passaram nos entregando as pistolas e os coletes

- Quanto mais criaturas matarem, mais pontos ganham. mas eu não arriscaria trombar com uma delas se fosse vocês. Se vocês fracassarem, seus coletes ficarão vermelhos e serão tirados do labirinto. Agora, escolham uma porta.

Noah foi imediatamente para a última porta, do lado esquerdo.

- Por que você sempre vai pelo canto? - Perguntei.

- Não sei, parece me parece uma boa ideia, só isso. - Ele respondeu, seco.

- Vocês terão até às oito da noite para cumprirem a simulação, boa sorte! - O professor falou e as portas se abriram.

Todos correram para dentro, mas Noah me impediu. Entramos andando bem devagar. Aquele lugar era um dos mais assustadores que eu já havia estado.

O dia estava nublado, o que deixava tudo mais macabro ainda. As paredes eram tão grandes que faziam você se sentir em uma prisão, haviam vinhas crescendo por todo lugar.

As paredes eram feitas de blocos de pedra, que estavam muito úmidos, por sinal.

E o silêncio... era sinistro.

- Vamos andar bem devagar. -Noah falou em tom baixo. - Temos onze horas dentro dessa merda, desespero e pressa não vão ajudar.

- Você tá bravo? - Perguntei.

Ele bufou.

- Não quero falar sobre isso.

- Como assim? - Perguntei indignada. - Quero saber qual foi a do seu mini chilique ridículo!