45- Quero você comigo

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- Noah... minha barriga está queimando. - Any falou.

- Eu sei, eu sei... vai passar. - Falei acariciando seu rosto.

- Noah... o que eu faço agora? - Josh me chamou.

Olhei para minha camisa na qual ele pressionava levemente na barriga de Any. Ela era branca, mas estava completamente encharcada de sangue, havia ficado toda vermelha.

- Tira sua camisa. - Falei pressionando a barriga de Any enquanto ele tirava.

Ele me entregou e eu a coloquei por cima da minha.

- Continua pressionando. - Falei pra Josh.

- Não vai tirar a camisa ensanguentada? - Ele perguntou.

- Não, vai ajudar na coagulação do sangue. Deixe ela aí. - Falei e ele assentiu com a cabeça.

- Noah... eu vou perder os bebês? - Any sussurrou para mim, chorando.

Engoli seco.

- Não sei, meu amor... - Falei limpando as lágrimas de seu rosto. - Você vai ficar bem, a ambulância já deve estar chegando.

E realmente estava. Não demorou cinco minutos pra que chegassem lá e socorressem ela. Entrei com ela na ambulância enquanto Josh, Sina e Heyoon teriam que ir para lá de Uber.

Os paramédicos ligaram os aparelhos aos batimentos cardíacos dela enquanto corriam para o Hospital.

Enquanto o paramédico anotava algo na caderneta, percebi que o nariz de Any começara a sangrar.

Me levantei rapidamente, verificando a temperatura da pele, gelada. Suas pupilas dilatadas. Ela estava paralisada.

- Precisamos virá-la de lado. - Falei para o paramédico.

- Como é? - Ele arqueou as sobrancelhas.

- O nariz dela está sangrando, ela está entrando em estado de choque. - Falei tentando não me desesperar.

- Ela não está em estado de choque. Os batimentos cardíacos estão normais. - Ele falou, dando de ombros.

- A frequência cardíaca alterou. Estava em 86 e agora está em 86.3. - Falei já perdendo a paciência.

- Afaste-se dela, garoto.

- Você vai matá-la. O nariz dela está sangrando e ela vai sufocar! - Falei. - Precisa virá-la de lado!

Os batimentos cardíacos dela começaram a aumentar. Sem pensar duas vezes peguei um balde e a virei de lado.

Antes que o paramédico pudesse reclamar, Any tossiu sangue, conseguindo respirar novamente.

Lancei facas pelos olhos para o paramédico, que ficou calado.

Continuei deixando-a de lado. Ela estava tremendo.

- Pegue um cobertor. - Falei e o paramédico fez o que eu pedi.

A cobri, mantendo-a aquecida até chegarmos ao hospital.

Retiraram Any da ambulância com urgência, a levando para dentro do hospital. Corri atrás.

- Não temos médicos disponíveis, ela vai ter que esperar! - O médico discutia com uma enfermeira.

- Ela está morrendo! - A enfermeira berrava.

Fui até lá, puxando a gola do médico e o encostando na parede.

- Porra, ela tá carregando os meus filhos! - Berrei com ele. - Se não arranjar um fodido médico de plantão, eu juro que vou te caçar até no inferno! - O soltei e ele engoliu seco.

Sex BurnOnde histórias criam vida. Descubra agora