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Katsuki Bakugo...

Á escuridão já estava presente em minha vida a um bom tempo, ter esperanças ou algo do tipo... não passava de um mero luxo a aqueles que ousam se apegar, que ousam amar...

Provavelmente passava das 1h da manhã quando eu fora enxotado para fora do bar, motivo... bom digamos que eu não precise de altas doses de corote para explodir tudo que admitir ficar em meu caminho.

Com os sentidos ainda embaralhados e alguns ferimentos expostos, me arrasto até uma lixeira na esquina e ali permaneço, bebericando o resto da garrafa de whisky e me torturando mentalmente por ainda estar vivo, por ainda ter forças... Mas o que mais eu poderia esperar de um derrotado, de um covarde como eu.

Chega a ser engraçado... porque raios continuo lutando se não me resta mais nada.

- Sabe... eu esperava mais de você.- Repentinamente uma silhueta se aproxima de mim. Talvez seje por conta do álcool, ou até mesmo minha falta de sanidade, mas por um instante, jurava ter visto um fantasma do passado.- O quê... Vai me dizer que não reconhece um velho amigo?!?

- VÁ EMBORA, PORRA!!!- Atordoado, jogo a garra em sua direção, todavia o indivíduo apenas se diverti com a minha reação deplorável.

- Estouradinho como sempre...- A figura sorri.- Não é mesmo... K-A-C-C-H-A-N!

- QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA ME CHAMAR DISTO, HEN?!?!?- Esbravejou perdedo o pingo de compostura que ainda me restará.- QUER MORREE?!?!?- A este ponto eu já encontrava-me de pé, em posição  de ataque e disposto a acabar com este sofrimento de um vez por todas.

- V-você realmente... quer dizer...- Noto ele suspirar pesadamente.- Se é isto que você quer, então iremos lutar!

Não tive muito tempo para se quer reagir. Mesmo que meus instintos gritassem para continuar explodindo tudo ao meu redor... O desgraçado fora mais rápido, e com um subto e inexplicável trovão verde, praticamente fui arremessado a anos luz do chão.

Mesmo que minha mente gritasse por mais, o meu próprio corpo claramente não estava em condições... entretanto, confesso que a anos eu não vinha me sentido tão vivo. Estar a beira da morte era mais extasiante do eu poderia me recordar... Talvez esta seje a razão de tudo.

-... Qual a graça?- Ele questiona me levantado pelo colarinho da camisa.

- TERMINE LOGO!!! TERMINE LOGO!!!- Sorrio sadicamente ao bater em meu próprio peito, praticamente implorando pelo fim.- SE NÃO ACABAR AGORA... EU MESMO FAÇO!

Uma forte explosão ecoou por toda a vizinhança, e de certo modo, uma grande parte minha rezava para que enfim fosse o meu fim, mas para o meu espanto, o sujeito ainda estava lá, abraçado a mim, me protegendo do mal no qual eu mesmo havia causado.

- D-Deku... de merda!- Digo com falta de ar ao tentar me alto sobreaquecer e quase explodir todo o centro.

- É pra isto que servem os amigos.- O escuto minutos antes do meu corpo se entregar a exaustão total.

[...]

De supetão, desperto atordoado... perdido e talvez até desacreditado com o sonho que eu claramente vinha desejando a um bom tempo, entretanto, ao me deparar em uma luxuosa cobertura a beira da praia...

- Droga!- Adimito passando as mãos no cabelo.- Aquilo não fora a porra um sonho!

- Não, não fora.- Um Deku extremamente calmo e bem vestido invadia o quarto, enquanto que eu ainda permanecia desnudo ao pé da cama.

50 Tons de BNHAOnde histórias criam vida. Descubra agora