Capítulo 37

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Mesmo irritada com a presença de Ximena eu não desanimei, e estava disposta a fazer uma festa de Natal.
Deixei William encarregado de deixar seus capangas somente no pátio, eu queria que fosse uma surpresa para eles.
Consegui arranjar dois garotos a quem fiz uma lista das coisas para comprar, onde tinha incluso coisas típicas do Natal como panetone, peru, salpicão, rabanada, e claro uma árvore de Natal que eu montei correndo e também comprei presentes para todos, sendo uma camiseta para cada homem, como Lagarto me ajudou demais eu lhe comprei uma corrente de prata com o pingente de uma metralhadora que achei a cara dele, e para William um belo relógio de ouro branco, um que eu havia visto em um panfleto. Bom... Tudo foi com o dinheiro dele, mas tudo bem ele supera.
Quando terminei de arrumar tudo o relógio já marcava 21:00h, eu dei uma afastada para olhar de longe e a decoração estava tão linda, ficou um ambiente tão acolhedor que foi impossível não sorrir, a enorme mesa de guloseimas dava água na boca, a árvore de Natal e os presentes embaixo crescia os olhos de qualquer um, as várias luzes piscantes coloridas dava o toque final, eu estava muito satisfeita com o resultado.
Depois de pagar os dois garotos que me ajudaram segui para o quarto para poder me arrumar, tomei um rápido banho e vesti um macacão vinho que tinha um decote bem saliente, essa noite sem dúvidas iria render mais tarde. Fiz uma maquiagem simples e passei um forte batom vermelho nos lábios.
Assim que fiquei pronta pedi para que os chamassem, todos estavam meio cabisbaixos, e com um olhar cansado, mas assim que notaram a "festinha" vi um brilho no olhar de todos, William passou pelos rapazes e caminhou até mim com um sorriso enorme antes de me abraçar.

- Está lindo, lindo...

- Que bom que gostou. - Falei o beijando.

- Tem festinha e ninguém me avisou? - Disse Ximena aparecendo do nada.

- Poxa, esqueci de te enviar um convite.

- Para vocês duas, vamos aproveitar essa festa. - Falou William sorrindo e chamando os homens para comer. Eles praticamente correram até a mesa e começaram a se servir, eu peguei um prato com algumas coisinhas e me sentei no balcão ao invés da mesa, eles comiam e conversavam animadamente, e aquilo me deixava bem feliz.

- Obrigado, senhora. - Disse Derrick, ele era um dos capangas mais novos de William, mas também um dos mais úteis, ele sempre está disposto, e não reclama quando lhe pedem para fazer algo. Também foi um dos únicos que a princípio recebia ordens minhas na boa, a maioria dos outros não gostavam nem um pouco de ver uma mulher mandando neles.

- Imagina, fiz de coração.

- Não sabe quanto alegrou nosso dia, é dolorido nessas comemorações vermos que não temos ninguém.

- Vocês tem um ao outro, tem a William e agora tem a mim também.

- Bom, é verdade.

- Vou chamar todos para abrirmos os presentes.

E assim os convoquei em roda da árvore.

- Agora é uma das melhores partes do Natal, a abertura dos presentes. Em cada embrulho tem o nome de um de  vocês, podem procurar. - Falei sorrindo.

Então todos foram animados em busca de seu embrulho, e já começavam tirar suas camisas ali mesmo para provar a nova peça de roupa, William veio até mim e tampou meus olhos com as mãos e eu ri.

- Não é porque eu sou homem que eu não sei que eles são... Bonitos, então não é para olhar.

- Só uma espiadinha amor...

- Maite... - Disse ameaçador.

- Estou brincando, bobo. - Falei me virando e o beijando.

No fim sobraram só o presente de William e Lagarto que esperaram todos pegarem antes, eles se miraram por alguns segundos.

- O meu vai ser melhor. - Disse Lagarto.

- Não, o meu que vai.

Achei que uma briga começaria, mas eles apenas gargalharam e se abraçaram, o que três copinhos de rum não faz...

Quando abriram notei que um ficava de olho no presente do outro, depois eles me olharam como se estivessem pedindo permissão para fazer uma coisa que eu já sabia o que era.

- Tudo bem, podem trocar os presentes. - Falei vencida e então gritos foram ouvidos, William e Lagarto trocaram de presente e os outros também trocaram suas camisetas entre si com estampas que haviam gostado mais, ainda bem que quase todos tinham o mesmo físico.

Todos formaram uma fila para me abraçar e agradecer, no fim estava William, sorridente demais, ele iria aprontar alguma coisa. Quando chegou até mim ele beijou minhas mãos, e depois se ajoelhou abrindo uma caixinha de veludo onde dentro tinha um belo anel de diamantes, nesse momento meu corpo todo tremia.

- A intenção era te dar um presente, mas se você aceitar se casar comigo na verdade eu que estarei ganhando. Aceita passar o resto da sua vida comigo, Maite Perroni?

Um silêncio ensurdecedor tomou conta do local, a única coisa que devia se ouvir eram as batidas do meu coração.

- Claro que eu aceito! - Respondi sorrindo em lágrimas.

Todo o salão explodiu em gritos comemorativos e palmas. Enquanto William colocava o anél em meu dedo o relógio soou meia noite.

- Feliz Natal. - Murmurou em meu ouvido.

- Feliz Natal, meu amor. - Respondi antes de ser beijada por ele.

O AgiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora