Capítulo 17

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Em menos de 5 minutos William caiu no sono, delicadamente tirei sua mão de cima de minha barriga e me levantei.
Segui para fora do quarto sem saber ao certo o que eu iria fazer, chegando na porta do porão não havia nenhum vigia, ouvi gritos e risadas vindo de uma sala, me abaixei para ver e estava todos os capangas de William reunidos em volta de uma mesa jogando baralho. Tentando fazer o mínimo de barulho eu adentrei aquele local que sem dúvidas era meu maior pesadelo. Pela primeira vez reparei em uma portinha um tanto escondida, quando a abri impulsivamente tampei meu nariz com as mãos, o cheiro de coisa podre era insuportável. Rapidamente eu entrei e fechei a porta novamente. Caminhei por um longo corredor escuro até chegar em um salão que era divido por outras pequenas salinhas, cada uma havia uma porta e um quadro de vidro que permitia ver o que havia lá dentro, e eram pessoas. Em cada sala havia uma pessoa sentada e amarrada em uma cadeira, todas extremamente machucadas, estavam mortas em vida, aquilo fez todo o meu corpo estremecer, minha razão mandava eu sair correndo dali e me deitar nos braços de William como se eu não tivesse visto nada, mas meu coração me fez permanecer e começar bolar maneiras de livrar aquelas pessoas.
Como eu imaginei Eugênio estava ali, rapidamente entrei e lhe toquei o rosto todo machucado.

- Eugênio, sou eu Maite. Acorda.

Ele mal conseguia abrir os olhos de tão inchados que estavam das porradas que havia levado.

- Saí daqui, Maite... Se ele te pegar... - Disse fraco.

Eu não respondi apenas peguei uma jarra de água que tinha ali e um copo e o ajudei beber um pouco.

- Eu irei te ajudar, vou te tirar daqui.

- Ele é um monstro, Maite... Um monstro. Ele tem que morrer, você tem acesso a tudo lá?

- Acesso limitado.

- Ele gosta de você, deixe ele confiar em ti, depois acabe com ele, mate-o e livre todos nós daquele Demônio.

Meus olhos já estavam cheios de lágrimas.

- Não vou dizer que farei isso, mas eu vou ajudar vocês a fugirem.

- E você virá junto?

- Eu não posso...

- Eles saberão que você quem nos ajudou, e aí será você aqui no meu lugar. Eu não sei o que ele te falou, mas não acredite Maite, ele não tem coração, ele não tem alma!

- Faça o que Levy quer, ajude rastrear aquela mulher que ele está atrás.

- Nunca, porque enquanto tiver gente fazendo serviçinhos para aquele desgraçado, ele nunca será destruído.

- Eu vou voltar, prometo. Aguente firme. - Falei lhe acariciando os cabelos e saindo dali. No corredor eu acabei tropeçando em algo e vi que se trava de uma pistola, eu a enfiei na minha calcinha, com o vestido largo que eu usava não daria para perceber que eu escondia algo. Comecei caminhar com ainda mais cautela, Deus me livre se eu atirasse na minha vagina tarada sem querer.
Quando saí os guardas ainda estavam concentrados no jogo, então passei sem ser notada. Assim que entrei no quarto respirei aliviada e quase dei risada do perigo que eu havia acabado de correr.

- Onde estava, Maite?

O AgiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora